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sábado, setembro 24, 2011

Secretário de Segurança afirma que atos de vandalismo têm motivação política


23/09/2011 21:54

As simulações de bombas e queima de pneus em espaços públicos e rodovias são ações criminosas praticadas por quadrilhas com um objetivo aparente de atingir o Governo e desestabilizar a segurança pública no Rio Grande do Sul. A afirmação foi feita pelo secretário da Segurança Pública, Airton Michels, pelo assessor especial do Gabinete do governador, Flávio Koutzii, e pelo comandante-eral da Brigada Militar, coronel Sérgio Abreu, durante coletiva à imprensa, no final da tarde desta sexta-feira (23), que contou, ainda, com a presença do secretário adjunto da SSP, Juarez Pinheiro.


O coronel Sérgio Abreu informou que 40 pessoas suspeitas já foram ouvidas e 26 inquéritos já foram instaurados para apurar a autoria desses crimes. Acrescentou que as investigações já contam com o apoio do Ministério Público.


Airton Michels explicou que está sendo feita uma investigação extremamente rigorosa para a apuração dos delitos. Acrescentou que essas ações deixaram vestígios, apesar de dificultar o flagrante. "Quem participou ou está participando desta organização criminosa será punido de uma forma mais severa, pois esses atos se configuram como formação de quadrilha". Apesar de não divulgar nomes, o secretário disse que há indícios de que entre os envolvidos, alguns têm ligações com brigadianos e outros, não.


Flávio Koutzii argumentou que, justamente quando a proposta de reajuste salarial do Governo foi aceita pelos cabos e soldados, ocorreu uma reação mais agressiva, com a colocação de um artefato simulando uma bomba. "É muito provável que esse tipo de ação obscura tenha motivação de interesse político contrário a um governo democrático e, caso isso se confirme, o mesmo será encaminhado ao Ministério Público".


Assinalou, ainda, que a proposta salarial é atípica para um primeiro ano de Governo e que os resultados positivos obtidos nas negociações com os servidores da segurança pública têm provocado reação extremada por parte de grupos com interesses políticos contrários a uma gestãoo democrática. "E isso não vai nos intimidar", enfatizou.


Os vestígios do artefato colocado nesta sexta-feira, na rua Fernando Machado, em frente ao posto do 9º Batalhão da BM, já está sendo investigado pelos peritos do Instituto Geral de Perícias (IGP).

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