Cronologia:
Em uma semana de operações, 108 suspeitos foram presos e 39 pessoas morreram
Onda de violência começou no último domingo, dia 21
Após quase dois anos de trégua, o Rio de Janeiro voltou a viver uma onda de crimes e violência, que começou no domingo (21), quando bandidos armados com fuzis e granadas atearam fogo a dois veículos na Linha Vermelha. Após uma semana de operações, 108 suspeitos foram presos, 39 pessoas morreram e pelo menos 102 veículos foram incendiados em diferentes pontos do Estado.
O principal motivo dos ataques, supostamente ordenados por líderes da facção criminosa Comando Vermelho, seria a expulsão de traficantes das favelas fluminenses e a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).
As UPPs e a recuperação de territórios
Novo modelo de Segurança Pública e de policiamento, as Unidades de Polícia Pacificadora trabalham desde 2008 para promover a aproximação entre a população e a polícia. Por meio da recuperação de territórios perdidos para o tráfico, o objetivo da polícia é levar inclusão social à parcela mais carente dos cidadãos.
Criadas pela atual gestão da Secretaria de Estado de Segurança, comandada pelo gaúcho José Mariano Beltrame, as UPPs foram implantadas após a retirada gradativa dos traficantes dos morros-chave. Atualmente, 13 unidades respondem por mais de 30 favelas.
O início dos ataques
Por volta do meio dia de domingo (21), seis bandidos armados com fuzis e granadas incendiaram dois carros na Linha Vermelha e abriram fogo contra um veículo da Aeronáutica dando início a uma sucessão de crimes na capital fluminense.
Após mais de 24 horas de silêncio, os criminosos voltaram a atacar. Desta vez, ocupantes de dois veículos passaram em alta velocidade disparando rajadas de tiros contra uma cabine da Polícia Militar no subúrbio da cidade, na noite de segunda-feira (22). Além do atentado, dois carros foram roubados e outros dois foram incendiados durante um arrastão na Rodovia Presidente Dutra. Felizmente, até então, não houve mortos ou feridos.
A ação da Polícia e a reação dos criminosos
Como reação à onda de crimes, na terça-feira (23) policiais militares realizaram operações em cerca de 20 favelas cariocas, que assustaram moradores e resultaram na prisão de oito homens e na morte de outros dois. Mesmo com o reforço na segurança, pelo menos três ônibus e nove carros foram incendiados entre a noite de terça e a madrugada de quarta-feira (24) em diferentes pontos do Estado.
Com o aumento da violência, 15 suspeitos haviam sido mortos até a quarta-feira. Outros 31 foram presos e dois policiais ficaram feridos nas operações realizadas em 27 favelas cariocas. No fim da noite, a soma de veículos incendiados chegava a 28, o que levou o governador do Estado, Sérgio Cabral, a pedir apoio logístico à Marinha brasileira.
Na quinta-feira (25), as equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) iniciaram uma megaoperação na Vila Cruzeiro, na Penha, com o apoio de seis veículos blindados da Marinha. Devidos à operação, escolas e creches suspenderam as aulas.
Durante a tarde, os policiais tomaram o controle do local enquanto suspeitos fugiram correndo com destino ao Complexo do Alemão. O dia foi o mais violento desde o início das ações. Foram 25 mortes e 31 ataques a veículos.
No Paraná, a Polícia dava outro passo na tentativa de conter os ataques com a transferência de 13 presos que deixaram a Penitenciária Federal de Catanduvas e foram encaminhados para a unidade federal de Porto Velho, em Rondônia. Entre eles, estavam Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, Jorge Edson Firmino de Jesus, o My Thor, e o Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, acusado de matar o jornalista Tim Lopes, em 2002.
Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, traficante transferido para Rondônia, é homônimo de um Marcinho VP mais famoso e mais importante, Márcio Amaro de Oliveira, que inspirou o livro "Abusado" e morreu em 2003.
Na sexta-feira, policiais do Bope fizeram buscas dentro da Vila Cruzeiro, na Zona Norte com a ajuda de 300 agentes da Polícia Federal e 800 homens do Exército, que se juntaram às equipes. O dia foi marcado pela troca de tiros com traficantes escondidos em cima do morro, que também dispararam contra um helicóptero da polícia que sobrevoava o local.
À tarde, 21 agentes com atuação no RS partiram para o Rio para integrar as missões policiais. Em outro ponto, na favela da Grota, no Complexo do Alemão, ocorreu um intenso tiroteio entre policiais e criminosos. Ao fim do dia, a soma de mortos desde a segunda-feira chegava a 35.
A madrugada de sábado (27) foi considerada a mais calma desde o início da onda de violência. Cinco carros foram incendiados em Nova Iguaçu e Baixada Fluminense. Pela manhã houve troca de tiros.
Durante o dia, os bandidos ignoraram o ultimato dado pela Polícia e seguiram atirando contra as barreiras. Militares armados apoiados por tanques com metralhadoras e helicópteros cercaram o conjunto de favelas, mas, até as 23h, as tropas ainda não haviam recebido ordem para invadir o morro.
No domingo (28), após uma madrugada de clima aparentemente tranquilo, o Complexo do Alemão começou a ser ocupado às 7h59min. O cerco incluiu 800 solados paraquedistas, a tropa de elite do Exército, 200 fuzileiros navais, 300 agentes da polícia federal e 1,3 mil policiais. Cerca de uma hora e meia depois do início da operação, o morro foi tomado pela polícia.
Muitos fuzis deixados por traficantes em fuga foram encontrados e cerca de 20 pessoas foram presas, incluindo Elizeu Felício de Souza, conhecido como Zeu, um dos condenados por participar da morte do jornalista Tim Lopes, da TV Globo. Além das prisões, foram apreendidas 40 toneladas de maconha.
Os números da operação desde o início dos ataques:
— Domingo (21): 2 veículos incendiados
— Segunda-feira (22): 4 presos; 3 mortos; 6 veículos incendiados
— Terça-feira (23): 12 presos; 5 mortos; 2 veículos incendiados
— Quarta-feira (24): 37 presos; 15 mortos; 29 veículos incendiados
— Quinta-feira (25): 19 presos; 8 mortos; 46 veículos incendiados
— Sexta-feira (26): 10 presos; 4 mortos; 11 veículos incendiados
— Sábado (27): 6 presos; 1 morto; 6 veículos incendiados
— Domingo (28): 20 presos; 3 mortos
Fonte: ZEROHORA.COM
segunda-feira, novembro 29, 2010
Arábia Saudita impõe duro revés ao terror
É, com certeza, um passo importante na luta contra o terrorismo. A Arábia Saudita anunciou hoje que, nos últimos meses, deteve 149 suspeitos de pertencerem à rede extremista Al-Qaeda.
Segundo a polícia, as prisões evitaram que fossem cometidos vários ataques contra funcionários públicos, personalidades da mídia e alvos civis. As campanhas contra o terror na Arábia Saudita têm conseguido, em grande parte, esmagar as operações da Al-Qaeda no reino, desde que a rede extremista lançou uma série de atentados em 2003. Alguns militantes de destaque, contudo, conseguiram fugir para o sul da Península Arábica, atravessando a fronteira com o Iêmen, onde uma “sucursal” da Al-Qaeda estabeleceu um ponto de apoio no deserto. De lá, planeja ataques na própria Arábia Saudita e em outros lugares do mundo.
As 149 detenções mais recentes foram feitas durante os últimos oito meses e indicam que os extremistas têm sido capazes de reconstituir suas células e estruturas de organização dentro da Arábia Saudita, em estreita ligação com militantes que estão no Iêmen.
O porta-voz do Ministério do Interior saudita, Mansour al-Turki, disse que os detidos se organizaram em três células em território saudita, cada uma sem conhecimento sobre os integrantes das outras. Além disso, existem várias outras células pequenas, subordinadas às três maiores. Os suspeitos detidos são, na maioria, sauditas, mas 25 eram estrangeiros, disse Al-Turki. Uma mulher está entre os presos. As forças sauditas apreenderam US$ 600 mil nas operações, informou o porta-voz.
Segundo a polícia, as prisões evitaram que fossem cometidos vários ataques contra funcionários públicos, personalidades da mídia e alvos civis. As campanhas contra o terror na Arábia Saudita têm conseguido, em grande parte, esmagar as operações da Al-Qaeda no reino, desde que a rede extremista lançou uma série de atentados em 2003. Alguns militantes de destaque, contudo, conseguiram fugir para o sul da Península Arábica, atravessando a fronteira com o Iêmen, onde uma “sucursal” da Al-Qaeda estabeleceu um ponto de apoio no deserto. De lá, planeja ataques na própria Arábia Saudita e em outros lugares do mundo.
As 149 detenções mais recentes foram feitas durante os últimos oito meses e indicam que os extremistas têm sido capazes de reconstituir suas células e estruturas de organização dentro da Arábia Saudita, em estreita ligação com militantes que estão no Iêmen.
O porta-voz do Ministério do Interior saudita, Mansour al-Turki, disse que os detidos se organizaram em três células em território saudita, cada uma sem conhecimento sobre os integrantes das outras. Além disso, existem várias outras células pequenas, subordinadas às três maiores. Os suspeitos detidos são, na maioria, sauditas, mas 25 eram estrangeiros, disse Al-Turki. Uma mulher está entre os presos. As forças sauditas apreenderam US$ 600 mil nas operações, informou o porta-voz.
Disque Denúncia ajuda polícia a localizar criminosos no Rio
Em sete dias foram feitas cerca de 3 mil ligações, principalmente de moradores da Vila Cruzeiro e do Alemão.
Aproximadamente três mil ligações de moradores do Rio de Janeiro, principalmente dos complexos de Vila Cruzeiro e do Alemão, na zona norte da cidade, já ajudaram a polícia a localizar criminosos durante a força tarefa contra o tráfico de drogas deflagrada no Estado nos últimos dias. Segundo o Disque Denúncia, antes da operação o número de ligações a respeito de criminosos chegava a cerca de 330 por dia.
De acordo com dados do Disque Denúncia do Rio, de domingo passado, quando começaram os ataques dos criminosos, até hoje foram recebidas 2.987 denúncias. Só hoje, do total de 630 denúncias feitas, 437 a respeito dos criminosos instalados no Complexo do Alemão, tomado por policiais hoje pela manhã.
De acordo com o disque denúncia, uma mansão localizada no alto do morro, que pertence a um dos chefes do tráfico da região, foi encontrada após a denúncia de um morador. As ligações também estão ajudando a polícia a localizar os esconderijos de armas e drogas, além de detalhes dos traficantes. Conforme informações do serviço, o índice de trotes está "baixíssimo".
Aproximadamente três mil ligações de moradores do Rio de Janeiro, principalmente dos complexos de Vila Cruzeiro e do Alemão, na zona norte da cidade, já ajudaram a polícia a localizar criminosos durante a força tarefa contra o tráfico de drogas deflagrada no Estado nos últimos dias. Segundo o Disque Denúncia, antes da operação o número de ligações a respeito de criminosos chegava a cerca de 330 por dia.
De acordo com dados do Disque Denúncia do Rio, de domingo passado, quando começaram os ataques dos criminosos, até hoje foram recebidas 2.987 denúncias. Só hoje, do total de 630 denúncias feitas, 437 a respeito dos criminosos instalados no Complexo do Alemão, tomado por policiais hoje pela manhã.
De acordo com o disque denúncia, uma mansão localizada no alto do morro, que pertence a um dos chefes do tráfico da região, foi encontrada após a denúncia de um morador. As ligações também estão ajudando a polícia a localizar os esconderijos de armas e drogas, além de detalhes dos traficantes. Conforme informações do serviço, o índice de trotes está "baixíssimo".
Marginais sem território
"Marginal sem território é muito menos marginal", diz Beltrame sobre ocupações policiais
Para o secretário, criminosos tiveram uma "perda moral" muito grande nos últimos dias.
Depois de quase uma semana de operações nas favelas cariocas, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, admitiu que ainda há muito o que se fazer para recuperar os territórios tomados pelo tráfico, mas acredita que as ocupações policias realizadas nos últimos dias já representam melhorias para a população:
— Marginal sem casa, sem arma, sem território, sem moeda de troca é muito menos marginal do que era antes — disse, ao acrescentar que os bandidos tiveram uma "perda moral" muito grande.
O secretário garantiu que a Vila Cruzeiro, tomada pelos policiais na quinta-feira, e o Complexo do Alemão, dominado hoje, permanecerão policiados por tempo indeterminado.
Para Beltrame, houve um avanço na guerra contra o tráfico nos últimos dias, mas agora foi iniciada a mais importante e difícil batalha nesta luta: a recuperação de territórios, objetivo estabelecido como um dos principais propósitos de Beltrame à frente da Secretaria.
— A caminhada é muito grande, não tem jogo ganho, tem muito o que se fazer — afirmou em entrevista coletiva no início desta noite.
Para o secretário, criminosos tiveram uma "perda moral" muito grande nos últimos dias.
Depois de quase uma semana de operações nas favelas cariocas, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, admitiu que ainda há muito o que se fazer para recuperar os territórios tomados pelo tráfico, mas acredita que as ocupações policias realizadas nos últimos dias já representam melhorias para a população:
— Marginal sem casa, sem arma, sem território, sem moeda de troca é muito menos marginal do que era antes — disse, ao acrescentar que os bandidos tiveram uma "perda moral" muito grande.
O secretário garantiu que a Vila Cruzeiro, tomada pelos policiais na quinta-feira, e o Complexo do Alemão, dominado hoje, permanecerão policiados por tempo indeterminado.
Para Beltrame, houve um avanço na guerra contra o tráfico nos últimos dias, mas agora foi iniciada a mais importante e difícil batalha nesta luta: a recuperação de territórios, objetivo estabelecido como um dos principais propósitos de Beltrame à frente da Secretaria.
— A caminhada é muito grande, não tem jogo ganho, tem muito o que se fazer — afirmou em entrevista coletiva no início desta noite.
sexta-feira, novembro 26, 2010
A reconquista da paz não tem mágica
26 de novembro de 2010 | Categorias: 1
Em coletiva de imprensa, o governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e o Ministro da Defesa Nelson Jobim concederam uma coletiva de imprensa para falar sobre a operação contra traficantes na capital Fluminense.
Cabral assegurou que a pacificação das favelas no Rio de Janeiro não irá ocorrer de forma repentina:
— A reconquista definitiva da paz não tem mágica, é 90% de transpiração, de muita luta, de muito trablaho, organização e 10% de inspiração.
O governador destacou a importância do apoio do governo federal para o sucesso das ações policias e contou que na manhã desta sexta-feira a presidente eleita Dilma Rousseff ligou para ele manifestando seu entusiasmo com o sucesso da operação.
— Não nos faltou por parte do governo federal o translado de presos, o apoio de aeronaves e a presença da Policia Rodoviária Federal.
Cabral assegurou que a ofensiva nas favelas é de extrema importância para garantir a paz na cidade:
— O que está em jogo não é mais um confronto, não é mais um capítulo que se esvai ao longo do tempo, o que está em jogo é uma politica de segurança pública que permitirá a nossa população a apaz e a tranquilidade esperada.
Em coletiva de imprensa, o governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e o Ministro da Defesa Nelson Jobim concederam uma coletiva de imprensa para falar sobre a operação contra traficantes na capital Fluminense.
Cabral assegurou que a pacificação das favelas no Rio de Janeiro não irá ocorrer de forma repentina:
— A reconquista definitiva da paz não tem mágica, é 90% de transpiração, de muita luta, de muito trablaho, organização e 10% de inspiração.
O governador destacou a importância do apoio do governo federal para o sucesso das ações policias e contou que na manhã desta sexta-feira a presidente eleita Dilma Rousseff ligou para ele manifestando seu entusiasmo com o sucesso da operação.
— Não nos faltou por parte do governo federal o translado de presos, o apoio de aeronaves e a presença da Policia Rodoviária Federal.
Cabral assegurou que a ofensiva nas favelas é de extrema importância para garantir a paz na cidade:
— O que está em jogo não é mais um confronto, não é mais um capítulo que se esvai ao longo do tempo, o que está em jogo é uma politica de segurança pública que permitirá a nossa população a apaz e a tranquilidade esperada.
Sites internacionais repercutem onda de violência no Rio de Janeiro
Polícia | 25/11/2010 | 21h36min
Atualizada em 26/11/2010 às 03h02min
A onda de ataques no Rio de Janeiro que deixou mais de 30 mortos nos últimos cinco dias virou notícia nos principais sites de jornais internacionais. A rede de notícias árabe Al-Jazeera e o site do jornal francês Le Figaro foram os que deram maior destaque ao confronte entre traficantes e policias na capital fluminense.
Le Figaro:
"Cenas de guerra nas favelas do Rio" é a manchete do site do periódico francês Le Figaro. A matéria remete para uma galeria com oito fotos de policiais armados nas ruas, pessoas fugindo, veículos queimados e apreensões de drogas.
Este tipo de imagem passou a ser associada ao Brasil pelos estrangeiros após os filmes Cidade de Deus, Carandiru e Tropa de Elite, que exploravam a miséria brasileira e o poderio militar e que foram sucesso de público e bilheteria no mundo inteiro.
Al-Jazeera:
Com uma foto dos tanques da Marinha utilizados pelo Bope para adentrar a Vila Cruzeiro, a rede de notícias árabe Al-Jazeera deu destaque aos ataques cariocas. O site chama atenção que a repressão policial com veículos blindados e helicópteros faz parte da estratégia do governo brasileiro para controlar o crime nas favelas na cidade será anfitriã dos Jogos Olímpicos de 2016 e sediará a Copa do Mundo em 2014. A Al-Jazeera ainda traz depoimentos de repórteres brasileiros sobre a situação na capital fluminense.
El País:
O site do periódico espanhol El País afirma que é "decisiva" a batalha da polícia contra traficantes nas favelas e que este momento é crucial para eliminar a violência nos bairros mais pobres. Apresentado como uma das personalidades da polícia no Rio e autor do longa-metragem Tropa de Elite, Rodrigo Pimentel afirma "Rio de Janeiro, agora ou nunca" em frase retirada de um site brasileiro.
Clarín:
Destacando o alto número de mortos — pelo menos 30 — desde o enfrentamento entre a polícia e os traficantes do Rio de Janeiro, o site do jornal argentino Clarín apresenta o ataque na capital fluminense. O periódico lembra que, neste tipo de ação, civis sempre estão sujeitos a serem atingidos por balas perdidas e apresenta a garota de 14 anos como vítima do embate na cidade.
The Telegraph:
O jornal britânico The Telegraph traz um histórico das "facções rivais por trás da violência": Comando Vermelho e ADA (Amigos dos Amigos). O periódico destaca que a ofensiva da polícia aos criminosos é uma luta para melhorar a imagem de segurança da capital fluminense. E lembra ainda que, quando o Rio de Janeiro foi nomeada como cidade-anfitriã das Olimpíadas de 2016, o presidente Lula em lágrimas anunciou: "O Rio merece isso porque o Rio é uma cidade que sofreu".
New York Times:
O principal jornal norte-americano, o New York Times, repercutiu, nesta quinta-feira, a ocupação policial à Vila Cruzeiro. Segundo a reportagem, a "polícia de elite estava caçando líderes de gangs que traficam drogas no Estado, responsáveis por cinco dias de violência". A ofensiva faria parte, diz a matéria, da campanha para "limpar" as gangs cariocas antes que a cidade receba a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016.
ZEROHORA.COM
Atualizada em 26/11/2010 às 03h02min
A onda de ataques no Rio de Janeiro que deixou mais de 30 mortos nos últimos cinco dias virou notícia nos principais sites de jornais internacionais. A rede de notícias árabe Al-Jazeera e o site do jornal francês Le Figaro foram os que deram maior destaque ao confronte entre traficantes e policias na capital fluminense.
Le Figaro:
"Cenas de guerra nas favelas do Rio" é a manchete do site do periódico francês Le Figaro. A matéria remete para uma galeria com oito fotos de policiais armados nas ruas, pessoas fugindo, veículos queimados e apreensões de drogas.
Este tipo de imagem passou a ser associada ao Brasil pelos estrangeiros após os filmes Cidade de Deus, Carandiru e Tropa de Elite, que exploravam a miséria brasileira e o poderio militar e que foram sucesso de público e bilheteria no mundo inteiro.
Al-Jazeera:
Com uma foto dos tanques da Marinha utilizados pelo Bope para adentrar a Vila Cruzeiro, a rede de notícias árabe Al-Jazeera deu destaque aos ataques cariocas. O site chama atenção que a repressão policial com veículos blindados e helicópteros faz parte da estratégia do governo brasileiro para controlar o crime nas favelas na cidade será anfitriã dos Jogos Olímpicos de 2016 e sediará a Copa do Mundo em 2014. A Al-Jazeera ainda traz depoimentos de repórteres brasileiros sobre a situação na capital fluminense.
El País:
O site do periódico espanhol El País afirma que é "decisiva" a batalha da polícia contra traficantes nas favelas e que este momento é crucial para eliminar a violência nos bairros mais pobres. Apresentado como uma das personalidades da polícia no Rio e autor do longa-metragem Tropa de Elite, Rodrigo Pimentel afirma "Rio de Janeiro, agora ou nunca" em frase retirada de um site brasileiro.
Clarín:
Destacando o alto número de mortos — pelo menos 30 — desde o enfrentamento entre a polícia e os traficantes do Rio de Janeiro, o site do jornal argentino Clarín apresenta o ataque na capital fluminense. O periódico lembra que, neste tipo de ação, civis sempre estão sujeitos a serem atingidos por balas perdidas e apresenta a garota de 14 anos como vítima do embate na cidade.
The Telegraph:
O jornal britânico The Telegraph traz um histórico das "facções rivais por trás da violência": Comando Vermelho e ADA (Amigos dos Amigos). O periódico destaca que a ofensiva da polícia aos criminosos é uma luta para melhorar a imagem de segurança da capital fluminense. E lembra ainda que, quando o Rio de Janeiro foi nomeada como cidade-anfitriã das Olimpíadas de 2016, o presidente Lula em lágrimas anunciou: "O Rio merece isso porque o Rio é uma cidade que sofreu".
New York Times:
O principal jornal norte-americano, o New York Times, repercutiu, nesta quinta-feira, a ocupação policial à Vila Cruzeiro. Segundo a reportagem, a "polícia de elite estava caçando líderes de gangs que traficam drogas no Estado, responsáveis por cinco dias de violência". A ofensiva faria parte, diz a matéria, da campanha para "limpar" as gangs cariocas antes que a cidade receba a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016.
