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sexta-feira, abril 17, 2015

Delegado federal assume a corregedoria do Sistema de Segurança Pública do Amazonas

O delegado da Polícia Federal Leandro Almada substitui a também delegada federal Aparecida Gualberto no cargo
Delegado federal Leandro Almada comandou as diligências que cumpriram os mandados expedidos pela justiça federal contra "Copinho"
Delegado da Polícia Federal Leandro Almada foi chefe de diversos departamentos da PF (Luiz Vasconcelos)
O delegado federal Leandro Almada da Costa assumiu o cargo de corregedor-geral do Sistema de Segurança Pública do Amazonas. A nomeação de Almada foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE-AM) do dia 9 de abril. O delegado substitui a também delegada federal Aparecida Gualberto. As informações são da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM).
O titular da SSP-AM, Sérgio Fontes, afirmou que a troca na corregedoria acompanha as mudanças realizadas pelo Governo do Estado em todos os órgãos de segurança.
“A Corregedoria é um órgão integrado do sistema de segurança que atua na apuração de denúncia contra os servidores, mas, sobretudo sempre respeitando, claro, o policial honesto e trabalhador”, disse Sérgio Fontes.
O novo corregedor ressaltou a importância de tornar a Corregedoria-Geral mais eficiente na orientação e normatização interna de procedimentos que previnam irregularidades administrativas e que tornem mais céleres as apurações de infrações  disciplinares, priorizando as de maior relevância e que são objeto de interesse maior da sociedade e das próprias instituições que integram o sistema de segurança pública.
Perfil
Leandro Almada é natural do Rio de Janeiro e formado em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Com experiência na área de segurança pública, possui conhecimento nas áreas de planejamento e coordenação de investigações policiais de crimes contra a vida, tráfico internacional de entorpecentes e operações policiais. Na Polícia Federal, foi chefe de diversos departamentos, estando em seu último cargo na coordenação de ensino da Academia Nacional de Polícia.
Corregedoria
A Corregedoria Geral do Sistema de Segurança Pública do Estado do Amazonas, criada pela Lei Delegada n.º 062, de 04 de maio de 2007, é órgão superior de controle e fiscalização das atividades funcionais e da conduta disciplinar interna das polícias Civil e Militar, do Corpo de Bombeiros Militar e do Departamento Estadual de Trânsito do Estado do Amazonas (Detran-AM) e dos demais servidores integrantes do Sistema de Segurança Pública.
A Corregedoria  não somente apura e investiga denúncias contra policiais e servidores do Sistema de Segurança como também orienta por meio de palestras, cursos, revisão de legislação, visitas operacionais, inspeções as unidades do Sistema como forma de prevenção.

Audiência pública debate segurança em bairros e distritos de Cascavel

 Atualizado em 17/04/2015 08h00

Reunião ocorre nesta sexta-feira (17), na Câmara Municipal, a partir das 19h.
No encontro serão apresentadas reivindicações apontadas por moradores.

Do G1 PR
Câmara de Vereadores de Cascavel (Foto: Câmara de Cascavel/ Divulgação)Debate será na Câmara Municipal
(Foto: Câmara de Cascavel/ Divulgação)


A Câmara Municipal de Cascavel, no oeste do Paraná, será palco de uma audiência pública que vai discutir a segurança nos bairros e nos distritos do município. A reunião será nesta sexta-feira (17), às 19h, e os moradores estão convidados a participar.
O debate foi organizado pelo Conselho de Segurança de Cascavel (Conseg) e pelo Conselho Comunitário. Durante toda a semana foram feitas reuniões na área rural e urbana da cidade para levantar as necessidades da comunidade. As reivindicações apontadas serão apresentadas na audiência desta sexta. A população também vai poder apontar problemas e sugestões de melhorias na área de segurança durante o encontro.
Estão convidados para participar da audiência pública representantes do 6º Batalhão da Polícia Militar,  4º Grupamento De Bombeiros Cascavel, Conselho Gestor de Segurança Pública (Cogesp), da 15ª Subdivisão Policial de Cascavel, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Associação dos Microempresas e Empresas de Pequeno Porte do Oeste do Paraná (AMIC), Associação Comercial e Industrial de Cascavel (ACIC), do Ministério Público e da Polícia Federal, além de deputados estaduais, vereadores e subprefeitos de Cascavel.

Cuiabá: Nova expectativa em torno da segurança pública.

