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sexta-feira, fevereiro 10, 2012

SATIAGRAHA - MPF PEDE A RETOMADA




MPF pede à Justiça retomada de ação da Operação Satiagraha. STJ havia mandado anular provas da investigação de lavagem de dinheiro - 09 de fevereiro de 2012 | 22h 47. Fausto Macedo, de O Estado de S. Paulo

O Ministério Público Federal em São Paulo apresentou as razões de apelação ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) contra decisão da 6ª Vara Federal Criminal Especializada em Crimes Financeiros e Lavagem de Dinheiro que, em novembro passado, determinou o arquivamento da Operação Satiagraha.

A Satiagraha foi a mais espetacular e polêmica missão da Polícia Federal nos últimos anos - seu alvo maior era o banqueiro Daniel Dantas e mais 13 pessoas supostamente envolvidas, segundo o Ministério Público Federal, em crimes de quadrilha, gestão fraudulenta, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Dantas nega taxativamente envolvimento em qualquer prática criminosa.

Para o MPF, a decisão do Superior Tribunal de Justiça apenas anula a ação de corrupção, interceptações telefônicas e uma fração da ação por lavagem e crimes financeiros.

Segundo o procurador da República Rodrigo de Grandis, autor do recurso e responsável pelo caso, o juiz federal Douglas Camarinha Gonzales, no exercício da titularidade da 6ª Vara, deu uma interpretação extremamente abrangente à decisão do Superior Tribunal de Justiça, de junho de 2011, que, por maioria apertada de votos, julgou que a participação de agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na Satiagraha foi indevida.

O STJ mandou anular todas as provas produzidas com a participação ou análise da Abin, em especial dois procedimentos de escuta telefônica e a ação controlada que resultou na ação penal contra Dantas por corrupção.

Logo após a decisão do STJ, o juiz havia determinado que o MPF se manifestasse em 10 dias sobre provas não contaminadas por aquelas anuladas pelo STJ.


Justiça devolve 27 fazendas a Daniel Dantas. 22 de janeiro de 2012 | 11h 18 - AE - Agência Estado

A Justiça Federal suspendeu o sequestro de todo o complexo agropecuário - 27 fazendas e 450 mil cabeças de gado - do banqueiro Daniel Dantas. O patrimônio estava sob regime de arresto desde julho de 2009, no âmbito da Operação Satiagraha - investigação sobre supostos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que a Polícia Federal atribuía ao dono do Opportunity.

A Satiagraha foi declarada nula e, por consequência, todas as provas colhidas pela PF, em decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), tomada em maio de 2011. A devolução dos pastos e do rebanho do banqueiro foi ordenada pelo juiz Douglas Camarinha Gonzales, da 6.ª Vara Criminal Federal em São Paulo. "Decisão judicial não se discute, cumpre-se", assinalou Camarinha, em alusão à ordem do STJ.

A decisão de Camarinha foi baixada nos autos do sequestro das fazendas e dos semoventes, espalhados em quatro Estados: 23 no Pará, 2 em Mato Grosso, uma em Minas e uma em São Paulo. A defesa já havia requerido, no início da vigência do arresto, sua revogação.

"Tem-se, pois, como claro o caráter de acessoriedade desse feito ao seu principal (ação penal da Satiagraha) de forma que a sorte do acessório deverá seguir a do principal", destacou o magistrado. A sentença será enviada aos cartórios de registros de imóveis onde se situam as fazendas comunicando o desbloqueio.

"O sequestro de bens da Santa Bárbara sempre careceu de qualquer fundamento", assinala a advogada Dora Cavalcanti, que atuou na defesa da agropecuária. "Ninguém da empresa foi denunciado pelo Ministério Público, nenhum executivo. Nunca se apurou nada em relação à Santa Bárbara." Dora observa que conseguiu, inicialmente, autorização para a Santa Bárbara comercializar o gado. "Isso evitou a quebra da empresa, que, no entanto, ficou submetida a todas as restrições."
 
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
 

Sobrecarga de acesso causa lentidão em sites oficiais, diz governo do RJ


Em nota, Proderj negou ataque de hackers aos sites '.gov' do estado.
Grupo, no entanto, diz ter atacado site do governo do Rio de Janeiro.