ZEROHORA.COM
"O Iraque veio até a gente", diz moradora da linha de frente no Rio
Polícia | 26/11/2010 |
Atualizada às 08h06min
Para os moradores, a operação que expulsou os traficantes da Vila Cruzeiro tem um nome: guerra
Rodrigo Müzell | rodrigo.muzell@zerohora.com.br
A caravana era composta por carros blindados da Marinha, por caveirões do Bope, por camburões da Polícia Civil do Rio. Mas, na quinta-feira mais violenta da história recente dos cariocas, a caravana não passou: ficou. Permaneceu na Avenida Brás de Pina, o principal acesso à Vila Cruzeiro, na região da Penha, levando e trazendo soldados para uma guerra que se iniciou de manhã e, ao anoitecer, parecia ganha: a ocupação de um dos principais redutos dos traficantes que aterrorizam os cariocas.
Para os moradores, o nome da quinta-feira foi guerra. Refugiada em um supermercado, sem poder voltar para casa, no morro, enquanto os tiros não cessassem, uma doméstica viu três blindados passarem e berrou:
— Eu nunca quis ir para o Iraque, mas o Iraque veio até a gente!
Com medo de bala perdida, as pessoas atravessavam as ruas sempre correndo. Sem clientes, os comerciantes fechavam as portas.
Duas horas depois do início da ocupação da Vila Cruzeiro, os blindados usavam a Brás de Pina para reembarcar tropas e descansar soldados. Moradores do local apoiavam como podiam, oferecendo água ou suco.
Um abrigo foi oferecido pela prefeitura do Rio para as pessoas que não conseguiriam voltar, ontem, para casa. Eram dezenas, ainda no fim da tarde, em frente ao mesmo supermercado, único comércio em um raio de seis quadras que não desistira dos clientes. Subir o morro era arriscado demais, como comprovou o servente José Pereira, 33 anos, atingido com um tiro no pé quando voltava do trabalho para casa. Segundo ele, mesmo com todo o cuidado para não ser confundido com um traficante, adiantou: estava certo de que a bala em seu pé era de um policial.
— Eles têm de subir no morro para atirar em bandido, não em trabalhador — reclamava.
Pereira é uma vítima de uma guerra que, ao contrário da lutada no Iraque, é tida por boa parte da população como justa. Mas sua expressão de desalento, ao mostrar a receita dos remédios prescritos para seu pé alvejado — caros demais para um servente -, lembrava: nenhuma guerra é justa. No máximo, necessária.
Atualizada às 08h06min
Para os moradores, a operação que expulsou os traficantes da Vila Cruzeiro tem um nome: guerra
Rodrigo Müzell | rodrigo.muzell@zerohora.com.br
A caravana era composta por carros blindados da Marinha, por caveirões do Bope, por camburões da Polícia Civil do Rio. Mas, na quinta-feira mais violenta da história recente dos cariocas, a caravana não passou: ficou. Permaneceu na Avenida Brás de Pina, o principal acesso à Vila Cruzeiro, na região da Penha, levando e trazendo soldados para uma guerra que se iniciou de manhã e, ao anoitecer, parecia ganha: a ocupação de um dos principais redutos dos traficantes que aterrorizam os cariocas.
Para os moradores, o nome da quinta-feira foi guerra. Refugiada em um supermercado, sem poder voltar para casa, no morro, enquanto os tiros não cessassem, uma doméstica viu três blindados passarem e berrou:
— Eu nunca quis ir para o Iraque, mas o Iraque veio até a gente!
Com medo de bala perdida, as pessoas atravessavam as ruas sempre correndo. Sem clientes, os comerciantes fechavam as portas.
Duas horas depois do início da ocupação da Vila Cruzeiro, os blindados usavam a Brás de Pina para reembarcar tropas e descansar soldados. Moradores do local apoiavam como podiam, oferecendo água ou suco.
Um abrigo foi oferecido pela prefeitura do Rio para as pessoas que não conseguiriam voltar, ontem, para casa. Eram dezenas, ainda no fim da tarde, em frente ao mesmo supermercado, único comércio em um raio de seis quadras que não desistira dos clientes. Subir o morro era arriscado demais, como comprovou o servente José Pereira, 33 anos, atingido com um tiro no pé quando voltava do trabalho para casa. Segundo ele, mesmo com todo o cuidado para não ser confundido com um traficante, adiantou: estava certo de que a bala em seu pé era de um policial.
— Eles têm de subir no morro para atirar em bandido, não em trabalhador — reclamava.
Pereira é uma vítima de uma guerra que, ao contrário da lutada no Iraque, é tida por boa parte da população como justa. Mas sua expressão de desalento, ao mostrar a receita dos remédios prescritos para seu pé alvejado — caros demais para um servente -, lembrava: nenhuma guerra é justa. No máximo, necessária.
Ocupação da Vila Cruzeiro é um "passo importante"
25 Novembro
A ocupação da Vila Cruzeiro e a "perda do território" dos bandidos representa um "passo importante" para a polícia do Rio. Segundo o Secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, é lá que estão os homens que recebem as ordens de criminosos de presídios e as repassam para outras favelas.
Para ele, se os bandidos não perdem o domínio do território, a polícia não consegue avançar, mas se perdem, ficam expostos e é mais fácil prendê-los. Beltrame se referia à fuga de dezenas de criminosos da Vila Cruzeiro para o vizinho complexo do Alemão, transmitido ao vivo por redes de televisão que filmaram a cena de helicópteros.
"Se tirou dessas pessoas o que nunca foi tirado, que foi seu território. Tiramos o que eles chamavam e consideravam o porto seguro. Ele faziam suas barbaridades na cidade e corriam covardemente para seu reduto protegido por armas de guerra. Os senhores viram (nas imagens) a condição vulnerável que essas pessoas ficam quando se quebra o muro imposto por armas de guerra", afirmou Beltrame.
O secretário disse ainda que a ocupação da Vila Cruzeiro só foi possível com a cessão de carros blindados da Marinha, usados para fazer o transporte das tropas da Polícia Militar com segurança até o alto da favela. O governo do Rio conta também com o apoio da Polícia Federal, que coopera não apenas com o setor de inteligência, mas, pela primeira vez, colocou 300 agentes de prontidão para atuar nas operações.
A ocupação da Vila Cruzeiro e a "perda do território" dos bandidos representa um "passo importante" para a polícia do Rio. Segundo o Secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, é lá que estão os homens que recebem as ordens de criminosos de presídios e as repassam para outras favelas.
Para ele, se os bandidos não perdem o domínio do território, a polícia não consegue avançar, mas se perdem, ficam expostos e é mais fácil prendê-los. Beltrame se referia à fuga de dezenas de criminosos da Vila Cruzeiro para o vizinho complexo do Alemão, transmitido ao vivo por redes de televisão que filmaram a cena de helicópteros.
"Se tirou dessas pessoas o que nunca foi tirado, que foi seu território. Tiramos o que eles chamavam e consideravam o porto seguro. Ele faziam suas barbaridades na cidade e corriam covardemente para seu reduto protegido por armas de guerra. Os senhores viram (nas imagens) a condição vulnerável que essas pessoas ficam quando se quebra o muro imposto por armas de guerra", afirmou Beltrame.
O secretário disse ainda que a ocupação da Vila Cruzeiro só foi possível com a cessão de carros blindados da Marinha, usados para fazer o transporte das tropas da Polícia Militar com segurança até o alto da favela. O governo do Rio conta também com o apoio da Polícia Federal, que coopera não apenas com o setor de inteligência, mas, pela primeira vez, colocou 300 agentes de prontidão para atuar nas operações.
quinta-feira, novembro 25, 2010
Vila Cruzeiro é tomada pela polícia, mas tensão continua no Rio
Por Redação Yahoo! Brasil*
Depois de quase 40 horas de intenso tiroteio, a polícia do Rio de Janeiro anunciou nesta quinta-feira que tomou a Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, quartel general do Comando Vermelho. Mais de 100 criminosos fortemente armados fugiram para o Complexo do Alemão, controlado pela mesma facção.
Em grupos, alguns a pé, outros em motos e carros, eles atravessaram a Serra da Misericórdia, uma região de mata. Depois, já nas vielas do Alemão, colocaram fogo em pneus espalhados nas ruas.
Na maior ação do quinto dia de conflito entre traficantes e policiais na cidade, a operação na Vila Cruzeiro, na zona norte, mobilizou 430 homens entre policiais militares, civis e fuzileiros navais, que ajudaram a operar as viaturas blindadas da Marinha, equipadas com metralhadoras ponto 50. Foram elas que ajudaram a polícia a entrar na comunidade e ultrapassar as barricadas montadas por traficantes.
Agentes que entraram na favela afirmaram que o cenário é de destruição. Há carros queimados, caminhões e motos abandonados e sangue pelo chão. O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) permaneceu na favela. A segurança do entorno ficou a cargo do Batalhão de Polícia de Choque. A Polícia Civil se retirou, mas voltará nesta sexta-feira para fazer buscas.
A tomada da Vila Cruzeiro era um ponto fundamental para a política de segurança do secretário de Segurança Pública do Estado, José Mariano Beltrame. Foi lá que se concentraram os traficantes expulsos dos territórios onde foram instaladas 11 das 12 Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). "Se tirou dessas pessoas o que nunca foi tirado, que é o seu território. Se tirou dessas pessoas o que eles chamavam e consideravam porto seguro; faziam suas barbaridades e correm covardemente para o seu reduto protegido por armas de guerra", afirmou o secretário a jornalistas após a ação policial.
Até o final da tarde, a polícia não havia divulgado o número de mortos hoje na Vila Cruzeiro. O subchefe operacional da Polícia Civil, Rodrigo Oliveira, disse apenas que "havia um rastro de sangue" na comunidade. Moradores, assustados, fugiram da favela. Os que ficaram exibiam panos brancos nas janelas pedindo paz. Quinze mil crianças e adolescentes ficaram sem aulas nas escolas. O comércio fechou a porta durante todo o dia.
Muito a ser feito ainda
O Rio vive, desde domingo, uma onda de violência em que criminosos têm colocado fogo em veículos nas ruas e atacado alvos policiais. Os confrontos entre traficantes e a polícia já deixou ao menos 30 suspeitos mortos.
Ao menos 10 veículos militares blindados da Marinha com metralhadoras, que nunca foram usados nos combates em favelas da cidade, transportaram soldados do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) para o interior da favela. Blindados do Bope, conhecidos como "caveirão", também foram utilizados.
Imagens aéreas de tevê mostraram dezenas de traficantes armados fugindo da Vila Cruzeiro à pé, de moto e de carro, por uma estrada de terra que leva para o Complexo do Alemão.
"Quando nós tivemos a notícia da possibilidade de utilização dos blindados, imediatamente a decisão de ir à Vila Cruzeiro foi tomada, porque a gente sabe que as informações vindas de casas prisionais veem à Vila Cruzeiro e da Vila Cruzeiro são capilarizadas para várias áreas da cidade e do Estado", afirmou Beltrame.
O secretário reconheceu, no entanto, que apesar de ter sido dado um passo importante, não há nada a comemorar. "Isso só nos diz que nós devemos ir em frente", afirmou.
Segundo as autoridades, a Polícia Militar não sairá do local. Beltrame afirmou ainda que na sexta-feira serão realizadas novas ações, mas que por razões de estratégia não poderia dar detalhes.
Com informações das Agências Estado e Reuters.
Depois de quase 40 horas de intenso tiroteio, a polícia do Rio de Janeiro anunciou nesta quinta-feira que tomou a Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, quartel general do Comando Vermelho. Mais de 100 criminosos fortemente armados fugiram para o Complexo do Alemão, controlado pela mesma facção.
Em grupos, alguns a pé, outros em motos e carros, eles atravessaram a Serra da Misericórdia, uma região de mata. Depois, já nas vielas do Alemão, colocaram fogo em pneus espalhados nas ruas.
Na maior ação do quinto dia de conflito entre traficantes e policiais na cidade, a operação na Vila Cruzeiro, na zona norte, mobilizou 430 homens entre policiais militares, civis e fuzileiros navais, que ajudaram a operar as viaturas blindadas da Marinha, equipadas com metralhadoras ponto 50. Foram elas que ajudaram a polícia a entrar na comunidade e ultrapassar as barricadas montadas por traficantes.
Agentes que entraram na favela afirmaram que o cenário é de destruição. Há carros queimados, caminhões e motos abandonados e sangue pelo chão. O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) permaneceu na favela. A segurança do entorno ficou a cargo do Batalhão de Polícia de Choque. A Polícia Civil se retirou, mas voltará nesta sexta-feira para fazer buscas.
A tomada da Vila Cruzeiro era um ponto fundamental para a política de segurança do secretário de Segurança Pública do Estado, José Mariano Beltrame. Foi lá que se concentraram os traficantes expulsos dos territórios onde foram instaladas 11 das 12 Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). "Se tirou dessas pessoas o que nunca foi tirado, que é o seu território. Se tirou dessas pessoas o que eles chamavam e consideravam porto seguro; faziam suas barbaridades e correm covardemente para o seu reduto protegido por armas de guerra", afirmou o secretário a jornalistas após a ação policial.
Até o final da tarde, a polícia não havia divulgado o número de mortos hoje na Vila Cruzeiro. O subchefe operacional da Polícia Civil, Rodrigo Oliveira, disse apenas que "havia um rastro de sangue" na comunidade. Moradores, assustados, fugiram da favela. Os que ficaram exibiam panos brancos nas janelas pedindo paz. Quinze mil crianças e adolescentes ficaram sem aulas nas escolas. O comércio fechou a porta durante todo o dia.
Muito a ser feito ainda
O Rio vive, desde domingo, uma onda de violência em que criminosos têm colocado fogo em veículos nas ruas e atacado alvos policiais. Os confrontos entre traficantes e a polícia já deixou ao menos 30 suspeitos mortos.
Ao menos 10 veículos militares blindados da Marinha com metralhadoras, que nunca foram usados nos combates em favelas da cidade, transportaram soldados do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) para o interior da favela. Blindados do Bope, conhecidos como "caveirão", também foram utilizados.
Imagens aéreas de tevê mostraram dezenas de traficantes armados fugindo da Vila Cruzeiro à pé, de moto e de carro, por uma estrada de terra que leva para o Complexo do Alemão.
"Quando nós tivemos a notícia da possibilidade de utilização dos blindados, imediatamente a decisão de ir à Vila Cruzeiro foi tomada, porque a gente sabe que as informações vindas de casas prisionais veem à Vila Cruzeiro e da Vila Cruzeiro são capilarizadas para várias áreas da cidade e do Estado", afirmou Beltrame.
O secretário reconheceu, no entanto, que apesar de ter sido dado um passo importante, não há nada a comemorar. "Isso só nos diz que nós devemos ir em frente", afirmou.
Segundo as autoridades, a Polícia Militar não sairá do local. Beltrame afirmou ainda que na sexta-feira serão realizadas novas ações, mas que por razões de estratégia não poderia dar detalhes.
Com informações das Agências Estado e Reuters.
Ação da PM no Rio já deixa 14 mortos e 25 presos nesta quarta-feira
Polícia | 24/11/2010 | 19h55min
Vinte e cinco pessoas já foram presas e a corporação apreendeu 14 armas, além de drogas
A Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro informou na noite de hoje que subiu para 14 o número de mortos nos confrontos com traficantes. Vinte e cinco pessoas já foram presas e a corporação apreendeu 14 armas, além de drogas. O saldo é referente às ações realizadas nesta quarta-feira.
Nas ações nas comunidades Guaxa e Jardim Floresta, oito pessoas foram mortas. A polícia apreendeu um fuzil AR-15, cinco pistolas, uma espingarda calibre 12, uma submetralhadora calibre 9mm. Dois suspeitos foram presos e três mochilas com drogas encontradas.
No Morro do Faz Quem Quer os confrontos deixaram três mortos. Duas pistola e um revólver foram apreendidos. Na Vila Kennedy uma granada foi encontrada pela corporação, além de duas bombas caseiras. Uma pessoa foi presa.
Nas ações no morro do Jacaré e do Tuiuti uma pessoa foi morta e uma pistola foi apreendida em cada uma das favelas. Na Vila Operária, quatro foram presos e um fuzil e uma pistola, apreendidas. Em Antares, a polícia encontrou grande quantidade de drogas. Dois suspeitos foram presos.
Se contar os últimos quatro dias, chega a 22 o número de mortos. Mais de 150 pessoas foram presas ou detidas. Segundo a polícia militar do Rio, desde domingo pelo menos 29 veículos foram incendiados. Hoje foram 11 automóveis e uma van e cinco ônibus. Ontem foram dois carros. Na segunda-feira foram 8 veículos e no domingo, dois.
Os dados são do coordenador da Comunicação Social da PM/RJ, coronel Lima Castro. Ele afirmou que as incursões em comunidades irão continuar. Serão formados comboios, com duas ou mais viaturas nas ruas, além de diversas blitze.
— As operações serão mais incisivas a partir de amanhã — garantiu o coronel.
O oficial confirmou que dois agentes da polícia militar ficaram feridos na região da Vila Cruzeiro (RJ). Um deles foi ferido no braço e outro na mão. Nenhum dos casos é considerado grave. Também na Vila Cruzeiro, foram apreendidas uma tonelada de maconha e quatro fuzis.
Para intensificar o policiamento, efetivos do interior do Rio serão remanejados para Capital.
Apreensão de armamento pesado
— Dez armas entre pistolas e revolveres
— Fuzil AR-15
— Espingarda calibre 12
— Submetralhadora
— Granada, duas bombas caseiras, cinco litros de gasolina e uma garrafa pet com material inflamável
Além de armamentos, foram apreendidas drogas como cocaína e maconha, ainda não contabilizadas. Quatro carros e uma moto roubada foram recuperados.
AGÊNCIA ESTADO E ZEROHORA.COM
Vinte e cinco pessoas já foram presas e a corporação apreendeu 14 armas, além de drogas
A Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro informou na noite de hoje que subiu para 14 o número de mortos nos confrontos com traficantes. Vinte e cinco pessoas já foram presas e a corporação apreendeu 14 armas, além de drogas. O saldo é referente às ações realizadas nesta quarta-feira.
Nas ações nas comunidades Guaxa e Jardim Floresta, oito pessoas foram mortas. A polícia apreendeu um fuzil AR-15, cinco pistolas, uma espingarda calibre 12, uma submetralhadora calibre 9mm. Dois suspeitos foram presos e três mochilas com drogas encontradas.
No Morro do Faz Quem Quer os confrontos deixaram três mortos. Duas pistola e um revólver foram apreendidos. Na Vila Kennedy uma granada foi encontrada pela corporação, além de duas bombas caseiras. Uma pessoa foi presa.
Nas ações no morro do Jacaré e do Tuiuti uma pessoa foi morta e uma pistola foi apreendida em cada uma das favelas. Na Vila Operária, quatro foram presos e um fuzil e uma pistola, apreendidas. Em Antares, a polícia encontrou grande quantidade de drogas. Dois suspeitos foram presos.
Se contar os últimos quatro dias, chega a 22 o número de mortos. Mais de 150 pessoas foram presas ou detidas. Segundo a polícia militar do Rio, desde domingo pelo menos 29 veículos foram incendiados. Hoje foram 11 automóveis e uma van e cinco ônibus. Ontem foram dois carros. Na segunda-feira foram 8 veículos e no domingo, dois.
Os dados são do coordenador da Comunicação Social da PM/RJ, coronel Lima Castro. Ele afirmou que as incursões em comunidades irão continuar. Serão formados comboios, com duas ou mais viaturas nas ruas, além de diversas blitze.
— As operações serão mais incisivas a partir de amanhã — garantiu o coronel.
O oficial confirmou que dois agentes da polícia militar ficaram feridos na região da Vila Cruzeiro (RJ). Um deles foi ferido no braço e outro na mão. Nenhum dos casos é considerado grave. Também na Vila Cruzeiro, foram apreendidas uma tonelada de maconha e quatro fuzis.
Para intensificar o policiamento, efetivos do interior do Rio serão remanejados para Capital.
Apreensão de armamento pesado
— Dez armas entre pistolas e revolveres
— Fuzil AR-15
— Espingarda calibre 12
— Submetralhadora
— Granada, duas bombas caseiras, cinco litros de gasolina e uma garrafa pet com material inflamável
Além de armamentos, foram apreendidas drogas como cocaína e maconha, ainda não contabilizadas. Quatro carros e uma moto roubada foram recuperados.
AGÊNCIA ESTADO E ZEROHORA.COM
quarta-feira, novembro 24, 2010
Medo da violência no Rio força cariocas a mudarem sua rotina
23/11/2010 às 13h58m; O Globo
RIO - A onda de violência que tomou conta do Rio desde a madrugada de segunda-feira, com ataques a carros e arrastões em diversas áreas , tirou de vez a tranquilidade dos moradores da cidade. Em resposta à pergunta "Você mudou seu comportamento com medo dos arrastões e dos incêndios a veículos no Rio?", no site do GLOBO e na página do jornal no Facebook , os internautas deixaram claro que as mudanças de hábito já fazem parte da rotina, mas que a sensação de insegurança aumenta a cada dia.
A situação da violência na nossa cidade chegou ao patamar do absurdo
"O uso de insulfilm, a paranoia nos sinais de trânsito e tantas outras 'táticas de guerrilha' que usamos diariamente são espelho disso. A situação da violência na nossa cidade chegou ao patamar do absurdo", escreveu Nuno Moreira, no site. No Facebook, Leene Santana fez coro: "Infelizmente, nós viramos 'prisioneiros' sem cometer qualquer delito. Fica complicado sentir-se em paz".
Assim como eles, muitos leitores mostraram que não se sentem seguros para circular livremente pela cidade. Diminuir as saídas à noite e evitar certas áreas da cidade já fazem parte da cartilha de segurança de muitas famílias. Mas as leitoras Lucia Saraiva e Solange Ruiz Garrido acreditam que a situação atual exige medidas mais drásticas. Para elas, a solução é ficar em casa o máximo de tempo possível.
"Estou apavorada. Só saio para o trabalho e, mesmo assim, com muito medo. À noite, ficamos eu, minha filha e minha neta presas em casa, principalmente no final de semana", escreveu Solange.
Carlos Eduardo de Souza conta que vive em estado permanente de pânico desde que todos os seus familiares foram vítimas da violência:
"Talvez não tenhamos sempre consciência desse pânico, mas ele aflora a todo instante. Se há alguns anos uma ou outra vez se ouvia falar em assaltos e mortes, hoje em dia todos em minha família já estiveram sob a mira de revolveres. Então, só não mudam o comportamento nossas autoridades e suas famílias, que andam de helicóptero ou 'bondes' de segurança armada".
Depois que um colega de trabalho foi morto em um arrastão na Perimetral, Marcelo Thomaz de Faria ficou mais atento às ocorrências na cidade e arrisca: "A minha tese é de que os arrastões no trânsito ocorrem nos horários de 7h às 9h e de 19h às 21h, justamente no momento da troca de guarda da Polícia Militar. Os bandidos sabem disso e o Comando da PM não!".
Algumas pessoas, no entanto, recusam-se a virar reféns da criminalidade e enfrentam o dia a dia da cidade:
"Se eu tiver que mudar de atitude por causa da violência, nem saio de casa. O medo faz com que a pessoa fique doente, neurótica e deixe de viver, de ser feliz. O que adianta viver sem viver?", disse Misia de Oliveira no site.
