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sexta-feira, setembro 02, 2011

Governo não propõe novo reajuste salarial e adia negociações com BM até o fim dos protestos

Calendário de aumento salarial só será apresentado caso os protestos tenham fim ou hoja a identificação da autoria das manifestações

O governo do Rio Grande do Sul decidiu adiar as negociações com os representantes da Brigada Militar, após reunião no final da manhã desta quinta-feira no Palácio Piratini. Desde o início de agosto, os policias militares realizaram mais de 20 barricadas com a queima de pneus no interior do Estado e na Capital para reivindicar aumento de salário.

O chefe da Casa Civil, Carlos Pestana informou que tem um calendário de aumento salarial, mas que só será apresentado caso os protestos tenham fim ou hoje a identificação da autoria das manifestações. Uma nova reunião está marcada para a sexta-feira da semana que vem, dia 9.

Os PMs reivindicam aumento imediato de 25% e um calendário que aponte o salário da categoria em 2014. Na última proposta, o governo ofereceu reajuste de 4,5% em outubro. E conforme, Pestana, considerando os 6% concedidos em abril, os PMs ganhariam ao final do ano mais de 11% de aumento, percentual acima do que ganhou outras categorias. Além disso, o governo promete outro reajuste de 4,5% em março de 2012.

Pestana faz duras críticas aos protestos:
Em entrevista nesta manhã, o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, fez duras críticas aos mais de 20 protestos realizados em estradas do Interior e em ruas de Porto Alegre.

— Nós não vamos aceitar este tipo de protesto que vai além do direito legítimo de reivindicar aumentos de salários. Os protestos não ajudam, mas atrapalham. Acabam perdendo a legitimidade por conta deste tipo de protestos — afirmou Pestana.(CLirbs de hoje)

Projeto Economia Pacificadora é apresentado durante Seminário Nacional de Polícia Comunitária

O combate à criminalidade por meio do investimento na geração de emprego e renda em áreas conflagradas pela violência e criminalidade é objetivo do projeto Economia Pacificadora, apresentado na tarde desta quarta-feira (31), em Porto Alegre, pelo secretário de Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa, Maurício Dziedricki, durante o Seminário Nacional de Polícia Comunitária.

Em parceria com a Secretaria da Segurança Pública, o Economia Pacificadora foi criado para fazer parte do Programa Estadual de Segurança Pública com Cidadania (Proesci), que combina a ação policial com ações sociais. "Para cada zona conflagrada pela criminalidade, iremos levar, após a ação estratégica de segurança pública de pacificação, técnicos para fazer um diagnóstico para orientar os comerciantes locais com o objetivo de transformar a economia informal em social" salientou Dziedricki.

A atuação será concentrada em jovens de 18 a 34 anos e tem, entre suas metas, estabelecer uma política de rede de cooperação para evitar que as pessoas migrem para práticas criminosas. "Queremos fazer a substituição do crime pela oportunidade de emprego dentro de uma outra economia, possibilitando que os indivíduos façam uma outra escolha, que não seja o crime", disse o secretário.

Matriz da Rede de Ensino da Senasp

A diretora do Departamento de Pesquisa, Análise de Informação e Desenvolvimento de Pessoal em Segurança Pública, Isabel Seixas de Figueiredo, falou sobre a Matriz da Rede de Ensino da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) em seminário nacional sobre o setor. Esse projeto integra o Departamento e os Estados, desenvolvendo programas como Ensino Presencial, Rede de Ensino à Distância (EAD) e Rede Nacional de Altos Estudos em Segurança Pública (RENAESP).

Isabel Seixas de Figueiredo também abordou o processo de formação para grandes eventos e a capacitação para a Copa do Mundo de Futebol de 2014, que são os maiores desafios enfrentados pela Rede do Senasp. Acrescentou que o Departamento desenvolve também um trabalho padrão para a realização de cursos em centros de formação especializados em assuntos específicos nos doze Estados que sediarão a Copa.

Durante a sua palestra, Isabel de Figueiredo tratou ainda de questões como profissionalização dos docentes da segurança pública, perspectivas para implantação do mestrado através do Senasp e o processo de avaliação do projeto de ensino, utilizado para a produção de um indicador que contribua para a rede e as instituições de segurança. O objetivo da Secretaria Nacional de Segurança é criar estratégias de metodologias que transformem o conhecimento em atitude.

Coordenador estadual de Polícia Comunitária defende novo paradigma para a segurança


A mudança de paradigma na segurança pública foi o tema abordado pelo coordenador estadual de Polícia Comunitária, coronel Jorge Luiz Agostini, durante o Seminário Nacional de Polícia Comunitária, no Hotel Embaixador, na tarde desta quarta-feira (31). Agostini afirmou que o atual modelo de segurança pública distancia o policiamento da comunidade, fazendo com que não haja sintonia com os problemas locais. "O policial se considera autoridade e a população o vê como mais um servidor. O novo paradigma do policiamento comunitário aproxima o policial da população como um solucionador de conflitos, e as pessoas o vêem como uma autoridade". 

De acordo com Agostini, ainda há resquício de treinamento de guerra na formação dos policiais, mas isso já está mudando. "Tínhamos um modelo de ensino militar, voltado à defesa do Estado, com a formação em regime de internato, isolado da sociedade civil, e que incentivava à competitividade. Mas, com a mudança, temos uma formação mais voltada para a defesa do cidadão". Acrescentou que há necessidade de se investir no servidor para que ele esteja preparado para construir a mudança e a operacionalidade, com capacidade de desenvolver uma ação local, tendo como base uma visão mais global, pensando as relações entre o todo e as partes. "Queremos um policial humano, com sensibilidade, com razão e emoção, sabendo considerar o acaso, o aleatório, o inesperado, entre outros aspectos", ponderou.

O Seminário Nacional de Polícia Comunitária segue até a próxima sexta-feira (2), com debates sobre conceitos e práticas de polícia comunitária, a partir da troca de experiências desenvolvidas em todo o país. Também está sendo construída a Carta de Porto Alegre, documento que apresentará as bases das discussões dos quatro dias do evento.

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