Do G1 RJ

Os sites do governo (“.gov”) do Rio de Janeiro apresentam lentidão nesta terça-feira (7), de acordo com o Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro (Proderj). Em nota oficial, o Proderj informou que não houve ataque de hackers aos sites com domínio rj.gov.br e nem os portais do Governo do Rio foram invadidos.
De acordo com o Proderj, a lentidão é causada por uma sobrecarga de acessos simultâneos em uma das saídas de internet do governo, que, por uma questão de segurança, utiliza duas saídas via web.

Ainda segundo o Proderj, técnicos ainda avaliam as causas da lentidão da rede. O Proderj informou que, assim que for identificada a sobrecarga, os acessos serão normalizados.

Grupo diz ter atacado sites do RJ 
O grupo hacker Anonymous, no entanto, chegou a assumir autoria de um ataque aos sites do governo (“.gov”) do Rio de Janeiro. Em mensagem no Twitter, o grupo disse que o ataque foi “em solidariedade a todo o trabalhador brasileiro”.
O Anonymous afirma que realiza uma série de ataques a sites brasileiros desde o final de janeiro. Nesta terça-feira (7), o grupo afirmou ter derrubado o site da Secretaria da Fazenda deSão Paulo. Na segunda-feira (6), o grupo assumiu ter atacado e derrubado o site do governo da Bahia.
Na semana passada, o grupo disse que derrubou sites de diversos bancos como Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, HSBC, Citibank, BMG e Panamericano. A página do Banco Central na web também sofreu ataques ao lado do endereço da operadora Cielo, segundo os hackers
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Gravações revelam articulação para estender greve de PMs ao RJ e SP


Em um dos trechos, grevista e um dos chefes do movimento combinam ação de vandalismo na Bahia. Em outro trecho, fica clara a intenção de estender a greve a outros estados para prejudicar o carnaval.


O Jornal Nacional teve acesso a gravações, feitas com autorização da Justiça, de uma conversa entre um grevista baiano e Marco Prisco, o principal chefe do movimento, que negou ter participado de atos de violência. Na gravação, os dois combinam uma ação de vandalismo.
Marco Prisco: Desce toda a tropa para cá, meu amigo. Caesg e você. Desce todo mundo para Salvador, meu irmão. Estou lhe pedindo, pelo amor de Deus, desce todo mundo para cá.
David Salomão: Agora?
Marco Prisco: Agora, agora. Embarque.
David Salomão: Eu vou queimar viatura. Eu vou queimar duas carretas agora na Rio-Bahia, que não vai dar tempo.
Marco Prisco: Fecha a BR aí, meu irmão. Fecha a BR.
Em outra gravação, quem aparece falando é o cabo bombeiro do Rio de Janeiro Benevenuto Daciolo. Ele já se candidatou a deputado estadual no Rio e foi um dos chefes do movimento grevista dos bombeiros no ano passado. Daciolo conversa com um homem a quem ele classifica de "importantíssimo" a respeito de uma possível votação da PEC 300 - a emenda constitucional que garantiria um piso salarial único a bombeiros e policiais de todo o Brasil. Na conversa, fica claro que o objetivo é estender a greve de policiais e bombeiros a Rio de Janeiro, São Paulo e outros estados, com o objetivo de prejudicar o carnaval.
Dacilolo: Pergunta ao senhor, que é pessoa importantíssima, a respeito da nossa PEC. Pergunto, qual é a verdadeira possibilidade de nós passarmos em segundo turno na semana que vem?
Daciolo: Não sei se o senhor sabe. Eu estou com uma Assembleia Geral amanhã no Rio de Janeiro, com a abertura de uma greve geral no Rio também, com probabilidade de não ter carnaval nem na Bahia nem no Rio esse ano. E São Paulo está para dar uma resposta agora e os outros estados também. Nós acreditamos que, se tivesse uma resposta do governo, assinalando uma possibilidade de votação no segundo turno da PEC, acalmaria muito, muito o que está acontecendo na Federação.
Em outro trecho, o cabo Daciolo, que estava em Salvador, ouve de uma mulher uma recomendação para que tente influenciar o movimento dos grevistas baianos a não fechar um acordo com o governo. Segundo esta mulher, isto enfraqueceria uma possível greve no Rio.
Mulher: Daciolo, Daciolo, presta atenção. Está errado fechar a negociação antes da greve do Rio.
Daciolo: Tudo bem, tudo bem. Sabe o que vou fazer agora? Avise para ele que eu vou embora daqui, não vou ficar mais aqui.
Mulher: Eles não querendo que você avalize um acordo antes da greve do Rio. Depois da greve do Rio, muda tudo. Sabe como você vai ajudar eles? Voltando para o Rio, garantindo aqui. O governo vai fazer uma propostinha rebaixada para vocês, vai melhorar um pouquinho esse negócio que eles colocaram. E acho, se vocês garantirem a greve aqui, a mobilização aqui, vocês vão ajudar a Bahia a liberar o Prisco, a ter uma negociação.
Ouvido pelo Jornal Nacional, por telefone, na Bahia, o cabo Daciolo disse que não se recorda dessas conversas e garantiu que está negociando de forma pacífica um aumento salarial para bombeiros e policiais baianos.
O governador do Rio de JaneiroSérgio Cabral, disse que as gravações comprovam que o movimento tem como objetivo gerar insegurança na população e provocar distúrbios que ameaçam a lei e a ordem. Para o governador, essas pessoas não representam o sentimento da maioria dos profissionais de segurança do estado.
Na noite desta quarta-feira, o clima voltou a ficar tenso no prédio da Assembleia Legislativa. Houve uma confusão. Os manifestantes foram para um acesso do centro administrativo. A polícia do Exército reforçou a barreira e usou spray de pimenta para impedir a entrada de outros manifestantes.
Superior Tribunal de Justiça negou dois pedidos de habeas corpus para os líderes Marcos Prisco e Alessandro Borges Reis. Os pedidos foram analisados e negados pelo ministro Og Fernandes.
Mais cedo, representantes dos setores de turismo e do carnaval se reuniram em Salvador e disseram que vai ter carnaval na cidade, blocos e trios serão colocados nas ruas e que estão estudando estratégias de segurança, caso a greve continue.