Nesta terça, a Polícia Militar pôs todo seu efetivo nas ruas e, em conjunto com a Polícia Civil, faz operação em diversas favelas da cidade . O Ministro da Justiça colocou à disposição do Estado do Rio reforço policial para combate aos ataques do tráfico.
RIO - A onda de violência que tomou conta do Rio desde a madrugada de segunda-feira, com ataques a carros e arrastões em diversas áreas , tirou de vez a tranquilidade dos moradores da cidade. Em resposta à pergunta "Você mudou seu comportamento com medo dos arrastões e dos incêndios a veículos no Rio?", no site do GLOBO e na página do jornal no Facebook , os internautas deixaram claro que as mudanças de hábito já fazem parte da rotina, mas que a sensação de insegurança aumenta a cada dia.
A situação da violência na nossa cidade chegou ao patamar do absurdo
"O uso de insulfilm, a paranoia nos sinais de trânsito e tantas outras 'táticas de guerrilha' que usamos diariamente são espelho disso. A situação da violência na nossa cidade chegou ao patamar do absurdo", escreveu Nuno Moreira, no site. No Facebook, Leene Santana fez coro: "Infelizmente, nós viramos 'prisioneiros' sem cometer qualquer delito. Fica complicado sentir-se em paz".
Assim como eles, muitos leitores mostraram que não se sentem seguros para circular livremente pela cidade. Diminuir as saídas à noite e evitar certas áreas da cidade já fazem parte da cartilha de segurança de muitas famílias. Mas as leitoras Lucia Saraiva e Solange Ruiz Garrido acreditam que a situação atual exige medidas mais drásticas. Para elas, a solução é ficar em casa o máximo de tempo possível.
"Estou apavorada. Só saio para o trabalho e, mesmo assim, com muito medo. À noite, ficamos eu, minha filha e minha neta presas em casa, principalmente no final de semana", escreveu Solange.
Carlos Eduardo de Souza conta que vive em estado permanente de pânico desde que todos os seus familiares foram vítimas da violência:
"Talvez não tenhamos sempre consciência desse pânico, mas ele aflora a todo instante. Se há alguns anos uma ou outra vez se ouvia falar em assaltos e mortes, hoje em dia todos em minha família já estiveram sob a mira de revolveres. Então, só não mudam o comportamento nossas autoridades e suas famílias, que andam de helicóptero ou 'bondes' de segurança armada".
Depois que um colega de trabalho foi morto em um arrastão na Perimetral, Marcelo Thomaz de Faria ficou mais atento às ocorrências na cidade e arrisca: "A minha tese é de que os arrastões no trânsito ocorrem nos horários de 7h às 9h e de 19h às 21h, justamente no momento da troca de guarda da Polícia Militar. Os bandidos sabem disso e o Comando da PM não!".
Algumas pessoas, no entanto, recusam-se a virar reféns da criminalidade e enfrentam o dia a dia da cidade:
"Se eu tiver que mudar de atitude por causa da violência, nem saio de casa. O medo faz com que a pessoa fique doente, neurótica e deixe de viver, de ser feliz. O que adianta viver sem viver?", disse Misia de Oliveira no site.
Nesta terça, a Polícia Militar pôs todo seu efetivo nas ruas e, em conjunto com a Polícia Civil, faz operação em diversas favelas da cidade . O Ministro da Justiça colocou à disposição do Estado do Rio reforço policial para combate aos ataques do tráfico.
terça-feira, novembro 23, 2010
Operação do MP apreende drogas, armas e dinheiro em cadeias gaúchas
O Ministério Público (MP) divulgou no dia de hoje o resultado de operações realizadas em cadeias de Rio Grande, Passo Fundo e Charqueadas. A ação teve o apoio do Batalhão de Operações Especiais (BOE) da Brigada Militar (BM).
A operação de hoje parte de uma série de vistorias em presídios de todo o país, desencadeadas por decisão do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC).
Passo Fundo
Na Penitenciária Estadual de Passo Fundo, foram apreendidos 26 celulares, 12 chips telefônicos, R$ 2 mil em dinheiro, 20 facas e uma quantidade considerável de estoques (facas artesanais usadas por detentos).
O coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal, Fabiano Dallazen, acompanhado do promotor de Justiça Marcelo Juliano Silveira Pires, participou da operação no município, junto com 80 integrantes do BOE.
Rio Grande
A ação na Penitenciária Estadual de Rio Grande recolheu 11 celulares, 25 estoques, nove papelotes de cocaína, 300 gramas de maconha e 50 gramas de crack. Além disso, sete veículos com problemas de licenciamento e lacres das placas violados, foram apreendidos na unidade prisional.
Os promotores de Justiça Fábio Costa Pereira, Luís Felipe de Aguiar Tesheiner e Nathália Swoboda Calvo acompanharam a revista, que contou, também com a participação de 78 policiais.
Charqueadas
No local, foram recolhidos 136 celulares, 17 chips de aparelhos, seis revólveres, duas pistolas, munição de variados calibres, 83 facas, 59 estoques, grande quantidade de crack, cocaína e maconha, uma balança de precisão, 11 cachimbos, três microcâmeras, além de serras de ferro, talhadeiras, tesouras e um videogame.
Segundo o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Luiz Carlos Ziomkowski, a infraestrutura reduzida é um dos motivos para o grande volume de material ilegal que entra nas cadeias gaúchas.
— São poucos homens para controlar um grande número de presos — disse Ziomkowski.
Em Charqueadas, chamou a atenção das equipes que apenas seis agentes controlavam 363 presos. Além disso, detentos cultivavam maconha em um pote de plástico.
A operação de hoje parte de uma série de vistorias em presídios de todo o país, desencadeadas por decisão do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC).
Passo Fundo
Na Penitenciária Estadual de Passo Fundo, foram apreendidos 26 celulares, 12 chips telefônicos, R$ 2 mil em dinheiro, 20 facas e uma quantidade considerável de estoques (facas artesanais usadas por detentos).
O coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal, Fabiano Dallazen, acompanhado do promotor de Justiça Marcelo Juliano Silveira Pires, participou da operação no município, junto com 80 integrantes do BOE.
Rio Grande
A ação na Penitenciária Estadual de Rio Grande recolheu 11 celulares, 25 estoques, nove papelotes de cocaína, 300 gramas de maconha e 50 gramas de crack. Além disso, sete veículos com problemas de licenciamento e lacres das placas violados, foram apreendidos na unidade prisional.
Os promotores de Justiça Fábio Costa Pereira, Luís Felipe de Aguiar Tesheiner e Nathália Swoboda Calvo acompanharam a revista, que contou, também com a participação de 78 policiais.
Charqueadas
No local, foram recolhidos 136 celulares, 17 chips de aparelhos, seis revólveres, duas pistolas, munição de variados calibres, 83 facas, 59 estoques, grande quantidade de crack, cocaína e maconha, uma balança de precisão, 11 cachimbos, três microcâmeras, além de serras de ferro, talhadeiras, tesouras e um videogame.
Segundo o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Luiz Carlos Ziomkowski, a infraestrutura reduzida é um dos motivos para o grande volume de material ilegal que entra nas cadeias gaúchas.
— São poucos homens para controlar um grande número de presos — disse Ziomkowski.
Em Charqueadas, chamou a atenção das equipes que apenas seis agentes controlavam 363 presos. Além disso, detentos cultivavam maconha em um pote de plástico.
Decisão Judicial restringe o ingresso de detentos no Presídio Central de Porto Alegre
Segurança | 23/11/2010
Uma decisão judicial restringe ainda mais o ingresso de detentos no Presídio Central de Porto Alegre. Apenas os presos em flagrante, prisão preventiva ou temporária decretada serão admitidos na unidade a partir de quinta-feira. A decisão foi tomada nesta terça-feira pela Juíza de Direito Adriana da Silva Ribeiro, da Vara de Execuções Penais da capital.
O Presídio Central já estava parcialmente interditado desde outubro devido à superlotação. Condenados de primeiro ingresso no regime fechado e condenados do regime aberto já não estavam mais sendo admitidos no local. A decisão do juiz Sidney Bruzuska permitia, no entanto, o ingresso de foragidos do semiaberto até novembro do ano que vem.
A Juíza Adriana da Silva Ribeiro explica que apenas está reforçando uma decisão antiga da justiça.
— É uma decisão de 1995. O Presídio Central está interditado para ingresso de detentos de qualquer regime, mas isso nunca foi cumprido. A partir de agora será — afirmou a magistrada.
Desde a interdição parcial, o número de presos aumentou em 200. Agora são 5.274 detentos no Presício Central. A capacidade é de aproximadamente 1.800.
A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) deverá indicar a casa prisional para onde serão encaminhados novos presos.
Fonte: ZH/Polícia
Uma decisão judicial restringe ainda mais o ingresso de detentos no Presídio Central de Porto Alegre. Apenas os presos em flagrante, prisão preventiva ou temporária decretada serão admitidos na unidade a partir de quinta-feira. A decisão foi tomada nesta terça-feira pela Juíza de Direito Adriana da Silva Ribeiro, da Vara de Execuções Penais da capital.
O Presídio Central já estava parcialmente interditado desde outubro devido à superlotação. Condenados de primeiro ingresso no regime fechado e condenados do regime aberto já não estavam mais sendo admitidos no local. A decisão do juiz Sidney Bruzuska permitia, no entanto, o ingresso de foragidos do semiaberto até novembro do ano que vem.
A Juíza Adriana da Silva Ribeiro explica que apenas está reforçando uma decisão antiga da justiça.
— É uma decisão de 1995. O Presídio Central está interditado para ingresso de detentos de qualquer regime, mas isso nunca foi cumprido. A partir de agora será — afirmou a magistrada.
Desde a interdição parcial, o número de presos aumentou em 200. Agora são 5.274 detentos no Presício Central. A capacidade é de aproximadamente 1.800.
A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) deverá indicar a casa prisional para onde serão encaminhados novos presos.
Fonte: ZH/Polícia
segunda-feira, novembro 22, 2010
Nova “quadrilha dos explosivos” pode estar atuando no Estado
Novembro de 2010
Os recentes ataques a bancos em Paverama e Sertão Santana trouxeram uma certeza à polícia gaúcha: há uma nova quadrilha especializada em usar explosivos para arrombar bancos atuando no Rio Grande do Sul. O primeiro grupo foi desarticulado entre os meses de maio e agosto deste ano, com a prisão dos seus principais líderes.
Entre os detidos, estão o ex-policial militar Wanderley Grehs, 50 anos, e Ronaldo Mack, que respondem a processos por furto qualificado. Segundo a polícia, Mack era especializado na instalação dos explosivos em cofres.
Já a nova quadrilha que é suspeita de atacar a agências do Banco do Brasil em Paverama neste mês teria demorado algum tempo para aprender a instalar os materiais da forma mais efetiva. O grupo é suspeito de tentar explodir o cofre de outros postos bancários.
A polícia não descarta que os criminosos recebam orientações de assaltantes presos no Estado.
Os recentes ataques a bancos em Paverama e Sertão Santana trouxeram uma certeza à polícia gaúcha: há uma nova quadrilha especializada em usar explosivos para arrombar bancos atuando no Rio Grande do Sul. O primeiro grupo foi desarticulado entre os meses de maio e agosto deste ano, com a prisão dos seus principais líderes.
Entre os detidos, estão o ex-policial militar Wanderley Grehs, 50 anos, e Ronaldo Mack, que respondem a processos por furto qualificado. Segundo a polícia, Mack era especializado na instalação dos explosivos em cofres.
Já a nova quadrilha que é suspeita de atacar a agências do Banco do Brasil em Paverama neste mês teria demorado algum tempo para aprender a instalar os materiais da forma mais efetiva. O grupo é suspeito de tentar explodir o cofre de outros postos bancários.
A polícia não descarta que os criminosos recebam orientações de assaltantes presos no Estado.
Preso em São Paulo detento gaúcho portador de tornozeleira eletrônica
Novembro de 2010
A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) informou que foi preso em Bragança Paulista, no estado de São Paulo, um detento do regime aberto de Taquara, no vale do Paranhana. Ele era considerado foragido desde o início deste mês. Este caso de fuga é o primeiro no Estado envolvendo detentos que usam tornozeleira eletrônica. O apenado foi detido pela Polícia paulista em parceria com a Susepe, que continuava monitorando o foragido. Agentes penitenciários do Rio Grande do Sul foram para São Paulo a fim de trazê-lo. Até o momento não foram divulgados o motivo da fuga e nem o local exato onde estava o detento.
Apesar de ser voluntário, o preso vai perder a tornozeleira e o direito de dormir em casa, tendo que ficar durante as noites no presídio de Taquara. Segundo o superintendente substituto da Susepe, ele pediu à Justiça autorização para trabalhar em uma transportadora, mas não esperou a homologação e teria se apresentado na empresa de forma irregular.
Até agora houve pelo menos quatro ocorrências envolvendo presos do regime aberto monitorados por tornozeleiras no Rio Grande do Sul. Além do caso do preso em Bragança Paulista, outros dois foram de prisões por tráfico de drogas e um quarto por tentativa de estupro. Ao todo, 141 apenados são monitorados pelos equipamentos. O contrato emergencial vence neste mês, mas a Susepe vai prorrogar por mais 90 dias
A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) informou que foi preso em Bragança Paulista, no estado de São Paulo, um detento do regime aberto de Taquara, no vale do Paranhana. Ele era considerado foragido desde o início deste mês. Este caso de fuga é o primeiro no Estado envolvendo detentos que usam tornozeleira eletrônica. O apenado foi detido pela Polícia paulista em parceria com a Susepe, que continuava monitorando o foragido. Agentes penitenciários do Rio Grande do Sul foram para São Paulo a fim de trazê-lo. Até o momento não foram divulgados o motivo da fuga e nem o local exato onde estava o detento.
Apesar de ser voluntário, o preso vai perder a tornozeleira e o direito de dormir em casa, tendo que ficar durante as noites no presídio de Taquara. Segundo o superintendente substituto da Susepe, ele pediu à Justiça autorização para trabalhar em uma transportadora, mas não esperou a homologação e teria se apresentado na empresa de forma irregular.
Até agora houve pelo menos quatro ocorrências envolvendo presos do regime aberto monitorados por tornozeleiras no Rio Grande do Sul. Além do caso do preso em Bragança Paulista, outros dois foram de prisões por tráfico de drogas e um quarto por tentativa de estupro. Ao todo, 141 apenados são monitorados pelos equipamentos. O contrato emergencial vence neste mês, mas a Susepe vai prorrogar por mais 90 dias
Tecnologia alimenta a rede do crime nas prisões
Nos presídios, o celular é uma máquina do mal. Com ele, bandidos presos conseguem comandar redes de crimes. Pipocam na mesa de delegados casos de criminosos que utilizam os telefones para tudo, desde organizar o tráfico nas bocas até para ordenar assassinatos.
Um áudio de uma escuta autorizada pela Justiça mostrou a força do celular. Em maio de 2008, o chefe do tráfico da Vila Maria da Conceição, na Capital, Paulo Ricardo Santos da Silva, o Paulão, ligou para um comparsa de dentro da Pasc. Mandou atacar o marido de uma jovem, filha de um amigo da Vila, que teria dito que não o temia:
— Quebra, quebra ele. Ou fura ele. O que tu quiser, mas quebra ele.
Além do tráfico e de homicídios, os celulares facilitam outros crimes, como o roubo de carros para servir para assaltos ou os golpes telefônicos, como o do falso sequestro. A prisão de líderes não coíbe ações criminosas fora das celas. Para o subcomandante-geral da Brigada Militar, coronel Jones Calixtrato, é perceptível que bandidos, mesmo depois de presos, continuam passando por cima da lei.
— Prendemos os traficantes, mas as bocas continuam organizadas — lamenta.
Segundo o oficial, é necessário mudar a estratégia com urgência:
— É difícil deter a entrada, por isso temos de achar mecanismo para bloquear a comunicação.
Tecnologia a serviço dos presos
- Em outubro, foi descoberta uma rede de criminosos que utilizava internet via celular para encomendar crimes. O detentos usavam programas de relacionamento para conversar com comparsas e familiares de dentro das prisões.
- Em setembro, a Polícia Civil descobriu como uma quadrilha ordenava execuções de traficantes rivais, além de negociar armas e encomendar roubo de veículos.
- Em agosto, investigações da Polícia Civil apontaram que a Pasc havia se transformado em escritório do tráfico, comandando por Nei Machado, ex-braço direito de Fernandinho Beira-Mar.
- Em 2009, a operação policial Cova Rasa desarticulou uma quadrilha responsável por dezenas de homicídios na Região Metropolitana. Ordens de homicídios teriam sido feitas de celulares de dentro de prisões.
ARTIFÍCIOS PARA CHEGAR AOS DETENTOS
A maior parte dos celulares entra nos presídios em razão de furos no sistema de fiscalização. A criatividade dos criminosos também dificulta a ação de coibir o acesso. Veja alguns casos:
- Em setembro, um adolescente foi apreendido após usar um arco de competições esportivas para lançar flechas com celulares para dentro da Pasc;
- Em 2009, PMs recolheram em pelo menos duas oportunidades pombos transportando componentes de celulares, como baterias, no Presídio Central.
Um áudio de uma escuta autorizada pela Justiça mostrou a força do celular. Em maio de 2008, o chefe do tráfico da Vila Maria da Conceição, na Capital, Paulo Ricardo Santos da Silva, o Paulão, ligou para um comparsa de dentro da Pasc. Mandou atacar o marido de uma jovem, filha de um amigo da Vila, que teria dito que não o temia:
— Quebra, quebra ele. Ou fura ele. O que tu quiser, mas quebra ele.
Além do tráfico e de homicídios, os celulares facilitam outros crimes, como o roubo de carros para servir para assaltos ou os golpes telefônicos, como o do falso sequestro. A prisão de líderes não coíbe ações criminosas fora das celas. Para o subcomandante-geral da Brigada Militar, coronel Jones Calixtrato, é perceptível que bandidos, mesmo depois de presos, continuam passando por cima da lei.
— Prendemos os traficantes, mas as bocas continuam organizadas — lamenta.
Segundo o oficial, é necessário mudar a estratégia com urgência:
— É difícil deter a entrada, por isso temos de achar mecanismo para bloquear a comunicação.
Tecnologia a serviço dos presos
- Em outubro, foi descoberta uma rede de criminosos que utilizava internet via celular para encomendar crimes. O detentos usavam programas de relacionamento para conversar com comparsas e familiares de dentro das prisões.
- Em setembro, a Polícia Civil descobriu como uma quadrilha ordenava execuções de traficantes rivais, além de negociar armas e encomendar roubo de veículos.
- Em agosto, investigações da Polícia Civil apontaram que a Pasc havia se transformado em escritório do tráfico, comandando por Nei Machado, ex-braço direito de Fernandinho Beira-Mar.
- Em 2009, a operação policial Cova Rasa desarticulou uma quadrilha responsável por dezenas de homicídios na Região Metropolitana. Ordens de homicídios teriam sido feitas de celulares de dentro de prisões.
ARTIFÍCIOS PARA CHEGAR AOS DETENTOS
A maior parte dos celulares entra nos presídios em razão de furos no sistema de fiscalização. A criatividade dos criminosos também dificulta a ação de coibir o acesso. Veja alguns casos:
- Em setembro, um adolescente foi apreendido após usar um arco de competições esportivas para lançar flechas com celulares para dentro da Pasc;
- Em 2009, PMs recolheram em pelo menos duas oportunidades pombos transportando componentes de celulares, como baterias, no Presídio Central.
Apreensões de celulares em cadeias alarmam Justiça
Desde maio de 2009, 2.072 aparelhos foram apreendidos em 20 cadeias da Região Metropolitana
Gustavo Azevedo | gustavo.azevedo@zerohora.com.br
Um levantamento do juiz Sidinei Brzuska, responsável por fiscalizar 20 presídios e albergues da Região Metropolitana, revela a facilidade com que os aparelhos celulares chegam às mãos de apenados. De maio de 2009 até a semana passada, haviam sido apreendidos 2.072 mil telefones, quase 103 por mês, em média, ou quatro aparelhos por dia.
Para efeitos de comparação, a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) afirma ter recolhido 2,6 mil unidades em 2009. O levantamento da Susepe, no entanto, contabiliza as mais de 90 casas carcerárias do Estado.
Segundo o magistrado da Vara de Execuções Criminais (VEC) da Capital, a maior parte dos equipamentos foi encontrada no Presídio Central, na Capital, e na Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ), em Charqueadas. Os presídios da VEC compõem a espinha dorsal do sistema prisional gaúcho.
— Mas detectamos problemas em locais que não deveriam entrar de jeito nenhum como a Pasc (Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas), onde o controle deveria ser muito maior — lamenta Brzuska.
O atual governo tentou por meses implantar o bloqueador de sinais nos presídios, mas a medida acabou frustrada. A tecnologia prejudicava o sinal de usuários vizinhos às cadeias. A Susepe resolveu apostar em detectores de metais. Segundo a Susepe, a licitação para a aquisição dos equipamentos ainda está em andamento.
Para o autor do levantamento, a melhor forma de diminuir o número de celulares é apertar o cerco contra os principais fornecedores: visitantes dos apenados e agentes penitenciários.
— Antes do parlatórios, os advogados eram apontados como culpados. Agora só restam essas duas alternativas — afirma Brzuska.
Após visita técnica às cadeias do Espírito Santo neste fim de semana, o juiz aponta o Estado do Sudeste como exemplo a ser seguido:
— Eles têm 15 presídios livres de celular atualmente. O Estado dá tudo para o preso, desde roupa até papel higiênico. Não entra nada de fora. E não tem revista de visitantes. As visitas são monitoradas e se houver suspeita, o preso fica três dias numa sala que eles chamam de descontaminação.
O que dizem os cotados para a Segurança Pública
O mapeamento das apreensões de celulares nas cadeias da Região Metropolitana deverá ser concluído até o fim do ano.
A intenção do juiz Sidinei Brzuska é entregar a pesquisa para o novo governo em janeiro.
— Vamos pedir providências para enfrentar isso — afirma o magistrado.
Cotados para assumir a Secretaria de Segurança Pública, o superintendente regional da Polícia Federal, Ildo Gasparetto, e o diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional, Airton Michels, têm opiniões semelhantes para combater essa chaga.
A saída é apostar em tecnologia e seguir o modelo adotado nos presídios federais.
— Nesses presídios não entra celular. É preciso profissionalizar a Susepe e usar novas tecnologias — diz Gasparetto.
Para Michels, responsável pelas unidades federais, o investimento precisa ser alto.
— Há um problema de gestão não só no Estado, mas em grande parte do país. É necessário muito dinheiro para que nada entre nos presídios, como foi feito no modelo federal. É preciso achar uma tecnologia viável que impeça o uso. O ideal seria criar uma solução com as operadoras de telefonia — afirma o diretor-geral do Depen.
