O Governo disponibilizou, nesta terça-feira (1º), o segundo RS Sem Fronteiras, programa de rádio que traz entrevistas com os secretários estaduais. Nesta segunda edição, o entrevistado pela equipe de jornalismo da Secretaria de Comunicação e Inclusão Digital (Secom) foi o secretário de Segurança Pública, Airton Michels. O áudio está disponível no site www.estado.rs.gov.br, clicando em seguida na guia Rádio Piratini.
Ao fazer um balanço do trabalho realizado por sua pasta nos primeiros dez meses de Governo, Airton Michels ressaltou a integração entre as polícias civil e militar, sobretudo nas ações empreendidas nos bairros atendidos pelo programa RS na Paz, ramificação estadual do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). Ao salientar a redução dos índices de violência no bairro Guajuviras, em Canoas, o secretário falou sobre os próximos Territórios da Paz, no bairro Mathias Velho e nos municípios de Passo Fundo e Caxias do Sul. "A partir do próximo ano, também implementaremos ginásios multidisciplinares, com salas destinadas para ações educativas, e programas de financiamento para incentivar a economia local", antecipou Michels.
Respondendo às questões enviadas pelos veículos do interior do Estado, o titular da pasta relatou os projetos para recuperar o sistema carcerário. "Primeiramente, nós precisamos resolver a questão do Presídio Central de Porto Alegre, que é um problema histórico. Após essa etapa, investiremos nas casas prisionais do interior do Estado, como de Lajeado e Caxias do Sul, por exemplo, que também enfrentam diversos problemas".
O secretário antecipou, ainda, a construção de uma casa prisional em Canoas, a partir do próximo ano. "Esta casa terá um perfil ressocializador, com geração de 600 vagas e espaço para trabalho e educação dos presos", afirmou. Airton Michels também abordou questões referentes à segurança nas fronteiras, quadro fucional e melhorias nas delegacias.
RS Sem Fronteiras
O programa RS Sem Fronteiras é gravado uma vez por semana, sempre às terças-feiras, com duração de aproximadamente 45 minutos. Na próxima semana, será veiculada a entrevista com o secretário de Estado da Saúde, Ciro Simoni.
Além de responder às perguntas formuladas pelos jornalistas da Secom, o entrevistado aborda questões levantadas pelas emissoras de rádio do interior do Estado, que podem ser enviadas para e-mail semfronteiras@secom.rs.gov.br. As questões não respondidas durante o programa são encaminhadas à assessoria de imprensa do órgão e respondidas diretamente para o veículo.
sábado, novembro 05, 2011
Delegados anunciam suspensão de parte das atividades no RS
Polícia | 05/11/2011 | 19h52min
Em assembleia, categoria decidiu não abrir mão da equiparação salarial com procuradores
Após rejeitar a oferta de reajuste do governo, os delegados de polícia do Estado decidiram em assembleia, na tarde deste sábado, suspender as grandes operações policiais e as aulas na Academia de Polícia (Acadepol), entre outras atividades. Além disso, segundo o presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado (Asdep), delegado Wilson Müller, todos os delegados que ocupam cargos de chefia deverão colocar os cargos à disposição do governo, de modo que não sejam substituídos por outros colegas.
— A decisão foi tomada por delegados da ativa. E todos os mais de 300 delegados que estavam na assembleia estão rigorosamente cientes das consequências. Se de fato os diretores vão ou não renunciar, vai depender de cada um. Foram decisões duras, mas nós já tínhamos alertado o governo sobre esse clima de revolta entre os delegados — explicou Müller.
O presidente da Asdep salienta que não trata-se de greve nem de operação padrão. Segundo Wilson Müller, os delegados irão comparecer normalmente nas delegacias para manter as atividades corriqueiras.
— Não serão realizadas grandes operações, salvo em situações excepcionais. Os delegados irão trabalhar normalmente, mas não teremos atividades fora do horário de expediente. Agora imagine se ninguém aparecer na operação veraneio? Ou se os delegados não aparecerem para dar aulas na Acadepol? — concluiu o Müller, que levará o resultado da assembleia ao governo na segunda-feira.