PMs desocupam Assembleia da Bahia, mas mantêm greve


Um dos líderes da greve, o ex-policial Marco Prisco foi levado para um presídio em Salvador, junto com o policial Antônio Angelini, que também tinha mandado de prisão.



Policiais militares em greve desocuparam a Assembleia Legislativa da Bahia, na manhã desta quinta-feira (9). A saída dos PMs foi nove horas depois de o Jornal Nacional ter divulgado conversas telefônicas, gravadas com autorização da Justiça, em que o líder da greve combina atos de vandalismo com outro grevista.
As mulheres foram as primeiras a deixar a Assembleia Legislativa, pouco depois das 6h da manhã. Em seguida, saíram os policiais grevistas. Quem não tinha mandado de prisão pôde ir para casa. A grande expectativa era para a saída do ex-policial Marco Prisco, presidente da associação que convocou a greve.
Para que o prédio fosse desocupado pelos grevistas, Marco Prisco fez uma exigência e foi atendido. Ele quis deixar a Assembleia pelos fundos, longe da imprensa. Prisco e o policial Antônio Angelini, que também tinha mandado de prisão, foram conduzidos por agentes federais.
Os dois foram levados para o quartel da Polícia do Exército e, depois, para um presídio em Salvador.
O homem que comandou a invasão da Assembleia Legislativa foi exonerado da PM, em 2001, depois de ter se envolvido com outra greve. Já foi candidato a deputado estadual pelo PTC, Partido Trabalhista Cristão, mas não se elegeu. Hoje, é filiado ao PSDB.
Nos últimos dias, ele foi flagrado em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. Em uma delas, conversa com o ex-policial David Salomão, que também participava da greve.
Marco Prisco: Desce toda a tropa para cá, meu amigo. Caesg e você. Desce todo mundo para Salvador, meu irmão. Estou lhe pedindo, pelo amor de Deus, desce todo mundo para cá.
David Salomão: Agora?
Marco Prisco: Agora, agora. Embarque.
David Salomão: Eu vou queimar viatura. Eu vou queimar duas carretas agora na Rio-Bahia, que não vai dar tempo.
Marco Prisco: Fecha a BR aí, meu irmão. Fecha a BR.
Nesta quinta-feira (9), David Salomão, se justificou: “Aquelas gravações nós já sabíamos que estavam sendo monitoradas. E, no intuito de impedir que o governo invadisse a Assembleia e derramasse sangue de policiais inocentes, nós falamos que iríamos mobilizar e parar a Rio-Bahia. Quero deixar bem claro que não houve crime”.
Para o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, as gravações exibidas na quarta-feira (8) pelo Jornal Nacional são comprometedoras.
“Todas as evidências, e particularmente os áudios, mostram claramente a conexão entre atos de vandalismo, crime e articulação do movimento grevista por algumas das lideranças. Isso me parece evidente que é uma verdadeira organização criminosa que articulava a greve e ações na Bahia, que articulava ações a serem desencadeadas no Rio de Janeiro e em outros estados, estava sendo formada, estava sendo constituída”, declarou o ministro.
O governador da Bahia, Jaques Wagner, do PT, disse que espera fechar um acordo para o fim da paralisação. “A minha palavra agora é muito serena e de paz. De convocação para que todos os policiais militares voltem e tenham confiança no governador. Meu esforço será de, cada vez mais, recuperar e valorizar a Polícia Militar e o estado da Bahia“, afirmou.
Na quinta, foi presa administrativamente uma PM que teve mensagens de celular interceptadas com autorização da Justiça. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, na terça-feira passada (31), Jeane Batista de Souza mandou recados para o ex-policial Marco Prisco sugerindo que grevistas invadissem o Batalhão de Guardas, onde ela trabalha.
A policial disse que o batalhão podia ser tomado pela Avenida Gal Costa, onde tem uma escadaria que dá acesso a uma guarita. Disse que ficavam apenas dois sargentos no local e que 15 homens armados poderiam render a guarnição. E sugeriu que se os invasores apresentassem a identidade de militar não precisaria ter troca de tiros, nem violência porque, segundo ela, todos são irmãos e estão no mesmo barco.
Oficialmente, a greve da PM não acabou. Representantes de associações de policiais se reuniram à tarde em assembleia para discutir os rumos da paralisação.
 