Gustavo Azevedo | gustavo.azevedo@zerohora.com.br
Um levantamento do juiz Sidinei Brzuska, responsável por fiscalizar 20 presídios e albergues da Região Metropolitana, revela a facilidade com que os aparelhos celulares chegam às mãos de apenados. De maio de 2009 até a semana passada, haviam sido apreendidos 2.072 mil telefones, quase 103 por mês, em média, ou quatro aparelhos por dia.
Para efeitos de comparação, a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) afirma ter recolhido 2,6 mil unidades em 2009. O levantamento da Susepe, no entanto, contabiliza as mais de 90 casas carcerárias do Estado.
Segundo o magistrado da Vara de Execuções Criminais (VEC) da Capital, a maior parte dos equipamentos foi encontrada no Presídio Central, na Capital, e na Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ), em Charqueadas. Os presídios da VEC compõem a espinha dorsal do sistema prisional gaúcho.
— Mas detectamos problemas em locais que não deveriam entrar de jeito nenhum como a Pasc (Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas), onde o controle deveria ser muito maior — lamenta Brzuska.
O atual governo tentou por meses implantar o bloqueador de sinais nos presídios, mas a medida acabou frustrada. A tecnologia prejudicava o sinal de usuários vizinhos às cadeias. A Susepe resolveu apostar em detectores de metais. Segundo a Susepe, a licitação para a aquisição dos equipamentos ainda está em andamento.
Para o autor do levantamento, a melhor forma de diminuir o número de celulares é apertar o cerco contra os principais fornecedores: visitantes dos apenados e agentes penitenciários.
— Antes do parlatórios, os advogados eram apontados como culpados. Agora só restam essas duas alternativas — afirma Brzuska.
Após visita técnica às cadeias do Espírito Santo neste fim de semana, o juiz aponta o Estado do Sudeste como exemplo a ser seguido:
— Eles têm 15 presídios livres de celular atualmente. O Estado dá tudo para o preso, desde roupa até papel higiênico. Não entra nada de fora. E não tem revista de visitantes. As visitas são monitoradas e se houver suspeita, o preso fica três dias numa sala que eles chamam de descontaminação.
O que dizem os cotados para a Segurança Pública
O mapeamento das apreensões de celulares nas cadeias da Região Metropolitana deverá ser concluído até o fim do ano.
A intenção do juiz Sidinei Brzuska é entregar a pesquisa para o novo governo em janeiro.
— Vamos pedir providências para enfrentar isso — afirma o magistrado.
Cotados para assumir a Secretaria de Segurança Pública, o superintendente regional da Polícia Federal, Ildo Gasparetto, e o diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional, Airton Michels, têm opiniões semelhantes para combater essa chaga.
A saída é apostar em tecnologia e seguir o modelo adotado nos presídios federais.
— Nesses presídios não entra celular. É preciso profissionalizar a Susepe e usar novas tecnologias — diz Gasparetto.
Para Michels, responsável pelas unidades federais, o investimento precisa ser alto.
— Há um problema de gestão não só no Estado, mas em grande parte do país. É necessário muito dinheiro para que nada entre nos presídios, como foi feito no modelo federal. É preciso achar uma tecnologia viável que impeça o uso. O ideal seria criar uma solução com as operadoras de telefonia — afirma o diretor-geral do Depen.
sábado, novembro 20, 2010
Política de Combate às drogas nos EUA
O Plano Nacional de Combate às Drogas dos EUA, revisto e publicado pelo Governo norte-americano em 2010, indicou uma possível alteração no tratamento da questão dos crimes de entorpecentes.
Matéria publicada no site do Jornal O Globo, endereço eletrônico: http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2010/05/11/eua-barack-obama-enfoca-prevencao-tratamento-no-combate-as-drogas-916559460.asp, expôs o toque pessoal conferido pelo atual Presidente norte-americano, Barak Obama, no tormentoso assunto que, do Governo anterior, somente recebeu uma resposta bélica.
Pela primeira vez na história daquele país houve alteração no foco do enfrentamento do problema, numa espécie de migração do discurso bélico para o discurso da saúde pública, numa tentativa de ação corretiva por parte do Governo.
Pelo plano traçado, algumas metas devem ser alcançadas em determinado período de tempo. E, para o atingimento desta meta, o Governo norte-americano aumentou a verba destinada ao setor em mais ou menos 3,5%, se comparado com o orçamento anterior.
Muito embora o novo Plano não tenha previsão da discriminalização da conduta de utilização da maconha, existe o reforço para sua aplicação medicinal, havendo ainda o reforço da idéia de que “viciado” deve ser tratado ao invés de “encarcerado”.
A crítica realizada resta atrelada ao fato da desigual distribuição dos recursos financeiros, uma vez que as políticas de combate às drogas e tratamento dos usuários restaram atreladas a uma pequena parcela do total, estando a maioria dos recursos destinados ao combate e “enfrentamento” historicamente observados.
Resta saber se a alteração do referido Plano vai emprestar características concretas ou se somente irá permanecer em abstrato, no plano da idéias, sem passar para o mundo dos fatos.
Estamos na torcida.
Matéria publicada no site do Jornal O Globo, endereço eletrônico: http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2010/05/11/eua-barack-obama-enfoca-prevencao-tratamento-no-combate-as-drogas-916559460.asp, expôs o toque pessoal conferido pelo atual Presidente norte-americano, Barak Obama, no tormentoso assunto que, do Governo anterior, somente recebeu uma resposta bélica.
Pela primeira vez na história daquele país houve alteração no foco do enfrentamento do problema, numa espécie de migração do discurso bélico para o discurso da saúde pública, numa tentativa de ação corretiva por parte do Governo.
Pelo plano traçado, algumas metas devem ser alcançadas em determinado período de tempo. E, para o atingimento desta meta, o Governo norte-americano aumentou a verba destinada ao setor em mais ou menos 3,5%, se comparado com o orçamento anterior.
Muito embora o novo Plano não tenha previsão da discriminalização da conduta de utilização da maconha, existe o reforço para sua aplicação medicinal, havendo ainda o reforço da idéia de que “viciado” deve ser tratado ao invés de “encarcerado”.
A crítica realizada resta atrelada ao fato da desigual distribuição dos recursos financeiros, uma vez que as políticas de combate às drogas e tratamento dos usuários restaram atreladas a uma pequena parcela do total, estando a maioria dos recursos destinados ao combate e “enfrentamento” historicamente observados.
Resta saber se a alteração do referido Plano vai emprestar características concretas ou se somente irá permanecer em abstrato, no plano da idéias, sem passar para o mundo dos fatos.
Estamos na torcida.
Crime organizado tem mais que o dobro das armas da polícia no Brasil
57% são ilegais ou usadas sem porte; apesar de campanhas, armamentos em circulação crescem ano a ano e controle do governo é 'pobre' - Jamil Chade CORRESPONDENTE / GENEBRA - O Estado de S.Paulo
O crime organizado teria mais do que o dobro de armas que a polícia no Brasil. Um mapeamento completo sobre armamentos leves indica que existem cerca de 17 milhões de itens em circulação no País, quase um para cada dez habitantes. Mas o maior problema é que 57% são armas ilegais ou usadas sem o porte. Grupos criminosos ainda mantêm um arsenal impressionante de mais de 5,2 milhões de peças. A polícia tem apenas 2,1 milhões.
O alerta foi publicado ontem pelo Instituto de Altos Estudos Internacionais de Genebra e pela organização não governamental (ONG) Viva Rio e destaca ainda que, apesar das leis limitando a venda de armas, a explosão na fabricação desses produtos tem dado lucros milionários às indústrias nacionais (mais informações abaixo). O Brasil, nos últimos anos, também se transformou no segundo maior produtor de armas leves do Ocidente, atrás dos Estados Unidos.
Em comparação com estudo semelhante feito pela Viva Rio em 2002, em parceria com o Instituto de Estudo das Religiões (Iser), houve um aumento de mais de 10% no número de armas no País - estimado na época em 15 milhões -, apesar das campanhas de desarmamento. Naquela época, metade das armas não estava regularizada.
As constatações do levantamento são consideradas "assustadoras" por especialistas. Há 9,4 milhões de armas ilegais e sem porte em circulação, mais da metade com criminosos ou com indivíduos do mercado informal. Já as forças policiais - Polícias Militar, Estaduais e Federal - contariam com apenas 2,1 milhões de armas. Oficialmente, as empresas de segurança privada teriam outras 301 mil armas em mãos - de forma legal.
As estimativas foram obtidas por meio de registros oficiais e de produção. Mais da metade das armas também estaria em mãos civis no Brasil. Em Brasília há a maior incidência de armas por habitante, entre 19 e 28 para cada 100 habitantes. São Paulo teria uma taxa entre 9,5 e 19 para cada 100 pessoas.
Sem controle. A entidade também acusou as autoridades de ter "registro pobre e inadequado das armas leves". Uma das formas reveladas pelo levantamento para introduzir armamentos é a suposta exportação desses produtos para o Paraguai - que depois voltariam ao mercado nacional, mas sem registros.
Campanha reduz mortes
Depois de recolher cerca de 500 mil peças e destruir 2 milhões, nas campanhas de 2003 e 2009, há 20 dias o governo federal anunciou um convênio que estabelece campanha de desarmamento permanente, a partir de 2011. O governo afirma que as campanhas reduziram em 11% o índice de mortalidade por armas de fogo.
As pessoas que quiserem entregar as armas que têm em casa já podem procurar a Polícia Federal e retirar uma guia. Essa deve ser preenchida e entregue com a arma à PF ou a instituições parceiras. As indenizações, que variam por arma, continuarão a ser pagas.
PERGUNTAS - Denis Mizne, diretor do Instituto Sou da Paz por VITOR HUGO BRANDALISE.
1. Por que há um número tão alto de armas ilegais existentes no Brasil?
Criminosos, no Brasil, não compram armas legalmente, em lojas convencionais. Eles conseguem roubando, principalmente de civis. É preciso aumentar o controle na compra, fiscalizar para que pessoas despreparadas não tenham armas e conscientizar o cidadão de que não é arma que trará segurança a ele. Senão, esse arsenal não diminuirá. Armas têm "efeito cumulativo". Quando um revólver é vendido, não sai de circulação se não for apreendido ou recolhido. Sem esforços para isso, continuará nas ruas por décadas.
2. O levantamento reflete problemas na execução do Estatuto do Desarmamento?
O número de armas no Brasil cinco anos atrás ficava perto do atual. Houve avanços, já que o número não subiu tanto, mas é necessário recolocar o tema como prioridade. Entre 2004, quando foi sancionado o Estatuto do Desarmamento, e 2005, 460 mil armas foram recolhidas. De 2005 para cá, o número não passou de 100 mil.
3. O que pode ser feito para mudar essa situação?
Campanhas de desarmamento são hoje quase inexistentes e devem ser retomadas. Se a maioria das armas está com civis, então é problema da sociedade e é ela que tem de entender sua gravidade. Um trunfo que o governo aproveita pouco é que as empresas que produzem a maior parte das armas são nacionais. O governo poderia e deveria aumentar as exigências, como melhoria na marcação das armas, para as empresas serem também responsabilizadas. Hoje, o Brasil marca armas com laser, a tecnologia mais fácil de ser adulterada, que facilita para os bandidos. Nanotecnologia já permite marcar até as balas que saem das armas, um bom exemplo da exigência que deveria ser feita.
O crime organizado teria mais do que o dobro de armas que a polícia no Brasil. Um mapeamento completo sobre armamentos leves indica que existem cerca de 17 milhões de itens em circulação no País, quase um para cada dez habitantes. Mas o maior problema é que 57% são armas ilegais ou usadas sem o porte. Grupos criminosos ainda mantêm um arsenal impressionante de mais de 5,2 milhões de peças. A polícia tem apenas 2,1 milhões.
O alerta foi publicado ontem pelo Instituto de Altos Estudos Internacionais de Genebra e pela organização não governamental (ONG) Viva Rio e destaca ainda que, apesar das leis limitando a venda de armas, a explosão na fabricação desses produtos tem dado lucros milionários às indústrias nacionais (mais informações abaixo). O Brasil, nos últimos anos, também se transformou no segundo maior produtor de armas leves do Ocidente, atrás dos Estados Unidos.
Em comparação com estudo semelhante feito pela Viva Rio em 2002, em parceria com o Instituto de Estudo das Religiões (Iser), houve um aumento de mais de 10% no número de armas no País - estimado na época em 15 milhões -, apesar das campanhas de desarmamento. Naquela época, metade das armas não estava regularizada.
As constatações do levantamento são consideradas "assustadoras" por especialistas. Há 9,4 milhões de armas ilegais e sem porte em circulação, mais da metade com criminosos ou com indivíduos do mercado informal. Já as forças policiais - Polícias Militar, Estaduais e Federal - contariam com apenas 2,1 milhões de armas. Oficialmente, as empresas de segurança privada teriam outras 301 mil armas em mãos - de forma legal.
As estimativas foram obtidas por meio de registros oficiais e de produção. Mais da metade das armas também estaria em mãos civis no Brasil. Em Brasília há a maior incidência de armas por habitante, entre 19 e 28 para cada 100 habitantes. São Paulo teria uma taxa entre 9,5 e 19 para cada 100 pessoas.
Sem controle. A entidade também acusou as autoridades de ter "registro pobre e inadequado das armas leves". Uma das formas reveladas pelo levantamento para introduzir armamentos é a suposta exportação desses produtos para o Paraguai - que depois voltariam ao mercado nacional, mas sem registros.
Campanha reduz mortes
Depois de recolher cerca de 500 mil peças e destruir 2 milhões, nas campanhas de 2003 e 2009, há 20 dias o governo federal anunciou um convênio que estabelece campanha de desarmamento permanente, a partir de 2011. O governo afirma que as campanhas reduziram em 11% o índice de mortalidade por armas de fogo.
As pessoas que quiserem entregar as armas que têm em casa já podem procurar a Polícia Federal e retirar uma guia. Essa deve ser preenchida e entregue com a arma à PF ou a instituições parceiras. As indenizações, que variam por arma, continuarão a ser pagas.
PERGUNTAS - Denis Mizne, diretor do Instituto Sou da Paz por VITOR HUGO BRANDALISE.
1. Por que há um número tão alto de armas ilegais existentes no Brasil?
Criminosos, no Brasil, não compram armas legalmente, em lojas convencionais. Eles conseguem roubando, principalmente de civis. É preciso aumentar o controle na compra, fiscalizar para que pessoas despreparadas não tenham armas e conscientizar o cidadão de que não é arma que trará segurança a ele. Senão, esse arsenal não diminuirá. Armas têm "efeito cumulativo". Quando um revólver é vendido, não sai de circulação se não for apreendido ou recolhido. Sem esforços para isso, continuará nas ruas por décadas.
2. O levantamento reflete problemas na execução do Estatuto do Desarmamento?
O número de armas no Brasil cinco anos atrás ficava perto do atual. Houve avanços, já que o número não subiu tanto, mas é necessário recolocar o tema como prioridade. Entre 2004, quando foi sancionado o Estatuto do Desarmamento, e 2005, 460 mil armas foram recolhidas. De 2005 para cá, o número não passou de 100 mil.
3. O que pode ser feito para mudar essa situação?
Campanhas de desarmamento são hoje quase inexistentes e devem ser retomadas. Se a maioria das armas está com civis, então é problema da sociedade e é ela que tem de entender sua gravidade. Um trunfo que o governo aproveita pouco é que as empresas que produzem a maior parte das armas são nacionais. O governo poderia e deveria aumentar as exigências, como melhoria na marcação das armas, para as empresas serem também responsabilizadas. Hoje, o Brasil marca armas com laser, a tecnologia mais fácil de ser adulterada, que facilita para os bandidos. Nanotecnologia já permite marcar até as balas que saem das armas, um bom exemplo da exigência que deveria ser feita.
quinta-feira, novembro 18, 2010
Causa dos acidentes de trânsito
Quem é o responsável pelo fato de os taxistas da Capital se unirem em organizações parapoliciais?
ZH - Mural - Opinião dos leitores
A culpa é do Estado. Cabe ao Estado oferecer segurança para todos e ao mesmo tempo fiscalizar a atividade dos taxistas. Com a ausência do Estado, o cidadão começa a se organizar para defender seus interesses e isso fatalmente culminará numa organização a margem da lei, onde se faz justiça com as próprias mãos. Exemplo prático ocorre no Rio de Janeiro, onde se criaram milícias que acabaram fugindo do controle estatal. Milícia nada mais é do que uma organização particular que visa defender interesse próprio, todavia, com o passar do tempo cria corpo, recebe o apoio de pessoas com interesses diversos, o que gera uma organização criminosa sem controle. É hora de cortar o mal pela raiz, porque se o Estado fracassar nessa hora, as conseqüências serão muito sérias.
Valdir Weber
valdirweber@bol.com.br
Três Passos - RS - Brasil
18/11/2010 - 08:52
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O culpado é sem dúvida o ESTADO! Os taxistas são assaltados, agredidos e muitas vezes mortos , por marginais fissurados pela droga e pela má índole e nada acontece.Enquanto um trabalhador ganha um salário mínimo para trabalhar oito horas diárias um presidiário ganha mais de oitocentos reais mensais do ESTADO porque foi preso.Absurdo e uma zombaria com quem produz.
Cesar Oliveira
Rio grande - RS - Brasil
17/11/2010 - 15:11
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Ausência, omissão do estado resulta neste tipo de ação.
Importante lembrar que o criminoso, se multiplica dia a dia.
Governa um estado, requer força policial em ação direta, ação criminosa que ronda e desafia a policia é poderosa.Eles desafiam segurança publica, com armamentos pesados,sofisticados lei do cão, nem querem saber nome do secretário, do governador, mais terrível é uma guerra urbana, matam sem piedade.Tem que manter policiamento ostensivo nas ruas e um combate sem trégua contra marginalidade que poem medo e mata sem piedade.
JANETE LUCCHESI GARBINI
porto alegre - RS - Brasil
17/11/2010 - 10:55
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São os próprios, pois, se acham privilegiados, porém, responsáveis por muitas atitudes antiéticas que deixam a desejar como profissionais indispensáveis nas grandes metrópoles.
CLAUDIOMAR FREITAS VIEIRA
Porto Alegre - RS - Brasil
16/11/2010 - 19:45
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O maior responsável é a soma da incompetência política com a ignorância humana. Falta pouco para termos uma guerra declarada e oficial.
Se os cidadãos se sentem desprotegidos, e são incentivados a fazer justiça pelas próprias mãos, vai ser um salve-se quem puder.
Enquanto a população é assaltada, o governo aprova leis que só favorecem aos bandidos? Esperar o quê?
Eliel Moreira da Silva
eliel-03@hotmail.com
Estância Velha - RS - Brasil
16/11/2010 - 17:42
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A busca por segurança em nosso país não se trata só da classe dos taxistas.E sim,em todas as classes,lugares,em nossas casas,em nosso trabalho,enfim em tudo.Um país sem educação dá lugar a todos os tipos de pessoas livres para agir no que acham mais fácil.Quando citamos,EDUCAÇÃO.não é mais uma palavra no ar.É sim o início de tudo.Povo sem educação é um povo refém das arbitrariedades que nele são impostos.Quando me refiro a EDUCAÇÃO, poderia citar outros fatores também esquecidos, como por exemplo o respeito com o povo pelos governantes.Por que digo isto? Porque infelizmente em nosso país as prioridades são outras por parte dos que dirigem o Brasil.Aí vem o status,o enriquecimento pessoal,as mordomias,outros gastos desnecessários.O que sobra para os investimentos? Já vem com percentuais menores e insuficientes não sendo possível avançar no que é necessário.Assim nós devemos procurar cada um por sí ir se defendendo como pode.Os taxistas estão procurando suprir o que o governo não dá.
Renato M.Pereira
Renatho_prof@yahoo.com.br
Alvorada - RS - Brasil
16/11/2010 - 14:39
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A desídia do estado e/ou sua incapacidade de proteger o cidadão.Sugestão: Taxis maiores com cabines blindadas e monitorados.É mais caro, porém mais seguro.Não usamos grades e alarmes em nossas casas?
Décio Antônio Damin
deciodamin@terra.com.br
Porto Alegre - RS - Brasil
16/11/2010 - 14:23
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Sem dúvida é o poder público, cada vez que acontece uma morte de taxista, começam as barreiras por todo o lugar, mas são logo esquecidas.Não sou taxista, não tenho procuração para defender a classe,mas, ela é privada de segurança, cada corrida é uma roleta russa, é arriscado, a relação entre passageiro e taxista vira desconfiança, todo passageiro é suspeito, imagine trabalhar nesse clima. Não justifica a melícia, mas ela se forma onde o Estado não age.
ANTONIO MARTINS
ALVORADA - RS - Brasil
16/11/2010 - 11:49
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Imagine como estaria seriamente comprometida a sobrevivência de um gato, caso permanecesse totalmente apático ao aparecer-lhe um cachorro pela frente. Da mesma forma, imaginemos um ser humano enfrentando uma tempestade de violência e sem segurança nenhuma.
Eldara Leite Alves
daraleite@yahoo.com.br
Bagé - RS - Brasil
16/11/2010 - 09:38
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Não sou favoràvel há essa atitude dos taxistas,mas acredito que eles tenham se cansado de tanta violência que vem sendo expostos, assim como toda sociedade devem estar cansada tambèm.
Virgílio Melhado Passoni
mmpassoni@gmail.com
Praia Grande - SP - Brasil
16/11/2010 - 08:51
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Límpido, claro, óbvio, que a responsabilidade é do Estado que não oferece policiamento preventivo mínimamente competente!!! agora estamos na moda das filmagens, há pelotões de cineastas, filmando a morte, a lesão física, patrimonial; as vítimas tem de colocar suas melhores roupinhas, para "sair bem no filme!" Enquanto isso, coloquemos mais alguns cadeados, grades, fios elétricos, caes ferozes para tentar nos proteger. E, pior, se um dos caes sai do pátio e morde alguém, o proprietário será exemplado, exposto na mídia e realmente tratado como "bandido irracional". Era para falar a verdade, ou fazer firúlas???