Os delegados rejeitaram a proposta oferecida pelo governo, de reajuste de 10% em duas parcelas a serem pagas em janeiro e abril de 2012, e decidiram que não irão abrir mão da equiparação salarial com procuradores, cujo salário inicial é duas vezes maior daquele com que o delegado inicia a carreira (R$ 7 mil).
O mês de novembro começou tenso com uma onda de protestos virtuais de policiais civis contra o secretário da Segurança Pública, Airton Michels. As reclamações disparadas por delegados no Facebook começaram após o secretário, em reunião com integrantes da Asdep, dizer que os policiais devem ser abnegados (em vez de brigar por diárias maiores).
Entenda o caso
Em reunião interna de trabalho no final de outubro, o secretário da Segurança Pública, Airton Michels, falou a delegados de polícia sobre salários e diárias da Operação Verão.
Após a declaração, mais de 150 delegados que fazem parte de um grupo fechado na rede social Facebook entenderam que o responsável pela pasta da segurança não estaria preocupado com estas questões e postaram dezenas de comentários desde terça-feira.
O secretário Airton Michels afirmou, em entrevista à Rádio Gaúcha, que seus comentários foram distorcidos e descarta qualquer tipo de retaliação ou investigação.
Em assembleia, categoria decidiu não abrir mão da equiparação salarial com procuradores
Após rejeitar a oferta de reajuste do governo, os delegados de polícia do Estado decidiram em assembleia, na tarde deste sábado, suspender as grandes operações policiais e as aulas na Academia de Polícia (Acadepol), entre outras atividades. Além disso, segundo o presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado (Asdep), delegado Wilson Müller, todos os delegados que ocupam cargos de chefia deverão colocar os cargos à disposição do governo, de modo que não sejam substituídos por outros colegas.
— A decisão foi tomada por delegados da ativa. E todos os mais de 300 delegados que estavam na assembleia estão rigorosamente cientes das consequências. Se de fato os diretores vão ou não renunciar, vai depender de cada um. Foram decisões duras, mas nós já tínhamos alertado o governo sobre esse clima de revolta entre os delegados — explicou Müller.
O presidente da Asdep salienta que não trata-se de greve nem de operação padrão. Segundo Wilson Müller, os delegados irão comparecer normalmente nas delegacias para manter as atividades corriqueiras.
— Não serão realizadas grandes operações, salvo em situações excepcionais. Os delegados irão trabalhar normalmente, mas não teremos atividades fora do horário de expediente. Agora imagine se ninguém aparecer na operação veraneio? Ou se os delegados não aparecerem para dar aulas na Acadepol? — concluiu o Müller, que levará o resultado da assembleia ao governo na segunda-feira.
Os delegados rejeitaram a proposta oferecida pelo governo, de reajuste de 10% em duas parcelas a serem pagas em janeiro e abril de 2012, e decidiram que não irão abrir mão da equiparação salarial com procuradores, cujo salário inicial é duas vezes maior daquele com que o delegado inicia a carreira (R$ 7 mil).
O mês de novembro começou tenso com uma onda de protestos virtuais de policiais civis contra o secretário da Segurança Pública, Airton Michels. As reclamações disparadas por delegados no Facebook começaram após o secretário, em reunião com integrantes da Asdep, dizer que os policiais devem ser abnegados (em vez de brigar por diárias maiores).
Entenda o caso
Em reunião interna de trabalho no final de outubro, o secretário da Segurança Pública, Airton Michels, falou a delegados de polícia sobre salários e diárias da Operação Verão.
Após a declaração, mais de 150 delegados que fazem parte de um grupo fechado na rede social Facebook entenderam que o responsável pela pasta da segurança não estaria preocupado com estas questões e postaram dezenas de comentários desde terça-feira.
O secretário Airton Michels afirmou, em entrevista à Rádio Gaúcha, que seus comentários foram distorcidos e descarta qualquer tipo de retaliação ou investigação.
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