Problema em linha de trens provoca revolta de passageiros no Rio


Eles desceram das composições lotadas, invadiram os trilhos e houve quebra-quebra em várias estações.


Um problema nesta quinta-feira (9), em uma linha de trens do Rio de Janeiro provocou a revolta dos passageiros. Eles desceram das composições, invadiram os trilhos e houve quebra-quebra em várias estações.
O trem lotado quebrou, na estação de Sampaio, Zona Norte do Rio.
Passageiros arrombaram as portas e desceram. Homens, mulheres, crianças. A polícia chegou. E quando uma locomotiva veio para rebocar o trem quebrado, a confusão aumentou. Os passageiros tentaram impedir e jogaram pedras. A polícia usou bombas de efeito moral. “Eu estava sentada em cima da estação e eles botaram bomba. Isso é uma injustiça com o trabalhador”, reclama uma mulher.
Os funcionários da Supervia botaram o trem em movimento, mas quem estava nos trilhos invadiu a composição.
Em cima do reboque ou pendurados nas laterais, dezenas de pessoas começaram uma viagem perigosa.
Mas o trem seguiu, passando por seis estações, durante mais de 20 minutos, até chegar à Central do Brasil. E a revolta virou vandalismo.
A polícia usou armas não letais. O Batalhão de Choque chegou e, com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral, tentou conter o tumulto. Muitos usuários do trem passaram mal. A situação só acalmou por volta das 10h.
Governo de a Supervia dizem que vão melhorar as condições do sistema, mas isso até as Olimpíadas de 2016. A promessa é de compra de pelo menos 120 novos trens. Na prática, 30 foram encomendados, 4 chegaram, e nenhum está rodando.
“Nós estamos diante de um dia difícil e não teremos dias fáceis nos próximos dois anos, porque nós precisamos trocar o pneu com o carro andando e, obviamente, problemas como o de hoje poderão voltar a ocorrer”, diz Júlio Lopes, secretário estadual de Transportes do RJ.
No caminho percorrido, nesta quinta-feira, pelo trem ficaram estações depredadas, passageiros feridos e revolta. “Não se justifica um erro com violência. Todo dia acontece isso”, alerta um passageiro.

Polícias Civil, Militar e bombeiros decretam greve no Rio de Janeiro

09/02/2012 23h26 - Atualizado em 10/02/2012 01h17

Decisão foi tomada por cerca de 2 mil pessoas em assembleia no Centro.
Policiais e bombeiros reivindicam piso salarial de R$ 3.500.