José Édler Biscaíno Pahim Pahim
Santa Maria - RS - Brasil
16/11/2010 - 08:37
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Os políticos ( altos cargos) mantém sempre seguranças particulares; pagas por nós! Se eles podem ter; todos recorrem copiando o sitema. A culpa é de quem? Válida a ação dos taxistas.
rubens ciro *****
pato branco - PR - Brasil
16/11/2010 - 08:28
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A falta de segurança promovida por legisladores que permitem a impunidade de certos tipos crime.Os bandidos são sempre os mesmos, a polícia prende e a justiça solta.É legítima a autodefesa dos taxistas.
benjamin barbiaro
poa - RS - Brasil
15/11/2010 - 17:11
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Cada um tenta se defender do jeito que pode, fazendo a justiça com as próprias mãos, infelizmente. Diante de tantas mortes de taxistas, que eles resolveram se defenfer. Certamente não é uma atitude correta o que foi levantado acerca destes profissionais, mas o fato é que a violência está aí gerando mais violência - é um círculo vicioso. Basta ver as estatísticas - é uma insegurança generalizada. Há 30 anos atrás já se vislumbrava o que está acontecendo hoje e pouco foi feito preventivamente. A melhora no médio e longo prazos inicia pela educação e pela emprego digno às pessoas. Já fui duas vezes assaltado e por sorte não me dei mal(usando o chavão dos dias de hoje). O aparelho policial não é onipresente, mas pode agir de forma pontual, naqueles locais mais visados. De qualquer forma o cidadão tem de estar atento às ações dos meliantes, mas nem sempre a gente vai estar ligado a ação dos bandidos e aí já era... O negócio é não resistir - a vida vale muito mais.
Daniel Carvalho Carvalho
Porto Alegre - RS - Brasil
15/11/2010 - 09:38
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A total falta de segurança, e as leis que protegem os marginais mais do que quem trabalha e paga impostos.
Ou eles tentam se proteger ou são alvo de ladrões, como todos nós que trabalhamos e elegemos esses politicos inúteis no poder, que só querem votos na eleição e o resto é resto.
ezequiel gregolin bottezini
passo fundo - RS - Brasil
14/11/2010 - 21:25
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Se existem as milícias de taxistas, estas se devem, em grande parte, a ineficiência dos órgãos de segurança pública. Hoje temos uma insegurança institucionalizada e vivemos momentos aterradores. As famílias estão desprotegidas e não encontram respaldo em suas reivindicações. Da mesma forma, esta categoria de profissionais, sujeitos a investidas de criminosos, descuidistas e toda sorte de situações. Entretanto, nada justifica a violência e a intimidação de passageiros. Ninguém deve fazer justiça com as próprias mãos e estes profissionais não podem chamar para si atribuições que não são suas. Caso hajam indícios ou suspeitas de um comportamento inadequado por parte dos passageiros transportados, devem os taxistas entrar em contato com as autoridades para as providências cabíveis, através dos meios disponíveis. Não devem, jamais, convocar outros colegas e agirem fora dos ditames legais, a margem da lei.
Precisamos de coerência, respeito, tolerância e bom senso entre as partes.
Ricardo Reischak
Porto Alegre - RS - Brasil
14/11/2010 - 17:36
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O governo e a segurança pública. Os comandos teriam de ser dividos, pois hoje os mesmos que protegem, atendem ocorrências em casas comerciais, bancos, taxistas, etc, não deveriam estar a serviço da população e com atendimento nas residências. O serviço fica a desejar. Teríamos de ter duas polícias militar com os focos divididos. Os empresários fornecem rádios comunicadores, etc para a polícia. Quem eles irão proteger? Penso também que o sistema tem de ser reformulado.
Izane Mathos
Porto Alegre - RS - Brasil
14/11/2010 - 15:02
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Pode se creditar à ineficiência dos governos em relação a segurança pública. Vivemos sob tensão sempre que saímos para a rua. Mesma tensão que me fez andar com uma barra de ferro na mochila ao ir estudar diariamente na Av. Osvaldo Aranha. Depois de três assaltos, nunca mais fui o mesmo.
Vinicius de Oliveira Bartholdi
bartholdi77@gmail.com
Porto Alegre - RS - Brasil
14/11/2010 - 14:29
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Vivemos no país do "salve-se quem puder",do "quem pode mais chora menos"etc..Ignorados pelo Estado tentam defender-se como selvagens da idade da pedra.Ou restauramos a moral e a ética ou, adiós pampa mia.O pessoal do topo é o retrovisor da porcaria toda.
luiz bavaresco
nova prata - RS - Brasil
14/11/2010 - 10:55
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No meu ponto de vista é a Lei brasileira, que mais protege do que condena, a bandidagem.
Visto que, a Policia não pode matar, mas pode morrer, e se morre, os familiares ficam desprotegidos, porque para eles não tem direitos humanos.
Se mata um bandido, está sujeito a severas punições.
Em contra partida, a familia do Bandido tem amparo legal.
Baseado nisto, e cansado de esperar pela Justiça, eu creio que eles resolveram agir desta forma.
Albino Perleberg Perleberg
Pelotas - RS - Brasil
13/11/2010 - 22:16
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O descrédito na segurança pública, a Brigada é ineficiente a Policia nada faz, cabe a eles fazer a própria segurança e a investigação, serviço que deveríamos ter com qualidade e eficiencia, assim devem fazer comerciantes e outros, para suprir a falência da segurança pública.
Wanderlen Castanheira
wanderlen@pop.com.br
TRamandai - RS - Brasil
13/11/2010 - 19:18
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Acompanhei alguns relatos de passageiros que teriam sido agredidos por taxistas e fiquei chocada. Segundo as vítimas, eles mais pareciam bandidos do que pessoas que estão numa profissão que merece ser valorizada. A violência instalada no RS é terrível e a sensação de insegurança que chegou a todos os rincões não justifica que pessoas ajam com tamanha boçalidade, agredindo cidadãos que ajudariam a colocar comida na mesa deles. Mais incrível é que apesar dos muitos depoimentos, alguns profissionais se negam a acreditar que possam existir pessoas de índole tão ruim, que se colocam na pele de policiais ou juízes e decidem que podem, em vez de se negar a realizar uma corrida, agredir com etema violência aqueles que consideram suspeitos ou que possam lhes oferecer algum perigo.
Não creio,no entanto, que esses bandidos possam ser maioria, pois há profissioanis gentis, atenciosos e corteses, que seguramente não compactuam com os atos de realzados por criminosos infiltrados entre eles.
Angela de Abreu Rodrigues
Alvorada - RS - Brasil
13/11/2010 - 15:29
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A pergunta é simplesmente abrangente, extensiva e prevista a partir do desarmamento do cidadão idôneo .
Portanto faço uma prévia antes de expor minha opinião, para uma pergunta que até o presente momento não tive uma resposta razoável sequer.
Sabemos que exageradamente um por cento da população brasileira é composto de marginais .
Então pergunta-se porque estamos perdendo esta guerra ?
Quem esta lucrando com o caos social que se encontra o Brasil ?
Bem como não tenho a resposta, afirmo que as milícias formadas pelos taxistas é uma conseqüência da falência das autoridades competentes.
E se não reverem a burrice da lei 10.826 a tendência ainda é se agravar mais.
Agapito Costa
agapitocosta@ibest.com.br
Rio Grande - RS - Brasil
13/11/2010 - 14:01
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Os impostos gerenciados desonestamente.
Milton Munaro
São Leopoldo - RS - Brasil
13/11/2010 - 10:42
A culpa é do Estado. Cabe ao Estado oferecer segurança para todos e ao mesmo tempo fiscalizar a atividade dos taxistas. Com a ausência do Estado, o cidadão começa a se organizar para defender seus interesses e isso fatalmente culminará numa organização a margem da lei, onde se faz justiça com as próprias mãos. Exemplo prático ocorre no Rio de Janeiro, onde se criaram milícias que acabaram fugindo do controle estatal. Milícia nada mais é do que uma organização particular que visa defender interesse próprio, todavia, com o passar do tempo cria corpo, recebe o apoio de pessoas com interesses diversos, o que gera uma organização criminosa sem controle. É hora de cortar o mal pela raiz, porque se o Estado fracassar nessa hora, as conseqüências serão muito sérias.
Valdir Weber
valdirweber@bol.com.br
Três Passos - RS - Brasil
18/11/2010 - 08:52
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O culpado é sem dúvida o ESTADO! Os taxistas são assaltados, agredidos e muitas vezes mortos , por marginais fissurados pela droga e pela má índole e nada acontece.Enquanto um trabalhador ganha um salário mínimo para trabalhar oito horas diárias um presidiário ganha mais de oitocentos reais mensais do ESTADO porque foi preso.Absurdo e uma zombaria com quem produz.
Cesar Oliveira
Rio grande - RS - Brasil
17/11/2010 - 15:11
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Ausência, omissão do estado resulta neste tipo de ação.
Importante lembrar que o criminoso, se multiplica dia a dia.
Governa um estado, requer força policial em ação direta, ação criminosa que ronda e desafia a policia é poderosa.Eles desafiam segurança publica, com armamentos pesados,sofisticados lei do cão, nem querem saber nome do secretário, do governador, mais terrível é uma guerra urbana, matam sem piedade.Tem que manter policiamento ostensivo nas ruas e um combate sem trégua contra marginalidade que poem medo e mata sem piedade.
JANETE LUCCHESI GARBINI
porto alegre - RS - Brasil
17/11/2010 - 10:55
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São os próprios, pois, se acham privilegiados, porém, responsáveis por muitas atitudes antiéticas que deixam a desejar como profissionais indispensáveis nas grandes metrópoles.
CLAUDIOMAR FREITAS VIEIRA
Porto Alegre - RS - Brasil
16/11/2010 - 19:45
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O maior responsável é a soma da incompetência política com a ignorância humana. Falta pouco para termos uma guerra declarada e oficial.
Se os cidadãos se sentem desprotegidos, e são incentivados a fazer justiça pelas próprias mãos, vai ser um salve-se quem puder.
Enquanto a população é assaltada, o governo aprova leis que só favorecem aos bandidos? Esperar o quê?
Eliel Moreira da Silva
eliel-03@hotmail.com
Estância Velha - RS - Brasil
16/11/2010 - 17:42
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A busca por segurança em nosso país não se trata só da classe dos taxistas.E sim,em todas as classes,lugares,em nossas casas,em nosso trabalho,enfim em tudo.Um país sem educação dá lugar a todos os tipos de pessoas livres para agir no que acham mais fácil.Quando citamos,EDUCAÇÃO.não é mais uma palavra no ar.É sim o início de tudo.Povo sem educação é um povo refém das arbitrariedades que nele são impostos.Quando me refiro a EDUCAÇÃO, poderia citar outros fatores também esquecidos, como por exemplo o respeito com o povo pelos governantes.Por que digo isto? Porque infelizmente em nosso país as prioridades são outras por parte dos que dirigem o Brasil.Aí vem o status,o enriquecimento pessoal,as mordomias,outros gastos desnecessários.O que sobra para os investimentos? Já vem com percentuais menores e insuficientes não sendo possível avançar no que é necessário.Assim nós devemos procurar cada um por sí ir se defendendo como pode.Os taxistas estão procurando suprir o que o governo não dá.
Renato M.Pereira
Renatho_prof@yahoo.com.br
Alvorada - RS - Brasil
16/11/2010 - 14:39
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A desídia do estado e/ou sua incapacidade de proteger o cidadão.Sugestão: Taxis maiores com cabines blindadas e monitorados.É mais caro, porém mais seguro.Não usamos grades e alarmes em nossas casas?
Décio Antônio Damin
deciodamin@terra.com.br
Porto Alegre - RS - Brasil
16/11/2010 - 14:23
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Sem dúvida é o poder público, cada vez que acontece uma morte de taxista, começam as barreiras por todo o lugar, mas são logo esquecidas.Não sou taxista, não tenho procuração para defender a classe,mas, ela é privada de segurança, cada corrida é uma roleta russa, é arriscado, a relação entre passageiro e taxista vira desconfiança, todo passageiro é suspeito, imagine trabalhar nesse clima. Não justifica a melícia, mas ela se forma onde o Estado não age.
ANTONIO MARTINS
ALVORADA - RS - Brasil
16/11/2010 - 11:49
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Imagine como estaria seriamente comprometida a sobrevivência de um gato, caso permanecesse totalmente apático ao aparecer-lhe um cachorro pela frente. Da mesma forma, imaginemos um ser humano enfrentando uma tempestade de violência e sem segurança nenhuma.
Eldara Leite Alves
daraleite@yahoo.com.br
Bagé - RS - Brasil
16/11/2010 - 09:38
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Não sou favoràvel há essa atitude dos taxistas,mas acredito que eles tenham se cansado de tanta violência que vem sendo expostos, assim como toda sociedade devem estar cansada tambèm.
Virgílio Melhado Passoni
mmpassoni@gmail.com
Praia Grande - SP - Brasil
16/11/2010 - 08:51
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Límpido, claro, óbvio, que a responsabilidade é do Estado que não oferece policiamento preventivo mínimamente competente!!! agora estamos na moda das filmagens, há pelotões de cineastas, filmando a morte, a lesão física, patrimonial; as vítimas tem de colocar suas melhores roupinhas, para "sair bem no filme!" Enquanto isso, coloquemos mais alguns cadeados, grades, fios elétricos, caes ferozes para tentar nos proteger. E, pior, se um dos caes sai do pátio e morde alguém, o proprietário será exemplado, exposto na mídia e realmente tratado como "bandido irracional". Era para falar a verdade, ou fazer firúlas???
José Édler Biscaíno Pahim Pahim
Santa Maria - RS - Brasil
16/11/2010 - 08:37
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Os políticos ( altos cargos) mantém sempre seguranças particulares; pagas por nós! Se eles podem ter; todos recorrem copiando o sitema. A culpa é de quem? Válida a ação dos taxistas.
rubens ciro *****
pato branco - PR - Brasil
16/11/2010 - 08:28
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A falta de segurança promovida por legisladores que permitem a impunidade de certos tipos crime.Os bandidos são sempre os mesmos, a polícia prende e a justiça solta.É legítima a autodefesa dos taxistas.
benjamin barbiaro
poa - RS - Brasil
15/11/2010 - 17:11
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Cada um tenta se defender do jeito que pode, fazendo a justiça com as próprias mãos, infelizmente. Diante de tantas mortes de taxistas, que eles resolveram se defenfer. Certamente não é uma atitude correta o que foi levantado acerca destes profissionais, mas o fato é que a violência está aí gerando mais violência - é um círculo vicioso. Basta ver as estatísticas - é uma insegurança generalizada. Há 30 anos atrás já se vislumbrava o que está acontecendo hoje e pouco foi feito preventivamente. A melhora no médio e longo prazos inicia pela educação e pela emprego digno às pessoas. Já fui duas vezes assaltado e por sorte não me dei mal(usando o chavão dos dias de hoje). O aparelho policial não é onipresente, mas pode agir de forma pontual, naqueles locais mais visados. De qualquer forma o cidadão tem de estar atento às ações dos meliantes, mas nem sempre a gente vai estar ligado a ação dos bandidos e aí já era... O negócio é não resistir - a vida vale muito mais.
Daniel Carvalho Carvalho
Porto Alegre - RS - Brasil
15/11/2010 - 09:38
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A total falta de segurança, e as leis que protegem os marginais mais do que quem trabalha e paga impostos.
Ou eles tentam se proteger ou são alvo de ladrões, como todos nós que trabalhamos e elegemos esses politicos inúteis no poder, que só querem votos na eleição e o resto é resto.
ezequiel gregolin bottezini
passo fundo - RS - Brasil
14/11/2010 - 21:25
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Se existem as milícias de taxistas, estas se devem, em grande parte, a ineficiência dos órgãos de segurança pública. Hoje temos uma insegurança institucionalizada e vivemos momentos aterradores. As famílias estão desprotegidas e não encontram respaldo em suas reivindicações. Da mesma forma, esta categoria de profissionais, sujeitos a investidas de criminosos, descuidistas e toda sorte de situações. Entretanto, nada justifica a violência e a intimidação de passageiros. Ninguém deve fazer justiça com as próprias mãos e estes profissionais não podem chamar para si atribuições que não são suas. Caso hajam indícios ou suspeitas de um comportamento inadequado por parte dos passageiros transportados, devem os taxistas entrar em contato com as autoridades para as providências cabíveis, através dos meios disponíveis. Não devem, jamais, convocar outros colegas e agirem fora dos ditames legais, a margem da lei.
Precisamos de coerência, respeito, tolerância e bom senso entre as partes.
Ricardo Reischak
Porto Alegre - RS - Brasil
14/11/2010 - 17:36
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O governo e a segurança pública. Os comandos teriam de ser dividos, pois hoje os mesmos que protegem, atendem ocorrências em casas comerciais, bancos, taxistas, etc, não deveriam estar a serviço da população e com atendimento nas residências. O serviço fica a desejar. Teríamos de ter duas polícias militar com os focos divididos. Os empresários fornecem rádios comunicadores, etc para a polícia. Quem eles irão proteger? Penso também que o sistema tem de ser reformulado.
Izane Mathos
Porto Alegre - RS - Brasil
14/11/2010 - 15:02
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Pode se creditar à ineficiência dos governos em relação a segurança pública. Vivemos sob tensão sempre que saímos para a rua. Mesma tensão que me fez andar com uma barra de ferro na mochila ao ir estudar diariamente na Av. Osvaldo Aranha. Depois de três assaltos, nunca mais fui o mesmo.
Vinicius de Oliveira Bartholdi
bartholdi77@gmail.com
Porto Alegre - RS - Brasil
14/11/2010 - 14:29
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Vivemos no país do "salve-se quem puder",do "quem pode mais chora menos"etc..Ignorados pelo Estado tentam defender-se como selvagens da idade da pedra.Ou restauramos a moral e a ética ou, adiós pampa mia.O pessoal do topo é o retrovisor da porcaria toda.
luiz bavaresco
nova prata - RS - Brasil
14/11/2010 - 10:55
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No meu ponto de vista é a Lei brasileira, que mais protege do que condena, a bandidagem.
Visto que, a Policia não pode matar, mas pode morrer, e se morre, os familiares ficam desprotegidos, porque para eles não tem direitos humanos.
Se mata um bandido, está sujeito a severas punições.
Em contra partida, a familia do Bandido tem amparo legal.
Baseado nisto, e cansado de esperar pela Justiça, eu creio que eles resolveram agir desta forma.
Albino Perleberg Perleberg
Pelotas - RS - Brasil
13/11/2010 - 22:16
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O descrédito na segurança pública, a Brigada é ineficiente a Policia nada faz, cabe a eles fazer a própria segurança e a investigação, serviço que deveríamos ter com qualidade e eficiencia, assim devem fazer comerciantes e outros, para suprir a falência da segurança pública.
Wanderlen Castanheira
wanderlen@pop.com.br
TRamandai - RS - Brasil
13/11/2010 - 19:18
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Acompanhei alguns relatos de passageiros que teriam sido agredidos por taxistas e fiquei chocada. Segundo as vítimas, eles mais pareciam bandidos do que pessoas que estão numa profissão que merece ser valorizada. A violência instalada no RS é terrível e a sensação de insegurança que chegou a todos os rincões não justifica que pessoas ajam com tamanha boçalidade, agredindo cidadãos que ajudariam a colocar comida na mesa deles. Mais incrível é que apesar dos muitos depoimentos, alguns profissionais se negam a acreditar que possam existir pessoas de índole tão ruim, que se colocam na pele de policiais ou juízes e decidem que podem, em vez de se negar a realizar uma corrida, agredir com etema violência aqueles que consideram suspeitos ou que possam lhes oferecer algum perigo.
Não creio,no entanto, que esses bandidos possam ser maioria, pois há profissioanis gentis, atenciosos e corteses, que seguramente não compactuam com os atos de realzados por criminosos infiltrados entre eles.
Angela de Abreu Rodrigues
Alvorada - RS - Brasil
13/11/2010 - 15:29
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A pergunta é simplesmente abrangente, extensiva e prevista a partir do desarmamento do cidadão idôneo .
Portanto faço uma prévia antes de expor minha opinião, para uma pergunta que até o presente momento não tive uma resposta razoável sequer.
Sabemos que exageradamente um por cento da população brasileira é composto de marginais .
Então pergunta-se porque estamos perdendo esta guerra ?
Quem esta lucrando com o caos social que se encontra o Brasil ?
Bem como não tenho a resposta, afirmo que as milícias formadas pelos taxistas é uma conseqüência da falência das autoridades competentes.
E se não reverem a burrice da lei 10.826 a tendência ainda é se agravar mais.
Agapito Costa
agapitocosta@ibest.com.br
Rio Grande - RS - Brasil
13/11/2010 - 14:01
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Os impostos gerenciados desonestamente.
Milton Munaro
São Leopoldo - RS - Brasil
13/11/2010 - 10:42
quarta-feira, novembro 17, 2010
Campanha de trânsito pela vida
O Filme que todos temos que assistir !!
Uma das maiores empresas de marketing do mundo, resolveu passar uma mensagem para todos, através de um vídeo criado pela TAC (Transport Accident Commission) e que teve um efeito drastico na Inglaterra.
Depois desta mensagem 40% da população inglesa deixou de usar drogas e de se alcoolizar, pelo menos nas datas comemorativas. Lamentavelmente não temos este tipo de iniciativa aqui no Brasil. Espero que todos assistam, mesmo que não se alcoolizem ou usem algum tipo de drogas, e que reflitam e passem para os seus contatos. Orientem seus filhos, sobrinhos, amigos etc...
DIRIJAM COM SEGURANÇA NESTE NATAL!
Uma das maiores empresas de marketing do mundo, resolveu passar uma mensagem para todos, através de um vídeo criado pela TAC (Transport Accident Commission) e que teve um efeito drastico na Inglaterra.
Depois desta mensagem 40% da população inglesa deixou de usar drogas e de se alcoolizar, pelo menos nas datas comemorativas. Lamentavelmente não temos este tipo de iniciativa aqui no Brasil. Espero que todos assistam, mesmo que não se alcoolizem ou usem algum tipo de drogas, e que reflitam e passem para os seus contatos. Orientem seus filhos, sobrinhos, amigos etc...
DIRIJAM COM SEGURANÇA NESTE NATAL!
TERROR NO RS - 10 desafios na segurança
CERCO À VIOLÊNCIA. 10 desafios de Tarso na segurança - JOSÉ LUÍS COSTA, Zero Hora, 14/11/2010
Com a expectativa de transformar a área em uma das vitrinas de sua gestão, o governador eleito terá um árduo trabalho. A solução à falta de 12 mil vagas nos presídios é uma das principais urgências, mas está longe de ser a única. Homicídios, tráfico e o salário de policiais também exigirão atenção, avaliam especialistas.
Quando se acomodar em seu gabinete no Palácio Piratini para o primeiro dia de trabalho, em janeiro, o governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, encontrará sobre a mesa uma pilha de problemas da segurança a resolver.
Para autoridades e especialistas ouvidos por Zero Hora, a questão prisional promete ser o principal desafio do setor para os próximos quatro anos.
– A regularização da situação dos presídios teria impacto significativo na segurança pública. Precisa funcionar, pelo menos, como outros serviços prestados pelo Estado – observa o promotor Gilmar Bortolotto, da Comissão de Fiscalização de Presídios do Ministério Público.
Em torno das prisões, está encadeada uma série de questões que exigirá intensos esforços do novo governo petista. O sistema está à beira do colapso. As cadeias superlotadas somam um déficit de 12 mil vagas, e o Presídio Central de Porto Alegre é considerado o pior do país. O número de agentes não chega a metade do ideal, um batalhão completo de PMs está dentro dos presídios, em desvio de função, e construções de novas penitenciárias estão embargadas pelo Tribunal de Contas do Estado por falta de licitação. Para completar o quadro, presos ordenam crimes via celular e outros fogem quando querem de albergues.
Tarso e seu secretário de segurança – entre os cotados, estão o superintendente da Polícia Federal, Ildo Gasparetto, e o diretor do Departamento Penitenciário Nacional, Airton Michels – também terão de trabalhar para seguir no mesmo embalo da contratação de servidores, administrar aposentadorias e negociar reajustes, continuar baixando os índices de furtos e roubos, e sufocar o tráfico, sobretudo o avanço do crack.
O consultor em segurança José Vicente da Silva lembra de um outro desafio não menos importante: estancar o crescimento dos homicídios e dos latrocínios (roubo seguido de morte). Para ele, é possível, sim, com medidas inteligentes, debelar os assassinatos.
– Homícidio é como inflação. A taxa aceitável tem de ser de apenas um dígito – define.
O sociólogo Juan Mario Fandino, professor do Núcleo de Pesquisa sobre Violência da UFRGS, elenca outro desafio fundamental na tentativa de derrubar os índices de criminalidade: o tráfico de drogas, que está por trás de uma série de outras práticas violentas.
– O desafio é monumental, mas se conseguisse vencê-lo seria uma vitória sem precedentes – observa.
Ao lado, ZH identifica, com a ajuda de especialistas, 10 dos principais temas que estarão presentes na pauta do novo governador a partir de 1º de janeiro.
1. Superlotação - nas cadeias - A inauguração de novas cadeias segue em ritmo lento. Para piorar, as obras de seis prisões com 3,1 mil vagas foram barradas pelo Tribunal de Contas, que questiona obras sem licitação. O déficit carcerário é de 63%, e o Presídio Central de Porto Alegre ganhou o título de um dos piores do Brasil, com 5,1 mil presos em espaços para apenas 1,8 mil.
2. PMs nas prisões - Desde julho de 1995, a Brigada Militar mantém um batalhão dentro das cadeias para ajudar a controlar apenados. O número de PMs em desvio de função equivale ao do 9º BPM, um dos maiores batalhões do Estado, responsável pelo patrulhamento da área central de Porto Alegre.
3. Fugas nos presídios - A fragilidade nas instalações e na segurança de albergues propicia uma avalanche de fugas, a maioria do regime semiaberto. Em 2010, o índice cresceu 10% em relação ao ano anterior. Estimativas apontam que até 40% dos crimes registrados pela polícia são cometidos por foragidos.
4. Salários baixos - É a principal reivindicação dos policiais. O salário dos PMs gaúchos é apontado como um dos menores da categoria no país. Os oficiais da BM e os delegados da Polícia Civil reivindicam remunerações semelhantes aos profissionais de carreiras jurídicas como procuradores do Estado, promotores, juízes e defensores, o que dobraria o vencimento inicial, atualmente em R$ 7 mil. A equivalência salarial vigora em alguns Estados como Minas Gerais.
5. Contratações nas polícias e na Susepe - Acelerar o ritmo de recomposições dos quadros de pessoal das polícias Civil, Militar e, principalmente, da Susepe, cujo déficit é superior ao número de agentes – considerando a recomendação de um agente para cada cinco presos. Uma decisão recente do STF permite a aposentadoria especial de policiais civis com 30 anos de serviço, sendo 20 deles como policiais. Quase 30% dos agentes e delegados se enquadram nesse perfil, em torno de 1,7 mil servidores – a metade deve abandonar as delegacias em breve.
6. Lei dos Desmanches - Será preciso ampliar ações para manter a queda dos índices. Um dos principais desafios é atacar o mercado de peças de carros usados. Sancionada em 2007, a Lei dos Desmanches não é aplicada.
7. Homicídios e latrocínios - Ao contrário de outros indicadores de criminalidade, homicídio e latrocínio (roubo seguido de morte) estão em alta. Cresceram, respectivamente, 3,7% e 15,1% nos primeiros 10 meses de 2010. A taxa de homicídio por 100 mil habitantes está em 12,4. Segundo especialistas, o limite tolerável é de 10 por mil.
8. Repressão ao crime organizado - O grande desafio é identificar as quadrilhas que
roubam explosivos de pedreiras e atacam bancos, dinamitando cofres, caixas eletrônicos e a tranquilidade de cidades do Interior.
9. Combate ao crack - Especialistas defendem novas ações de enfrentamento ao tráfico, em especial ao crack, um epidemia crescente que já atinge mais de 50 mil gaúchos.
10.Verbas - Aumentar a capacidade de obtenção de dinheiro para projetos. Além do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), existem recursos disponíveis por meio do Fundo Nacional de Segurança Pública, do Programa de Aceleração do Crescimento 2, de projetos para a Copa de 2014 e de financimentos internacionais.
Roubos de carros - A estatística oficial revela uma queda de crimes contra o patrimômio. Os dados mais expressivos referem-se ao combate aos ladrões de carros. Nos 10 primeiros meses do ano, a queda nos roubos de veículos atingiu 18%.
Efetivos - A redução do déficit no quadro de pessoal das forças de segurança é apontado como um dos maiores méritos da administração Yeda. Foram recrutados 8,7 mil novos servidores, sendo 5,9 mil PMs, o equivalente a 25% da tropa – a maior reposição na BM nos últimos 25 anos.
Equipamentos - O Estado fez uma das maiores aquisições de carros para as polícias. Foram adquiridas cerca de 500 viaturas para a Polícia Civil e 1,6 mil para a BM. Desde 2007, também foram comprados 9,7 mil coletes, 2,9 mil pistolas e 444 armas longas e metralhadoras. foi a renovação da frota na Polícia Civil e na Brigada Militar.
Recursos - O Estado e prefeituras gaúchas estão entre os recordistas de recebimento de recursos federais oriundos do Pronasci. Foram recebidos R$ 257,2 milhões desde 2007.
Presídios - As ações mais significativas foram a criação de 924 novas vagas para regime fechado e de outras 1,2 mil novas vagas para o regime semiaberto em seis albergues emergenciais. 672 é o número de vagas que serão criadas com a prisão em Santa Maria. A intenção é ainda inaugurar este ano a Penitenciária Feminina de Guaíba, com 600 vagas. Atrás dos muros do Presídio Central, 5,1 mil detentos se amontoam em espaço para 1,8 mil 700 presos fogem por dia no Estado, segundo números deste ano 19 quilos foram apreendidos em cinco meses de 2010, um aumento de 18,1%
COMENTÁRIO do CORONEL BENGOCHEA (Blog da Insegurança)
O exercício da segurança pública é a preservação da ordem pública, da vida e do patrimônio das pessoas (caput art. 144 da Constituição Federal). Segurança Pública é um conjunto de processos administrativos, judiciais e jurídicos. Ordem Pública é a paz social, o estado de convivência pacífica e situação de tranquilidade e respeito às leis e limites legais.
Portanto, segurança pública é muito mais que polícia e presídio. A Paz Social (Ordem pública) precisa da integração dos processos administrativos (Executivo), judiciais (Judiciário) e jurídicos (Legislativo) para ser preservada. São processos que se complementam dentro de um sistema envolvendo instrumentos de coação, justiça e cidadania amparado por leis transparentes, respeitadas e aplicadas coativamente.
As forças policiais exercem um trabalho preventivo, investigativo, de contenção e de repressão. A Defensoria acompanha o trabalho oferecendo a defesa e o MP a denúncia. O Judiciário dá continuidade processando, ouvindo as partes, julgando e sentenciando, aplicando ao culpado uma pena a um regime específico numa prisão determinada. Ao executivo cabe a guarda e custódia do preso, mas é o judiciário o responsável pela execução penal distribuindo os direitos e os benefícios legais até o cumprimento da pena e a liberdade. Há ainda a necessidade do comprometimento da saúde no tratamento das dependências e da educação na formação e capacitação técnica dos infratores e reeducandos.
Referente às forças policiais defendo o retorno da perícia para a polícia investigativa, a polícia civil nas ruas com viaturas discretas, intensificação do policiamento comunitário nos bairros, responsabilidade territorial, Salas de Operações para controle do policiamento comunitário pela Unidades Operacionais, e o CIOSP voltado apenas para as patrulhas ostensivas de resposta rápida, unidades de emergência e volantes da polícia civil. Além disto, seria importante exigir da União a criação da Polícia Nacional de Fronteiras (patrulhas permanentes) e o cumprimento do princípio federativo entregando o policiamento ostensivo das rodovias federais para o Estado.
Quanto aos Presídios, o Executivo deveria cumprir a constituição do RS sob pena de ser processado por violações de direitos humanos.
Por estes motivos, defendo um envolvimento maior e aproximado do Poder Judiciário, do MP, da Defensoria, da Educação e da Saúde num Conselho Integrado para analisar as questões, levantar os potenciais e limitações, debater os processos, exigir responsabilidades e propor soluções de continuidade para cada segmento
Com a expectativa de transformar a área em uma das vitrinas de sua gestão, o governador eleito terá um árduo trabalho. A solução à falta de 12 mil vagas nos presídios é uma das principais urgências, mas está longe de ser a única. Homicídios, tráfico e o salário de policiais também exigirão atenção, avaliam especialistas.
Quando se acomodar em seu gabinete no Palácio Piratini para o primeiro dia de trabalho, em janeiro, o governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, encontrará sobre a mesa uma pilha de problemas da segurança a resolver.
Para autoridades e especialistas ouvidos por Zero Hora, a questão prisional promete ser o principal desafio do setor para os próximos quatro anos.
– A regularização da situação dos presídios teria impacto significativo na segurança pública. Precisa funcionar, pelo menos, como outros serviços prestados pelo Estado – observa o promotor Gilmar Bortolotto, da Comissão de Fiscalização de Presídios do Ministério Público.
Em torno das prisões, está encadeada uma série de questões que exigirá intensos esforços do novo governo petista. O sistema está à beira do colapso. As cadeias superlotadas somam um déficit de 12 mil vagas, e o Presídio Central de Porto Alegre é considerado o pior do país. O número de agentes não chega a metade do ideal, um batalhão completo de PMs está dentro dos presídios, em desvio de função, e construções de novas penitenciárias estão embargadas pelo Tribunal de Contas do Estado por falta de licitação. Para completar o quadro, presos ordenam crimes via celular e outros fogem quando querem de albergues.
Tarso e seu secretário de segurança – entre os cotados, estão o superintendente da Polícia Federal, Ildo Gasparetto, e o diretor do Departamento Penitenciário Nacional, Airton Michels – também terão de trabalhar para seguir no mesmo embalo da contratação de servidores, administrar aposentadorias e negociar reajustes, continuar baixando os índices de furtos e roubos, e sufocar o tráfico, sobretudo o avanço do crack.
O consultor em segurança José Vicente da Silva lembra de um outro desafio não menos importante: estancar o crescimento dos homicídios e dos latrocínios (roubo seguido de morte). Para ele, é possível, sim, com medidas inteligentes, debelar os assassinatos.
– Homícidio é como inflação. A taxa aceitável tem de ser de apenas um dígito – define.
O sociólogo Juan Mario Fandino, professor do Núcleo de Pesquisa sobre Violência da UFRGS, elenca outro desafio fundamental na tentativa de derrubar os índices de criminalidade: o tráfico de drogas, que está por trás de uma série de outras práticas violentas.
– O desafio é monumental, mas se conseguisse vencê-lo seria uma vitória sem precedentes – observa.
Ao lado, ZH identifica, com a ajuda de especialistas, 10 dos principais temas que estarão presentes na pauta do novo governador a partir de 1º de janeiro.
1. Superlotação - nas cadeias - A inauguração de novas cadeias segue em ritmo lento. Para piorar, as obras de seis prisões com 3,1 mil vagas foram barradas pelo Tribunal de Contas, que questiona obras sem licitação. O déficit carcerário é de 63%, e o Presídio Central de Porto Alegre ganhou o título de um dos piores do Brasil, com 5,1 mil presos em espaços para apenas 1,8 mil.
2. PMs nas prisões - Desde julho de 1995, a Brigada Militar mantém um batalhão dentro das cadeias para ajudar a controlar apenados. O número de PMs em desvio de função equivale ao do 9º BPM, um dos maiores batalhões do Estado, responsável pelo patrulhamento da área central de Porto Alegre.
3. Fugas nos presídios - A fragilidade nas instalações e na segurança de albergues propicia uma avalanche de fugas, a maioria do regime semiaberto. Em 2010, o índice cresceu 10% em relação ao ano anterior. Estimativas apontam que até 40% dos crimes registrados pela polícia são cometidos por foragidos.
4. Salários baixos - É a principal reivindicação dos policiais. O salário dos PMs gaúchos é apontado como um dos menores da categoria no país. Os oficiais da BM e os delegados da Polícia Civil reivindicam remunerações semelhantes aos profissionais de carreiras jurídicas como procuradores do Estado, promotores, juízes e defensores, o que dobraria o vencimento inicial, atualmente em R$ 7 mil. A equivalência salarial vigora em alguns Estados como Minas Gerais.
5. Contratações nas polícias e na Susepe - Acelerar o ritmo de recomposições dos quadros de pessoal das polícias Civil, Militar e, principalmente, da Susepe, cujo déficit é superior ao número de agentes – considerando a recomendação de um agente para cada cinco presos. Uma decisão recente do STF permite a aposentadoria especial de policiais civis com 30 anos de serviço, sendo 20 deles como policiais. Quase 30% dos agentes e delegados se enquadram nesse perfil, em torno de 1,7 mil servidores – a metade deve abandonar as delegacias em breve.
6. Lei dos Desmanches - Será preciso ampliar ações para manter a queda dos índices. Um dos principais desafios é atacar o mercado de peças de carros usados. Sancionada em 2007, a Lei dos Desmanches não é aplicada.
7. Homicídios e latrocínios - Ao contrário de outros indicadores de criminalidade, homicídio e latrocínio (roubo seguido de morte) estão em alta. Cresceram, respectivamente, 3,7% e 15,1% nos primeiros 10 meses de 2010. A taxa de homicídio por 100 mil habitantes está em 12,4. Segundo especialistas, o limite tolerável é de 10 por mil.
8. Repressão ao crime organizado - O grande desafio é identificar as quadrilhas que
roubam explosivos de pedreiras e atacam bancos, dinamitando cofres, caixas eletrônicos e a tranquilidade de cidades do Interior.
9. Combate ao crack - Especialistas defendem novas ações de enfrentamento ao tráfico, em especial ao crack, um epidemia crescente que já atinge mais de 50 mil gaúchos.
10.Verbas - Aumentar a capacidade de obtenção de dinheiro para projetos. Além do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), existem recursos disponíveis por meio do Fundo Nacional de Segurança Pública, do Programa de Aceleração do Crescimento 2, de projetos para a Copa de 2014 e de financimentos internacionais.
Roubos de carros - A estatística oficial revela uma queda de crimes contra o patrimômio. Os dados mais expressivos referem-se ao combate aos ladrões de carros. Nos 10 primeiros meses do ano, a queda nos roubos de veículos atingiu 18%.
Efetivos - A redução do déficit no quadro de pessoal das forças de segurança é apontado como um dos maiores méritos da administração Yeda. Foram recrutados 8,7 mil novos servidores, sendo 5,9 mil PMs, o equivalente a 25% da tropa – a maior reposição na BM nos últimos 25 anos.
Equipamentos - O Estado fez uma das maiores aquisições de carros para as polícias. Foram adquiridas cerca de 500 viaturas para a Polícia Civil e 1,6 mil para a BM. Desde 2007, também foram comprados 9,7 mil coletes, 2,9 mil pistolas e 444 armas longas e metralhadoras. foi a renovação da frota na Polícia Civil e na Brigada Militar.
Recursos - O Estado e prefeituras gaúchas estão entre os recordistas de recebimento de recursos federais oriundos do Pronasci. Foram recebidos R$ 257,2 milhões desde 2007.
Presídios - As ações mais significativas foram a criação de 924 novas vagas para regime fechado e de outras 1,2 mil novas vagas para o regime semiaberto em seis albergues emergenciais. 672 é o número de vagas que serão criadas com a prisão em Santa Maria. A intenção é ainda inaugurar este ano a Penitenciária Feminina de Guaíba, com 600 vagas. Atrás dos muros do Presídio Central, 5,1 mil detentos se amontoam em espaço para 1,8 mil 700 presos fogem por dia no Estado, segundo números deste ano 19 quilos foram apreendidos em cinco meses de 2010, um aumento de 18,1%
COMENTÁRIO do CORONEL BENGOCHEA (Blog da Insegurança)
O exercício da segurança pública é a preservação da ordem pública, da vida e do patrimônio das pessoas (caput art. 144 da Constituição Federal). Segurança Pública é um conjunto de processos administrativos, judiciais e jurídicos. Ordem Pública é a paz social, o estado de convivência pacífica e situação de tranquilidade e respeito às leis e limites legais.
Portanto, segurança pública é muito mais que polícia e presídio. A Paz Social (Ordem pública) precisa da integração dos processos administrativos (Executivo), judiciais (Judiciário) e jurídicos (Legislativo) para ser preservada. São processos que se complementam dentro de um sistema envolvendo instrumentos de coação, justiça e cidadania amparado por leis transparentes, respeitadas e aplicadas coativamente.
As forças policiais exercem um trabalho preventivo, investigativo, de contenção e de repressão. A Defensoria acompanha o trabalho oferecendo a defesa e o MP a denúncia. O Judiciário dá continuidade processando, ouvindo as partes, julgando e sentenciando, aplicando ao culpado uma pena a um regime específico numa prisão determinada. Ao executivo cabe a guarda e custódia do preso, mas é o judiciário o responsável pela execução penal distribuindo os direitos e os benefícios legais até o cumprimento da pena e a liberdade. Há ainda a necessidade do comprometimento da saúde no tratamento das dependências e da educação na formação e capacitação técnica dos infratores e reeducandos.
Referente às forças policiais defendo o retorno da perícia para a polícia investigativa, a polícia civil nas ruas com viaturas discretas, intensificação do policiamento comunitário nos bairros, responsabilidade territorial, Salas de Operações para controle do policiamento comunitário pela Unidades Operacionais, e o CIOSP voltado apenas para as patrulhas ostensivas de resposta rápida, unidades de emergência e volantes da polícia civil. Além disto, seria importante exigir da União a criação da Polícia Nacional de Fronteiras (patrulhas permanentes) e o cumprimento do princípio federativo entregando o policiamento ostensivo das rodovias federais para o Estado.
Quanto aos Presídios, o Executivo deveria cumprir a constituição do RS sob pena de ser processado por violações de direitos humanos.
Por estes motivos, defendo um envolvimento maior e aproximado do Poder Judiciário, do MP, da Defensoria, da Educação e da Saúde num Conselho Integrado para analisar as questões, levantar os potenciais e limitações, debater os processos, exigir responsabilidades e propor soluções de continuidade para cada segmento
INSEGURANÇA NO RS
Pesquisa retrata a insegurança no RS. Com 2 mil entrevistas em 50 municípios do Estado, pesquisa do Instituto Methodus revela que 45,8% dos gaúchos temem por sua segurança - JULIANA BUBLITZ, Zero Hora, 15/11/2010
Além de impasses concretos, como a necessidade de construir presídios e albergues, o novo governador do Estado terá um desafio menos palpável, mas nem por isso de menor importância: amenizar o sentimento de insegurança dos gaúchos. Pesquisa revela que essa sensação caiu ao longo da última década.
Obtido com exclusividade por ZH, levantamento do Instituto Methodus revela que 45,8% dos entrevistados, oriundos de 50 municípios, não se sentem seguros em suas comunidades. O levantamento ainda mostra que, de cada três gaúchos, um espera o reforço no cerco ao tráfico como prioridade da segurança do novo governo.
Aplicados em outubro, os questionários tiveram por objetivo detectar a percepção de 2 mil pessoas. Na Capital, o medo de ataques é maior do que a média estadual: 55,2%. Em 2007, levantamento da Fato Pesquisa Social e Mercadológica (encomendado pelo Grupo RBS) com 800 pessoas nas 10 cidades com maior número de homicídios apontou que 88% sentiam-se inseguros.
– Percebemos que a sensação de insegurança não se relaciona apenas ao policiamento ou à falta dele, mas a muitos outros aspectos. Entre eles, a situação da iluminação de cada cidade – afirma a diretora de análise do Instituto Methodus, Margrid Sauer.
Para o psiquiatra Renato Piltcher, da Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, a questão é ainda mais complexa. Primeiro, por ser subjetiva. Isto é, o que causa medo ou incerteza em determinada pessoa pode não ter o mesmo efeito em outra. Em segundo lugar, por ser uma percepção datada, que pode inclusive ser influenciada pela enxurrada de notícias diárias.
– A instantaneidade com que sabemos do que acontece ao nosso redor, especialmente tragédias e atos violentos, colabora para reforçar a sensação de medo, tanto quanto crimes que presenciamos ou sofremos – avalia.
Quando perguntados se já haviam sido vítimas de roubo ou furtos, 40% dos entrevistados responderam sim. Em Porto Alegre, o índice supera a média estadual: 55,7%.
A bióloga Michele Hoeltz, 31 anos, integra esse grupo desde 2003, uma semana depois de se mudar para a Capital. Ela e as amigas saíam de casa para uma festa quando foram abordadas por um encapuzado armado na garagem do prédio, na Rua Anita Garibaldi. O ladrão colocou as amigas no carro, num pesadelo de duas horas. Ele levou o dinheiro – e o sossego – das vítimas.
– Ninguém, em Porto Alegre, está 100% seguro. Superei o trauma, mas desde então tomo certos cuidados para não ser pega de surpresa outra vez.
Para resolver os problemas da insegurança, os gaúchos exigem ações contra as drogas. Ao serem indagados sobre o que esperam do novo governo, 31,2% disseram apostar no combate ao tráfico. Em segundo lugar, a reivindicação por mais PMs. A surpresa foi o desinteresse por reforma e construção de presídios – em penúltima colocação nas preferências, com apenas 2,9%.
Uma das possíveis explicações para isso pode ser o entendimento geral de que a falta de vagas nas cadeias não interfere na vida das pessoas. Por outro lado, a preferência pelo combate ao tráfico revela uma tendência cada vez mais explícita: a população compreendeu que a venda de entorpecentes está por trás de grande parte dos crimes.
– As pessoas estão denunciando mais e exigindo da polícia. Há um clamor pelo fim do tráfico – diz.
Entrevistados percebem melhorias na segurança
Embora a sensação de insegurança aflija 45,8% dos entrevistados no Estado, mais da metade deles – 61,6% – informaram ter percebido progressos na área da segurança nos últimos meses. Segundo a pesquisa, 51,8% disseram ter detectado algumas melhorias e 9,8% muitas melhorias.