Carolina Lauriano e Marcelo Ahmed Do G1 RJ 
Bombeiros e policiais  decretam greve no Rio após assembleia realizada no Centro do Rio (Foto: Carolina Lauriano/ G1)
Bombeiros e policiais decretam greve no Rio após assembleia realizada no Centro do Rio (Foto: Carolina Lauriano/ G1)


Após a assembleia realizada na noite de quinta-feira (9), os bombeiros e as polícias civil e militar decretaram a greve das categorias no estado do Rio de Janeiro. Cerca de duas mil pessoas presentes na Cinelândia, no Centro, participaram da votação. Juntas, as três corporações somam 70 mil homens. Segundo os grevistas, 30% do efetivo do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil ficarão à disposição para casos de emergência.
Os policiais militares informaram que ficarão em seus respectivos batalhões e não atenderão a nenhuma ocorrência. "A partir de agora, a segurança é de responsabilidade da Guarda Nacional ou do Exército", disse o cabo da PM Wellington Machado, do 22º BPM (Maré) ao microfone, após perguntar quem estava a favor da paralisação e todos os presentes levantarem as mãos e gritarem "sim".
Já os bombeiros também ficarão aquartelados, mas afirmam que 30% do efetivo vão atender os casos de emergência, assim como os policiais civis. Eles frisaram que não vão deixar "a população à deriva".
Segundo os manifestantes, a greve é por tempo indeterminado. Eles disseram que só voltarão à ativa quando o cabo Benevenuto Daciolo, que está preso em Bangu, for liberado e as reivindicações de reajuste salarial forem atendidas.




Após a confirmação da greve, o cabo Machado deu instruções aos policiais presentes na Cinelândia. "Todos devem seguir direto e estar aquartelados em seus respectivos batalhões", disse. "Atenção, é importante, quem está de folga aquartela, de férias aquartela, quem está de licença aquartela. Todos juntos, não tem distinção, se puderem levar as esposas, levem junto. É importante", completou.
A greve foi decretada por volta das 23h30, meia hora antes do previsto. De acordo com os líderes do movimento, no entanto, a decisão já estava acertada. Eles explicam que a antecipação do anúncio da paralisação ocorreu porque os manifestantes estavam cansados. A assembleia teve início por volta das 18h.

Exército enviará 14 mil homens
Mais cedo, o secretário estadual de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros do Rio, coronel Sérgio Simões, afirmou que o Exército disponibilizaria cerca de 14 mil homens e a Força Nacional atuaria com cerca de 300 homens para a segurança no estado, caso a greve fosse decretada.
Segundo ele, o plano prevê que os 14 mil homens do Exército façam o policiamento no estado, enquanto os 300 homens da Força Nacional auxiliem no trabalho dos bombeiros, em caso de paralisação dos servidores de segurança do estado.
Manifestantes se acorrentam a bonecos vestidos com fardas da polícia e dos bombeiros (Foto: Carolina Lauriano/ G1)
Manifestantes se acorrentam a bonecos vestidos com fardas da polícia e dos bombeiros (Foto: Carolina Lauriano/ G1)

A juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros da Auditoria da Justiça Militar do Rio decretou, na noite desta quinta-feira (9), a prisão preventiva do cabo Benevenuto Daciolo, do Corpo de Bombeiros. Ele é acusado de praticar os crimes de incitamento e aliciamento a motim. As informações foram confirmadas pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).
A liberdade do bombeiro era uma das reivindicações de policiais civis, militares, bombeiros e agentes penitenciários. Além disso, as categorias reivindicam piso salarial de R$ 3.500, com R$ 350 de vale tranporte e R$ 350 de tíquete-refeição.
O cabo Benevenuto Daciolo está preso administrativamente, em Bangu, devido aos crimes de incitamento à greve e aliciamento a motim, segundo o secretário de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões. Escutas mostram conversa de Daciolo com a deputada Janira Rocha (PSOL) sobre estratégias de greve.
Em relação à segurança da população, Nascimento garante que os serviços de segurança da sociedade que tenham "caso de morte" serão prestados. "Em casos como grandes incêndios, colisões, atropelamentos, acidentes graves, os serviços serão prestados", garantiu.

Cabral critica 'balbúrdia e agitação'
O governador do Rio, Sérgio Cabral, defendeu a atual política de segurança estadual. “O governo, nesses anos todos, fez um esforço priorizando a segurança pública. Hoje, a segurança pública tem um orçamento que chega a níveis de itens essenciais, como a saúde, apesar de não ser obrigatório. O orçamento da Polícia Militar subiu de R$ 900 milhões para R$ 2 bilhões”, afirmou durante o lançamento do Programa Renda Melhor e Renda Melhor Jovem, em Niterói, no fim desta manhã.
Cabral afirmou que existe uma “articulação nacional para tentar criar um clima de insegurança” e criticou aqueles a quem chamou de “ditos líderes” do movimento por melhores salários para bombeiros e policiais.

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