Tomados apenas os resultados do levantamento no Interior, o índice aumenta: 64,9% das pessoas ouvidas afirmaram ter detectado avanços. Na Capital, o otimismo é menor, mas ainda assim passa dos 54%.
Esses resultados, para Margrid Sauer, diretora de análise do Instituto Methodus, estariam relacionados à incorporação de novos policiais civis e militares às delegacias e aos quartéis do Rio Grande do Sul, especialmente nos municípios menores, onde o número de agentes, em alguns casos, dobrou.
No domingo, ZH mostrou que no governo atual a BM teve a maior reposição de policiais em 25 anos (5,9 mil novos PMs) e crimes tradicionalmente em alta (como roubo de veículos) caíram.
O comandante-geral da Brigada Militar, coronel João Carlos Trindade Lopes, se surpreendeu ao saber de 37,4% dos entrevistados disseram não ter notado melhora.
O coronel lista o número de PMs admitidos e a estrutura de viaturas adquiridas (1,6 mil veículos). Na Polícia Civil, o aporte foi de mais de 1,5 mil servidores.
O PARÂMETRO NO MUNDO
Conforme um levantamento realizado este ano pelo Instituto Gallup, um terço da população de 105 países tem medo da violência urbana. Essa sensação, porém, é mais intensa na América Latina, onde 58% dos entrevistados disseram não se sentir seguros à noite na sua vizinhança – critério utilizado pela empresa de pesquisas e por organismos como a ONU para medir a sensação de insegurança. No Brasil, o índice é de 60%. O sociólogo Juan Mario Fandino Marino, integrante do Núcleo de Pesquisa sobre Violência da UFRGS, afirma que as pesquisas sobre percepção da violência costumam variar o método e o tipo de questionamento feito. Por isso, afirma que comparações devem ser feitas com prudência. O melhor é comparar diferentes edições de uma mesma pesquisa ao longo do tempo – avalia.
Novo governo apostará no Território da Paz - JOSÉ LUÍS COSTA
Para dar resposta à principal demanda dos gaúchos na segurança – o combate ao tráfico –, o novo governo indica que pretende expandir uma bem-sucedida experiência aplicada pelo governo federal quando o governador eleito, Tarso Genro, estava à frente do Ministério da Justiça. Embora o Território da Paz exista em pelo menos quatro pontos do Estado, a experiência de Canoas promete servir de modelo para uma das principais apostas do novo governo nos próximos quatro anos.
O programa consiste na montagem de bases em regiões castigadas pelo tráfico e a violência, visando a melhorias da prestação de serviços públicos e repressão à criminalidade, especialmente entre jovens de 15 a 24 anos. O projeto agrega uso de tecnologia de ponta, integração entre governos com as comunidades, regado a recursos federais do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).
Instalado no bairro Guajuviras há seis meses, quando começou a chegar a verba federal de R$ 9 milhões, o projeto provoca uma transformação social na região onde vivem 70 mil pessoas, que chegou a ser chamada de Bagdá gaúcha no começo do ano passado.
O saldo das ações ainda são parciais, mas os resultados animam. O número de homicídios caiu 31,8% (de 22 para 15) na comparação com 2009. O inovador detector de tiros, instalado em agosto, já levou um suspeito para a cadeia e permitiu o socorro rápido a dois feridos.
– É uma experiência que precisa ser multiplicada – defende o sociólogo Juan Mario Fandino, do Núcleo sobre Violência da UFRGS.
A disseminação da iniciativa vai ocorrer a partir da identificação das principais áreas gaúchas de risco. O projeto deve ser administrado pelo titular da Segurança de Canoas, Alberto Kopittke, que deverá coordenar o futuro Programa Estadual de Segurança com Cidadania (Proesci).
O “LABORATÓRIO” de CANOAS
INTEGRAÇÃO ENTRE POLÍCIA E GOVERNOS - Consiste no mapeamento dos pontos conflagrados pelas drogas e pela violência e aumento das operações especiais. Também prevê reforço na vigilância eletrônica (por câmeras, por GPS e por sistema sonoro que identifica os pontos onde há tiros), além de reformas em escolas, postos de saúde e paradas de ônibus, entre outras iniciativas.
MULHERES DA PAZ - Treinadas por psicólogos, advogados e assistentes sociais ligados a ONG Themis, mais de 70 mulheres da comunidade divulgam os projetos do território e ajudam no recrutamento de jovens de 15 a 24 anos para inserção no programa. As mulheres ganham auxílio de R$ 190 mensais.
CASA DA JUVENTUDE - Reúne 95 jovens que desenvolvem atividades de inclusão digital em 67 computadores. Eles também têm aulas de teatro e música (estúdio para gravação de CD em construção) sob a coordenação de profissionais da Fundação La Salle. Os jovens são obrigados a estar estudando. No espaço ganham lanche e recebem bolsa de R$ 100 por mês.
JUSTIÇA COMUNITÁRIA - Duas dezenas de moradores da comunidade em parceria com psicólogo, assistente social e advogado atuam na prevenção de conflitos entre vizinhos, evitando que possam redundar em atos de violência. Em quatro meses, mais de 300 atendimentos e mediações já foram realizados. Os agentes comunitários recebem bolsa de R$ 190 mensais.
Além de impasses concretos, como a necessidade de construir presídios e albergues, o novo governador do Estado terá um desafio menos palpável, mas nem por isso de menor importância: amenizar o sentimento de insegurança dos gaúchos. Pesquisa revela que essa sensação caiu ao longo da última década.
Obtido com exclusividade por ZH, levantamento do Instituto Methodus revela que 45,8% dos entrevistados, oriundos de 50 municípios, não se sentem seguros em suas comunidades. O levantamento ainda mostra que, de cada três gaúchos, um espera o reforço no cerco ao tráfico como prioridade da segurança do novo governo.
Aplicados em outubro, os questionários tiveram por objetivo detectar a percepção de 2 mil pessoas. Na Capital, o medo de ataques é maior do que a média estadual: 55,2%. Em 2007, levantamento da Fato Pesquisa Social e Mercadológica (encomendado pelo Grupo RBS) com 800 pessoas nas 10 cidades com maior número de homicídios apontou que 88% sentiam-se inseguros.
– Percebemos que a sensação de insegurança não se relaciona apenas ao policiamento ou à falta dele, mas a muitos outros aspectos. Entre eles, a situação da iluminação de cada cidade – afirma a diretora de análise do Instituto Methodus, Margrid Sauer.
Para o psiquiatra Renato Piltcher, da Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, a questão é ainda mais complexa. Primeiro, por ser subjetiva. Isto é, o que causa medo ou incerteza em determinada pessoa pode não ter o mesmo efeito em outra. Em segundo lugar, por ser uma percepção datada, que pode inclusive ser influenciada pela enxurrada de notícias diárias.
– A instantaneidade com que sabemos do que acontece ao nosso redor, especialmente tragédias e atos violentos, colabora para reforçar a sensação de medo, tanto quanto crimes que presenciamos ou sofremos – avalia.
Quando perguntados se já haviam sido vítimas de roubo ou furtos, 40% dos entrevistados responderam sim. Em Porto Alegre, o índice supera a média estadual: 55,7%.
A bióloga Michele Hoeltz, 31 anos, integra esse grupo desde 2003, uma semana depois de se mudar para a Capital. Ela e as amigas saíam de casa para uma festa quando foram abordadas por um encapuzado armado na garagem do prédio, na Rua Anita Garibaldi. O ladrão colocou as amigas no carro, num pesadelo de duas horas. Ele levou o dinheiro – e o sossego – das vítimas.
– Ninguém, em Porto Alegre, está 100% seguro. Superei o trauma, mas desde então tomo certos cuidados para não ser pega de surpresa outra vez.
Para resolver os problemas da insegurança, os gaúchos exigem ações contra as drogas. Ao serem indagados sobre o que esperam do novo governo, 31,2% disseram apostar no combate ao tráfico. Em segundo lugar, a reivindicação por mais PMs. A surpresa foi o desinteresse por reforma e construção de presídios – em penúltima colocação nas preferências, com apenas 2,9%.
Uma das possíveis explicações para isso pode ser o entendimento geral de que a falta de vagas nas cadeias não interfere na vida das pessoas. Por outro lado, a preferência pelo combate ao tráfico revela uma tendência cada vez mais explícita: a população compreendeu que a venda de entorpecentes está por trás de grande parte dos crimes.
– As pessoas estão denunciando mais e exigindo da polícia. Há um clamor pelo fim do tráfico – diz.
Entrevistados percebem melhorias na segurança
Embora a sensação de insegurança aflija 45,8% dos entrevistados no Estado, mais da metade deles – 61,6% – informaram ter percebido progressos na área da segurança nos últimos meses. Segundo a pesquisa, 51,8% disseram ter detectado algumas melhorias e 9,8% muitas melhorias.
Tomados apenas os resultados do levantamento no Interior, o índice aumenta: 64,9% das pessoas ouvidas afirmaram ter detectado avanços. Na Capital, o otimismo é menor, mas ainda assim passa dos 54%.
Esses resultados, para Margrid Sauer, diretora de análise do Instituto Methodus, estariam relacionados à incorporação de novos policiais civis e militares às delegacias e aos quartéis do Rio Grande do Sul, especialmente nos municípios menores, onde o número de agentes, em alguns casos, dobrou.
No domingo, ZH mostrou que no governo atual a BM teve a maior reposição de policiais em 25 anos (5,9 mil novos PMs) e crimes tradicionalmente em alta (como roubo de veículos) caíram.
O comandante-geral da Brigada Militar, coronel João Carlos Trindade Lopes, se surpreendeu ao saber de 37,4% dos entrevistados disseram não ter notado melhora.
O coronel lista o número de PMs admitidos e a estrutura de viaturas adquiridas (1,6 mil veículos). Na Polícia Civil, o aporte foi de mais de 1,5 mil servidores.
O PARÂMETRO NO MUNDO
Conforme um levantamento realizado este ano pelo Instituto Gallup, um terço da população de 105 países tem medo da violência urbana. Essa sensação, porém, é mais intensa na América Latina, onde 58% dos entrevistados disseram não se sentir seguros à noite na sua vizinhança – critério utilizado pela empresa de pesquisas e por organismos como a ONU para medir a sensação de insegurança. No Brasil, o índice é de 60%. O sociólogo Juan Mario Fandino Marino, integrante do Núcleo de Pesquisa sobre Violência da UFRGS, afirma que as pesquisas sobre percepção da violência costumam variar o método e o tipo de questionamento feito. Por isso, afirma que comparações devem ser feitas com prudência. O melhor é comparar diferentes edições de uma mesma pesquisa ao longo do tempo – avalia.
Novo governo apostará no Território da Paz - JOSÉ LUÍS COSTA
Para dar resposta à principal demanda dos gaúchos na segurança – o combate ao tráfico –, o novo governo indica que pretende expandir uma bem-sucedida experiência aplicada pelo governo federal quando o governador eleito, Tarso Genro, estava à frente do Ministério da Justiça. Embora o Território da Paz exista em pelo menos quatro pontos do Estado, a experiência de Canoas promete servir de modelo para uma das principais apostas do novo governo nos próximos quatro anos.
O programa consiste na montagem de bases em regiões castigadas pelo tráfico e a violência, visando a melhorias da prestação de serviços públicos e repressão à criminalidade, especialmente entre jovens de 15 a 24 anos. O projeto agrega uso de tecnologia de ponta, integração entre governos com as comunidades, regado a recursos federais do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).
Instalado no bairro Guajuviras há seis meses, quando começou a chegar a verba federal de R$ 9 milhões, o projeto provoca uma transformação social na região onde vivem 70 mil pessoas, que chegou a ser chamada de Bagdá gaúcha no começo do ano passado.
O saldo das ações ainda são parciais, mas os resultados animam. O número de homicídios caiu 31,8% (de 22 para 15) na comparação com 2009. O inovador detector de tiros, instalado em agosto, já levou um suspeito para a cadeia e permitiu o socorro rápido a dois feridos.
– É uma experiência que precisa ser multiplicada – defende o sociólogo Juan Mario Fandino, do Núcleo sobre Violência da UFRGS.
A disseminação da iniciativa vai ocorrer a partir da identificação das principais áreas gaúchas de risco. O projeto deve ser administrado pelo titular da Segurança de Canoas, Alberto Kopittke, que deverá coordenar o futuro Programa Estadual de Segurança com Cidadania (Proesci).
O “LABORATÓRIO” de CANOAS
INTEGRAÇÃO ENTRE POLÍCIA E GOVERNOS - Consiste no mapeamento dos pontos conflagrados pelas drogas e pela violência e aumento das operações especiais. Também prevê reforço na vigilância eletrônica (por câmeras, por GPS e por sistema sonoro que identifica os pontos onde há tiros), além de reformas em escolas, postos de saúde e paradas de ônibus, entre outras iniciativas.
MULHERES DA PAZ - Treinadas por psicólogos, advogados e assistentes sociais ligados a ONG Themis, mais de 70 mulheres da comunidade divulgam os projetos do território e ajudam no recrutamento de jovens de 15 a 24 anos para inserção no programa. As mulheres ganham auxílio de R$ 190 mensais.
CASA DA JUVENTUDE - Reúne 95 jovens que desenvolvem atividades de inclusão digital em 67 computadores. Eles também têm aulas de teatro e música (estúdio para gravação de CD em construção) sob a coordenação de profissionais da Fundação La Salle. Os jovens são obrigados a estar estudando. No espaço ganham lanche e recebem bolsa de R$ 100 por mês.
JUSTIÇA COMUNITÁRIA - Duas dezenas de moradores da comunidade em parceria com psicólogo, assistente social e advogado atuam na prevenção de conflitos entre vizinhos, evitando que possam redundar em atos de violência. Em quatro meses, mais de 300 atendimentos e mediações já foram realizados. Os agentes comunitários recebem bolsa de R$ 190 mensais.
segunda-feira, novembro 15, 2010
- Consulta Popular online
11/11/2010 19:27
O Governo do Estado lançou um novo canal de acompanhamento da Consulta Popular. Por meio da internet, todo cidadão poderá consultar e acompanhar os investimentos e empenhos realizados com a Consulta Popular, demanda a demanda, a partir do ano de 2004.
A Secretaria de Relações Institucionais (SRI) foi a responsável pela operacionalização da proposta, desenvolvida em parceria com a Companhia de Processamentos de Dados do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs) e a Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (Cage). O acompanhamento em tempo real era uma antiga solicitação dos Conselhos Regionais e Municipais de Desenvolvimento (Coredes e Comudes), das prefeituras gaúchas e de toda sociedade civil organizada.
De acordo com o coordenador operacional da Consulta Popular, André Petry, o programa permite o acompanhamento da execução financeira, com empenho realizado, ou seja, quando o gasto é autorizado, utilizando os recursos do Tesouro do Estado. "As demandas que ainda não possuírem empenho, o seu acompanhamento será informado na forma tradicional, através da área operacional da Consulta Popular na SRI, bem como através dos interlocutores da Consulta Popular nos respectivos órgãos do Estado".
O secretário de Relações Institucionais Pedro Feiten afirma que o objetivo da criação desse novo canal é possibilitar à comunidade que elege as demandas, o acompanhamento e a execução delas. "Queremos, com isso, garantir ainda mais transparência ao processo e fazer com que a Consulta Popular se torne cada vez mais participativa".
A consulta estará disponível aos cidadãos, a partir do dia 22 de novembro, por meio dos sites www.sri.rs.gov.br ou www.consultapopular.rs.gov.br .
Fonte: www.estado.rs.gov.br
O Governo do Estado lançou um novo canal de acompanhamento da Consulta Popular. Por meio da internet, todo cidadão poderá consultar e acompanhar os investimentos e empenhos realizados com a Consulta Popular, demanda a demanda, a partir do ano de 2004.
A Secretaria de Relações Institucionais (SRI) foi a responsável pela operacionalização da proposta, desenvolvida em parceria com a Companhia de Processamentos de Dados do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs) e a Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (Cage). O acompanhamento em tempo real era uma antiga solicitação dos Conselhos Regionais e Municipais de Desenvolvimento (Coredes e Comudes), das prefeituras gaúchas e de toda sociedade civil organizada.
De acordo com o coordenador operacional da Consulta Popular, André Petry, o programa permite o acompanhamento da execução financeira, com empenho realizado, ou seja, quando o gasto é autorizado, utilizando os recursos do Tesouro do Estado. "As demandas que ainda não possuírem empenho, o seu acompanhamento será informado na forma tradicional, através da área operacional da Consulta Popular na SRI, bem como através dos interlocutores da Consulta Popular nos respectivos órgãos do Estado".
O secretário de Relações Institucionais Pedro Feiten afirma que o objetivo da criação desse novo canal é possibilitar à comunidade que elege as demandas, o acompanhamento e a execução delas. "Queremos, com isso, garantir ainda mais transparência ao processo e fazer com que a Consulta Popular se torne cada vez mais participativa".
A consulta estará disponível aos cidadãos, a partir do dia 22 de novembro, por meio dos sites www.sri.rs.gov.br ou www.consultapopular.rs.gov.br .
Fonte: www.estado.rs.gov.br
- Banco de Perfis Genéticos no RS
15/11/2010 13:00
O secretário de Estado da Segurança Pública, Edson de Oliveira Goularte, assinou a portaria Nº 0037/64-1205/10-3, que trata da criação do Banco de Perfis Genéticos, por considerar que o Estado do Rio Grande do Sul é signatário do Acordo de Cooperação Técnica para implementação da Rede Integrada dos Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG) e utilização do Programa Codis (Combined DNA Index Syestem). Publicada no Diário Oficial do Estado, a portaria cria o banco no âmbito e responsabilidade do Setor de Genética Forense do Laboratório de Perícias, do Instituto-Geral de Perícias do Estado do Rio Grande do Sul.
As normas administrativas e técnicas relativas ao gerenciamento do Banco de Perfis Genéticos do Estado do Rio Grande do Sul serão estabelecidas pela Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), da qual o Estado do Rio Grande do Sul é signatário. Serão regulamentadas em âmbito estadual por Instruções Normativas e Protocolos Procedimentais propostos pelo Setor de Genética Forense do Laboratório de Perícias e aprovados pelo Diretor-Geral do Instituto-Geral de Perícias.
A Portaria tem por finalidade facilitar a confrontação de perfis genéticos de amostras biológicas de restos mortais e/ou encontradas em locais de crimes com indivíduos, buscando identificar as origens destas mostras. O modelo do documento foi elaborado em reunião do Grupo de Trabalho da Rede Integrada dos Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), em 28 de maio deste ano, no Salão Nobre do Instituto- Nacional de Criminalística da Polícia Federal, em Brasília.
Nos dias 5 e 6 de outubro de 2010, os integrantes do Grupo de Trabalho da Rede Integrada de Perfis Genéticos (Gt-Ribpg), designados pela Portaria Nº 1.707, de 15 de Julho de 2010, do Ministério da Justiça, reuniram-se novamente no Auditório do Instituto-Geral de Perícias. O encontro teve como objetivo propor ações, normas e critérios sobre o funcionamento da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, instituído por Acordo de Cooperação Técnica entre a Secretaria Nacional de Segurança Pública, o Departamento de Polícia Federal e as Secretarias Estaduais.
Estiveram na reunião os peritos da Polícia Federal, Sérgio Martin Aguiar e Guilherme Silveira Jacques, as peritas do IGP/RS, Cecília Helena Fricke Matte e Trícia Kommers Albuquerque, representando a região sul, a perita Daniela Koshikene, do Amazonas, representando a região norte, o perito João Paulo Sena Chagas de Oliveira, da Bahia, representando a região nordeste, a perita Eloísa Aurora Auler Bittencourt, de São Paulo, representando a região sudeste, o perito Josemirtes Socorro Fonseca Prado da Silva, do Mato Grosso do Sul, representando a região centro-oeste, o promotor Antônio Carlos Welter, representante do Ministério Público Federal, e a perita Ana Paula Diniz de Mello Moreira, do Distrito Federal, representante da Secretaria de Direitos Humanos- MJ.
Fonte: www.estado.rs.gov.br
O secretário de Estado da Segurança Pública, Edson de Oliveira Goularte, assinou a portaria Nº 0037/64-1205/10-3, que trata da criação do Banco de Perfis Genéticos, por considerar que o Estado do Rio Grande do Sul é signatário do Acordo de Cooperação Técnica para implementação da Rede Integrada dos Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG) e utilização do Programa Codis (Combined DNA Index Syestem). Publicada no Diário Oficial do Estado, a portaria cria o banco no âmbito e responsabilidade do Setor de Genética Forense do Laboratório de Perícias, do Instituto-Geral de Perícias do Estado do Rio Grande do Sul.
As normas administrativas e técnicas relativas ao gerenciamento do Banco de Perfis Genéticos do Estado do Rio Grande do Sul serão estabelecidas pela Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), da qual o Estado do Rio Grande do Sul é signatário. Serão regulamentadas em âmbito estadual por Instruções Normativas e Protocolos Procedimentais propostos pelo Setor de Genética Forense do Laboratório de Perícias e aprovados pelo Diretor-Geral do Instituto-Geral de Perícias.
A Portaria tem por finalidade facilitar a confrontação de perfis genéticos de amostras biológicas de restos mortais e/ou encontradas em locais de crimes com indivíduos, buscando identificar as origens destas mostras. O modelo do documento foi elaborado em reunião do Grupo de Trabalho da Rede Integrada dos Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), em 28 de maio deste ano, no Salão Nobre do Instituto- Nacional de Criminalística da Polícia Federal, em Brasília.
Nos dias 5 e 6 de outubro de 2010, os integrantes do Grupo de Trabalho da Rede Integrada de Perfis Genéticos (Gt-Ribpg), designados pela Portaria Nº 1.707, de 15 de Julho de 2010, do Ministério da Justiça, reuniram-se novamente no Auditório do Instituto-Geral de Perícias. O encontro teve como objetivo propor ações, normas e critérios sobre o funcionamento da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, instituído por Acordo de Cooperação Técnica entre a Secretaria Nacional de Segurança Pública, o Departamento de Polícia Federal e as Secretarias Estaduais.
Estiveram na reunião os peritos da Polícia Federal, Sérgio Martin Aguiar e Guilherme Silveira Jacques, as peritas do IGP/RS, Cecília Helena Fricke Matte e Trícia Kommers Albuquerque, representando a região sul, a perita Daniela Koshikene, do Amazonas, representando a região norte, o perito João Paulo Sena Chagas de Oliveira, da Bahia, representando a região nordeste, a perita Eloísa Aurora Auler Bittencourt, de São Paulo, representando a região sudeste, o perito Josemirtes Socorro Fonseca Prado da Silva, do Mato Grosso do Sul, representando a região centro-oeste, o promotor Antônio Carlos Welter, representante do Ministério Público Federal, e a perita Ana Paula Diniz de Mello Moreira, do Distrito Federal, representante da Secretaria de Direitos Humanos- MJ.
Fonte: www.estado.rs.gov.br
- Decisão do STJ enfraquece a Lei Seca
Decisão inédita do Superior Tribunal de Justiça (STJ) enfraquece o rigor da Lei Federal nº 11.705/08,mais conhecida como LEI SECA, e favorece o motorista que dirige alcoolizado e se recusa a fazer o teste do bafômetro. Por unanimidade, a sexta turma decidiu que, sem o teste do bafômetro ou o exame de sangue, o condutor flagrado sob efeito de álcool não pode ser processado criminalmente, ficando sujeito apenas às punições administrativas.
A decisão do STJ foi tomada no julgamento do Habeas Corpus nº 166.377, que pedia a extinção da ação penal contra um motorista paulista. Segundo a acusação, o homem dirigia seu veículo na contramão, quando foi abordado pela polícia: "Os policiais militares que o abordaram constataram o visível estado de embriaguez alcoólica do denunciado, que se recusou a se submeter a qualquer exame de alcoolemia, inclusive o bafômetro".
A defesa do motorista alegou a inexistência de provas, uma vez que o acusado foi submetido só a exame clínico, "o qual não é apto para constatar a concentração de álcool por litro de sangue".
O ministro Og Fernandes, relator do processo, entendeu que, antes da Lei nº 11.705/08, bastava que o condutor sob efeito de álcool expusesse a dano potencial a incolumidade de outrem. Mas, quando a LEI SECA entrou em vigor, estabeleceu o nível de alcoolemia, excluiu a necessidade de exposição de dano e delimitou a comprovação com o Decreto nº 6.488/08.
Em seu voto, o ministro Og Fernandes escreveu que "para comprovar a embriaguez, objetivamente
delimitada pelo artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro, é indispensável a prova técnica
consubstanciada no teste do bafômetro ou exame de sangue".
Com base nesses argumentos, os magistrados decidiram pela extinção da ação penal. O julgamento foi presido pela ministra Maria Thereza de Assis Moura e participaram os ministros Celso Limongi, Haroldo Rodrigues. Todos votaram com o relator.
_
Divergência:
Um caso exatamente igual foi julgado pela Quinta Turma do STJ, mas a decisão foi bem diferente. O relator, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, negou o pedido de extinção da ação contra um condutor flagrado alcoolizado. O homem, também de São Paulo, se recusou a fazer o teste do bafômetro e o exame de sangue. No caso, o magistrado considerou suficiente o auto de constatação de embriaguez feito pela polícia no ato de flagrante.
Em seu voto, o ministro Napoleão Nunes Maia Filho escreveu que "há prova exuberante da materialidade do crime, cuja autoria não se discute e, a vingar a tese da defesa do ilustre impetrante, ninguém poderia ser processado por infração ao artigo 306 do Código de Trânsito, de maneira que seria melhor rasgar de vez a denominada LEI SECA, esquecer que o Brasil precisa progredir e integrar o chamado primeiro mundo a imitar o modus vivendi do romântico Far West norte-americano".
_
Presidente da Comissão de Direitos de Trânsito da Ordem dos Advogados de São Paulo, Cyro Vidal
avalia que, se decisões como a da Sexta Turma do STJ forem frequentes, em breve haverá uma súmula e, neste caso, a LEI SECA perderá definitivamente sua força para punir de forma rigorosa quem comete o crime de dirigir alcoolizado. "A virtude está no meio: não pode ser lá nem cá. Em caso de notória embriaguez, ainda que sem exame técnico, o infrator deve responder pelo crime", opinou. Vidal catalogou 198 sentenças de diferentes estados absolvendo ou tirando da cadeia condutores que se envolveram em acidentes de trânsito fatal e que estavam alcoolizados.
-
A LEI SECA fixa que qualquer concentração de álcool por litro de sangue sujeita o condutor às
penalidades administrativas. A aferição será feita por meio de teste em etilômetro. Para fins criminais será necessário o exame do sangue.
A decisão do STJ foi tomada no julgamento do Habeas Corpus nº 166.377, que pedia a extinção da ação penal contra um motorista paulista. Segundo a acusação, o homem dirigia seu veículo na contramão, quando foi abordado pela polícia: "Os policiais militares que o abordaram constataram o visível estado de embriaguez alcoólica do denunciado, que se recusou a se submeter a qualquer exame de alcoolemia, inclusive o bafômetro".
A defesa do motorista alegou a inexistência de provas, uma vez que o acusado foi submetido só a exame clínico, "o qual não é apto para constatar a concentração de álcool por litro de sangue".
O ministro Og Fernandes, relator do processo, entendeu que, antes da Lei nº 11.705/08, bastava que o condutor sob efeito de álcool expusesse a dano potencial a incolumidade de outrem. Mas, quando a LEI SECA entrou em vigor, estabeleceu o nível de alcoolemia, excluiu a necessidade de exposição de dano e delimitou a comprovação com o Decreto nº 6.488/08.
Em seu voto, o ministro Og Fernandes escreveu que "para comprovar a embriaguez, objetivamente
delimitada pelo artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro, é indispensável a prova técnica
consubstanciada no teste do bafômetro ou exame de sangue".
Com base nesses argumentos, os magistrados decidiram pela extinção da ação penal. O julgamento foi presido pela ministra Maria Thereza de Assis Moura e participaram os ministros Celso Limongi, Haroldo Rodrigues. Todos votaram com o relator.
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Divergência:
Um caso exatamente igual foi julgado pela Quinta Turma do STJ, mas a decisão foi bem diferente. O relator, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, negou o pedido de extinção da ação contra um condutor flagrado alcoolizado. O homem, também de São Paulo, se recusou a fazer o teste do bafômetro e o exame de sangue. No caso, o magistrado considerou suficiente o auto de constatação de embriaguez feito pela polícia no ato de flagrante.
Em seu voto, o ministro Napoleão Nunes Maia Filho escreveu que "há prova exuberante da materialidade do crime, cuja autoria não se discute e, a vingar a tese da defesa do ilustre impetrante, ninguém poderia ser processado por infração ao artigo 306 do Código de Trânsito, de maneira que seria melhor rasgar de vez a denominada LEI SECA, esquecer que o Brasil precisa progredir e integrar o chamado primeiro mundo a imitar o modus vivendi do romântico Far West norte-americano".
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Presidente da Comissão de Direitos de Trânsito da Ordem dos Advogados de São Paulo, Cyro Vidal
avalia que, se decisões como a da Sexta Turma do STJ forem frequentes, em breve haverá uma súmula e, neste caso, a LEI SECA perderá definitivamente sua força para punir de forma rigorosa quem comete o crime de dirigir alcoolizado. "A virtude está no meio: não pode ser lá nem cá. Em caso de notória embriaguez, ainda que sem exame técnico, o infrator deve responder pelo crime", opinou. Vidal catalogou 198 sentenças de diferentes estados absolvendo ou tirando da cadeia condutores que se envolveram em acidentes de trânsito fatal e que estavam alcoolizados.
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A LEI SECA fixa que qualquer concentração de álcool por litro de sangue sujeita o condutor às
penalidades administrativas. A aferição será feita por meio de teste em etilômetro. Para fins criminais será necessário o exame do sangue.
- Milícias nas ruas
“MILÍCIAS” NAS RUAS. Taxistas em papel questionado - CARLOS ETCHICHURY E CARLOS WAGNER, Zero Hora, 11/11/2010
Acossados pela violência, grupos de taxistas de Porto Alegre se tornaram suspeitos de montar uma rede que, em nome da proteção, assume a função da polícia, inclusive agredindo passageiros. Relatos de vítimas, na coluna de ontem de Paulo Sant’Ana, geraram uma onda de manifestações e motivaram a promessa de investigação e reforço nas barreiras. A reação tem o apoio do sindicato, que deseja a identificação de maus profissionais para melhorar a imagem da categoria.
A suspeita de que taxistas estariam interrogando, revistando e até espancando passageiros identificados como suspeitos de assaltos surpreendeu os gaúchos.
Publicados pelo colunista Paulo Sant’Ana, depoimentos de vítimas motivaram reação de policiais e agentes de trânsito: a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) promete intensificar blitze e a Polícia Civil anunciou a abertura de inquérito policial. Ontem à noite, servidores da prefeitura e PMs do Batalhão de Operações Especiais realizaram barreiras com o objetivo de identificar integrantes de grupos fora da lei formados por taxistas.
– É um fato gravíssimo – definiu Vanderlei Cappellari, diretor-presidente da EPTC.
Vítimas da violência, taxistas contabilizam 28 mortes em serviço desde 2003. São casos que chegam ao conhecimento da opinião pública. A maior parte das pessoas desconhece, ainda, que a cada seis horas, taxistas na Capital ficam na mira de revólveres – situações que raramente chegam à polícia.
– Há uma omissão do Estado em reprimir assaltos e punir crimosos. A nossa categoria trabalha acuada, e o medo não é um bom conselheiro – diz o presidente do Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre (Sintaxi), Luiz Nozari.
É no rastro dessa inoperância estatal que grupos à margem da lei estariam se formando. Armados com cassetetes e armas que aplicam choque, eles interromperiam viagens para interrogar passageiros ou revistar suspeitos – quase sempre negros, moradores de vilas ou bairros de periferia. Dependendo do roteiro e da conduta dos clientes, motoristas tornariam-se violentos. Um cabeleireiro de 35 anos teve o braço direito quebrado ao ser agredido. Motivo? Ao sair de uma festa, ele vomitou pela janela do carro (ver abaixo). Segundo o cabeleireiro, irado, o motorista parou o carro, obrigou-o a descer e o espancou, auxiliado por uma dezena de motoristas.
Caso se confirme, não seria a primeira vez que taxistas atuariam como forças parapoliciais. Em outubro do ano passado, traficantes, auxiliados por taxistas, ajudaram a deter um jovem de 19 anos suspeito de atacar dois motoristas numa mesma madrugada na Cohab, o bairro Cavalhada. Ao se conhecerem registrando queixa numa delegacia da Polícia Civil, as vítimas decidiram prender o criminoso. Traficantes localizaram e entregaram um suspeito para a dupla de taxistas, que o espancou e o apresentou à polícia.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RS, Ricardo Breier, cobra investigação.
– O cidadão não pode correr o risco de ser confundido por criminosos e ficar nas mãos de um grupo de taxistas. Mas é importante reconhecer que o Estado não é eficaz e nem ágil para apurar os crimes – alerta Breier.
BM e Civil rebatem críticas de inoperância
A alegação de que a Brigada Militar (BM) e a Polícia Civil não fazem o suficiente para impedir ataques a taxistas – o que geraria as “milícias” – recebe crítica da cúpula dos órgãos. De acordo com taxistas, a morte de 28 motoristas desde 2003 na Capital é resultado da omissão de policiais militares e civis na prevenção e punição dos criminosos.
– Grande parte dos casos envolvendo taxistas é resolvida – diz o delegado Cleber Ferreira.
O titular do Comando de Policiamento da Capital (CPC), coronel Antero Batista, diz que a BM faz blitze e outras ações para conter o problema: – Dizer isso (que a BM não faz nada para impedir os crimes) é uma afronta ao nosso soldado.
O prefeito José Fortunati reconhece as falhas na segurança, mas condena os grupo parapoliciais.
– A sociedade não oferece a segurança que o cidadão merece. Mas não é com ações como estas que se resolve o problema – diz.
O presidente do Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre, Luiz Nozari, concorda com o prefeito. Defende a saída de maus profissionais para melhorar a imagem da categoria.
A noite de medo dos taxistas. Sentindo-se desamparados pela Brigada, motoristas acionam colegas por códigos secretos, via rádio, na luta contra violência Coronel João Carlos Trindade, comandante da BM - ANDRÉ MAGS, colaborou Humberto Trezzi, Zero Hora 12/11/2010.
Sem confiar na Brigada Militar (BM), taxistas de Porto Alegre montaram um sistema de ajuda mútua na busca por proteção. Eles usam códigos secretos, acionados por rádio, para buscar o apoio dos colegas e enfrentar as madrugadas inseguras, como Zero Hora confirmou ontem em conversas em pontos de táxi.
Na quarta-feira, o colunista Paulo Sant’Ana revelou que, acossados pela violência, grupos de motoristas se tornaram suspeitos de assumir o papel de polícia, interrogando, revistando e até agredindo passageiros.
– A Brigada Militar tem muita coisa para resolver. Não tem segurança para todos – sugere um taxista.
Desconfianças que surgem em meio a uma corrida são passadas à central de radiotáxi por comandos camuflados via PTT – o aparelho de comunicação dos veículos. Com a informação em mãos, a rádio repassa aos carros mais próximos. Eles partem, então, em direção ao colega em perigo.
– Pede um código e aí chove (taxistas em apoio). Isso é uma defesa. Um defende o outro – explica um deles.
Além da rede de proteção, os profissionais adotam outras estratégias. Em um ponto da Avenida Borges de Medeiros, no Centro, Luis Fernando da Silva, 28 anos – três como taxista –, tenta criar uma lista de indicadores para adivinhar o perigo. Sente que os bandidos preferem entrar em um carro cujo motorista seja mais velho. O resto é na sorte. Não adianta estar bem vestido, falar bem ou ser mulher. Todo passageiro é um risco, segundo ele.
Atuante em um ponto da Avenida Farrapos, César Antonio Trindade, 43 anos, criou um método de segurança. Depois da meia-noite, ele só atende a chamadas para corridas pelo rádio. Ele tenta evitar imprevistos como o que ocorreu com o colega Aires Gilberto Teixeira da Rocha, 46 anos, taxista desde 1997. Há três anos, ele deu carona a uma dupla e não desconfiou porque falavam bastante. Chegaram a pedir um cartão.
– A gente sempre precisa de táxi – disse um dos passageiros.
Logo em seguida, os dois revelaram estarem armados, um com pistola no banco de trás, o outro, ao lado, com uma faca. Rocha passou por maus bocados nas mãos dos criminosos. A principal ameaça era a de colocar o taxista no porta-malas. Possivelmente, ele estaria morto. Por sorte, conseguiu convencê-los a não fazerem isso. Foi assaltado, mas sobreviveu.
“Não há motivo para pânico” - Coronel João Carlos Trindade, Comandante da Brigada Militar prometendo ampliar as blitze para acalmar os taxistas:
Zero Hora – O que acha da formação de milícias por taxistas?
João Carlos Trindade – É intolerável. Eu até sei que muitos taxistas agem de forma unida e agressiva quando se sentem ameaçados, mas bater nas pessoas por simples desconfiança é demais. É preciso calma.
ZH – O senhor não vê motivos para preocupação dos taxistas quanto a assaltos?
Trindade – Sei que eles sofrem bastante com assaltos. Mas veja só: seis ou oito veículos assaltados por dia é um número alto, mas não chega a ser situação de calamidade, como Buenos Aires e Córdoba. Claro, o ideal é que não ocorram roubos.
ZH – O que a BM pretende fazer?
Trindade – Já estamos fazendo. São as blitze. No Estado, foram 149.318 táxis vistoriados este ano, com média de 475 por dia. Em Porto Alegre, foram 46.006 (média de 146 por dia). Elas vão aumentar, não há motivo para pânico
Acossados pela violência, grupos de taxistas de Porto Alegre se tornaram suspeitos de montar uma rede que, em nome da proteção, assume a função da polícia, inclusive agredindo passageiros. Relatos de vítimas, na coluna de ontem de Paulo Sant’Ana, geraram uma onda de manifestações e motivaram a promessa de investigação e reforço nas barreiras. A reação tem o apoio do sindicato, que deseja a identificação de maus profissionais para melhorar a imagem da categoria.
A suspeita de que taxistas estariam interrogando, revistando e até espancando passageiros identificados como suspeitos de assaltos surpreendeu os gaúchos.
Publicados pelo colunista Paulo Sant’Ana, depoimentos de vítimas motivaram reação de policiais e agentes de trânsito: a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) promete intensificar blitze e a Polícia Civil anunciou a abertura de inquérito policial. Ontem à noite, servidores da prefeitura e PMs do Batalhão de Operações Especiais realizaram barreiras com o objetivo de identificar integrantes de grupos fora da lei formados por taxistas.
– É um fato gravíssimo – definiu Vanderlei Cappellari, diretor-presidente da EPTC.
Vítimas da violência, taxistas contabilizam 28 mortes em serviço desde 2003. São casos que chegam ao conhecimento da opinião pública. A maior parte das pessoas desconhece, ainda, que a cada seis horas, taxistas na Capital ficam na mira de revólveres – situações que raramente chegam à polícia.
– Há uma omissão do Estado em reprimir assaltos e punir crimosos. A nossa categoria trabalha acuada, e o medo não é um bom conselheiro – diz o presidente do Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre (Sintaxi), Luiz Nozari.
É no rastro dessa inoperância estatal que grupos à margem da lei estariam se formando. Armados com cassetetes e armas que aplicam choque, eles interromperiam viagens para interrogar passageiros ou revistar suspeitos – quase sempre negros, moradores de vilas ou bairros de periferia. Dependendo do roteiro e da conduta dos clientes, motoristas tornariam-se violentos. Um cabeleireiro de 35 anos teve o braço direito quebrado ao ser agredido. Motivo? Ao sair de uma festa, ele vomitou pela janela do carro (ver abaixo). Segundo o cabeleireiro, irado, o motorista parou o carro, obrigou-o a descer e o espancou, auxiliado por uma dezena de motoristas.
Caso se confirme, não seria a primeira vez que taxistas atuariam como forças parapoliciais. Em outubro do ano passado, traficantes, auxiliados por taxistas, ajudaram a deter um jovem de 19 anos suspeito de atacar dois motoristas numa mesma madrugada na Cohab, o bairro Cavalhada. Ao se conhecerem registrando queixa numa delegacia da Polícia Civil, as vítimas decidiram prender o criminoso. Traficantes localizaram e entregaram um suspeito para a dupla de taxistas, que o espancou e o apresentou à polícia.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RS, Ricardo Breier, cobra investigação.
– O cidadão não pode correr o risco de ser confundido por criminosos e ficar nas mãos de um grupo de taxistas. Mas é importante reconhecer que o Estado não é eficaz e nem ágil para apurar os crimes – alerta Breier.
BM e Civil rebatem críticas de inoperância
A alegação de que a Brigada Militar (BM) e a Polícia Civil não fazem o suficiente para impedir ataques a taxistas – o que geraria as “milícias” – recebe crítica da cúpula dos órgãos. De acordo com taxistas, a morte de 28 motoristas desde 2003 na Capital é resultado da omissão de policiais militares e civis na prevenção e punição dos criminosos.
– Grande parte dos casos envolvendo taxistas é resolvida – diz o delegado Cleber Ferreira.
O titular do Comando de Policiamento da Capital (CPC), coronel Antero Batista, diz que a BM faz blitze e outras ações para conter o problema: – Dizer isso (que a BM não faz nada para impedir os crimes) é uma afronta ao nosso soldado.
O prefeito José Fortunati reconhece as falhas na segurança, mas condena os grupo parapoliciais.
– A sociedade não oferece a segurança que o cidadão merece. Mas não é com ações como estas que se resolve o problema – diz.
O presidente do Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre, Luiz Nozari, concorda com o prefeito. Defende a saída de maus profissionais para melhorar a imagem da categoria.
A noite de medo dos taxistas. Sentindo-se desamparados pela Brigada, motoristas acionam colegas por códigos secretos, via rádio, na luta contra violência Coronel João Carlos Trindade, comandante da BM - ANDRÉ MAGS, colaborou Humberto Trezzi, Zero Hora 12/11/2010.
Sem confiar na Brigada Militar (BM), taxistas de Porto Alegre montaram um sistema de ajuda mútua na busca por proteção. Eles usam códigos secretos, acionados por rádio, para buscar o apoio dos colegas e enfrentar as madrugadas inseguras, como Zero Hora confirmou ontem em conversas em pontos de táxi.
Na quarta-feira, o colunista Paulo Sant’Ana revelou que, acossados pela violência, grupos de motoristas se tornaram suspeitos de assumir o papel de polícia, interrogando, revistando e até agredindo passageiros.
– A Brigada Militar tem muita coisa para resolver. Não tem segurança para todos – sugere um taxista.
Desconfianças que surgem em meio a uma corrida são passadas à central de radiotáxi por comandos camuflados via PTT – o aparelho de comunicação dos veículos. Com a informação em mãos, a rádio repassa aos carros mais próximos. Eles partem, então, em direção ao colega em perigo.
– Pede um código e aí chove (taxistas em apoio). Isso é uma defesa. Um defende o outro – explica um deles.
Além da rede de proteção, os profissionais adotam outras estratégias. Em um ponto da Avenida Borges de Medeiros, no Centro, Luis Fernando da Silva, 28 anos – três como taxista –, tenta criar uma lista de indicadores para adivinhar o perigo. Sente que os bandidos preferem entrar em um carro cujo motorista seja mais velho. O resto é na sorte. Não adianta estar bem vestido, falar bem ou ser mulher. Todo passageiro é um risco, segundo ele.
Atuante em um ponto da Avenida Farrapos, César Antonio Trindade, 43 anos, criou um método de segurança. Depois da meia-noite, ele só atende a chamadas para corridas pelo rádio. Ele tenta evitar imprevistos como o que ocorreu com o colega Aires Gilberto Teixeira da Rocha, 46 anos, taxista desde 1997. Há três anos, ele deu carona a uma dupla e não desconfiou porque falavam bastante. Chegaram a pedir um cartão.
– A gente sempre precisa de táxi – disse um dos passageiros.
Logo em seguida, os dois revelaram estarem armados, um com pistola no banco de trás, o outro, ao lado, com uma faca. Rocha passou por maus bocados nas mãos dos criminosos. A principal ameaça era a de colocar o taxista no porta-malas. Possivelmente, ele estaria morto. Por sorte, conseguiu convencê-los a não fazerem isso. Foi assaltado, mas sobreviveu.
“Não há motivo para pânico” - Coronel João Carlos Trindade, Comandante da Brigada Militar prometendo ampliar as blitze para acalmar os taxistas:
Zero Hora – O que acha da formação de milícias por taxistas?
João Carlos Trindade – É intolerável. Eu até sei que muitos taxistas agem de forma unida e agressiva quando se sentem ameaçados, mas bater nas pessoas por simples desconfiança é demais. É preciso calma.
ZH – O senhor não vê motivos para preocupação dos taxistas quanto a assaltos?
Trindade – Sei que eles sofrem bastante com assaltos. Mas veja só: seis ou oito veículos assaltados por dia é um número alto, mas não chega a ser situação de calamidade, como Buenos Aires e Córdoba. Claro, o ideal é que não ocorram roubos.
ZH – O que a BM pretende fazer?
Trindade – Já estamos fazendo. São as blitze. No Estado, foram 149.318 táxis vistoriados este ano, com média de 475 por dia. Em Porto Alegre, foram 46.006 (média de 146 por dia). Elas vão aumentar, não há motivo para pânico
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