Com a mudança de gestão do governo estadual, uma nova expectativa se criou em torno da segurança pública. Em meio ao discurso oficial de empenho para gerar melhorias ao setor, espero que a sociedade fique atenta ao que será feito para evitar um passado recente de precariedade dos órgãos de segurança pública. Tradicionalmente sucateada pelo poder público, o que se revela com o deficit na Polícia Militar, o que leva, por exemplo, obrigar quatro homens a cuidar exclusivamente de um município, chamo à atenção em especial para a Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos de Mato Grosso. 

Em 2013, somente seis policiais civis atuavam como investigadores para apurar roubos e furtos de motos e veículos em Cuiabá e Várzea Grande. Humanamente impossível acreditar que metas serão alcançadas com sucesso, levando em consideração todas as modalidades apuradas, o que envolve investigação para desmantelar quadrilhas, autores de sequestros-relâmpagos, assaltantes de residências e outros. 

Agora imagine você leitor que não é preciso ir a fundo para ter noção da dimensão territorial de Cuiabá e Várzea Grande e ter conhecimento que, no período citado, a média de furtos e roubos de motos e carros faziam diariamente 10 vítimas. Sem aparato e com serviço de inteligência precário, o esforço individual dos policiais tinha que se sobressair em meio às dificuldades para levar resultados a população. 

Mas o descaso do Estado com a estrutura da Polícia Civil não parou por aí. Em 2010, a Polícia Civil detinha orçamento de R$ 24 milhões. Em 2013, foi encaminhado à Assembleia Legislativa proposta orçamentária que iria vigorar em 2014 de pífios R$ 9,4 milhões. Mesmo valor que no período a Secretaria de Trabalho e Assistência Social lançou uma licitação para gastar R$ 9,78 milhões com a compra do “Enxoval dos Sonhos” para fornecimento de kits de cama, mesa e banho aos participantes do Casamento Comunitário. Ou seja, embora a segurança pública faça parte do tripé considerado essencial à administração pública juntamente com educação e saúde, estava longe de ser uma prioridade ao governo do Estado. Espero que o secretário de segurança Pública, Mauro Zaque, e o governador Pedro Taques, olhem com atenção para reforçar a Polícia Civil e demais órgãos de segurança. Segurança pública não significa somente efetivo de homens, por segurança se entende a necessidade de uma polícia que garanta direitos do cidadão e tenha seus direitos respeitados, e cabe ao Estado não permitir a precarização. 



RAFAEL COSTA é repórter do Diário de Cuiabá 

Exército e Secretaria de Segurança podem fazer parcerias

16/04/15 às 23:01 Sesp-PR
Uma turma de oficiais do Exército, entre majores e tenentes-coronéis, reuniram-se com representantes da Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná durante a tarde desta quarta-feira (15), na sede da pasta, em Curitiba, para conhecer a estrutura do Centro Integrado de Comando e Controle, que foi utilizado na Copa do Mundo 2014 em Curitiba.
Os oficiais integram a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército Brasileiro (Eceme), que prepara oficiais superiores da instituição para as funções de grande comando. “O Exército Brasileiro sempre procura fazer parcerias e participar de atividades diversas. Viemos conhecer as estruturas que poderão nos apoiar em caso de logística, mobilização e situações em que, de maneira mais eficiente, possamos a chegar a resultados positivos para a população”, afirmou o major Haryan, da seção de Logística e Mobilização da Eceme.
Eles foram recepcionados pelo secretário da Segurança Pública, Fernando Francischini, pelo major Adilson Luiz Correa dos Santos e pelo major Robson Cláudio Ferreira Lima, que integram o Centro Integrado de Comando e Controle. “A intenção foi mostrar a nova estrutura, com potencial de aplicabilidade operacional para grandes eventos e com potencial para integração das forças armadas em situações extraordinárias, como ficou demonstrado durante a Copa do Mundo”, afirmou o capitão Edivan Fragoso, do Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (Diep) e coordenador do serviço 181-Narcodenúncia, que fez uma apresentação ao grupo do Exército.
Após a Copa do Mundo, o Centro Integrado de Comando e Controle passou por um período de replanejamento e, desde que o secretário Francischini assumiu a pasta, a estrutura do Diep integra as instalações, que passa também a ser o Centro de Inteligência da Segurança Pública, com definição de novos protocolos e parcerias, bem como a atuação de diversas instituições, incluindo o Departamento de Execução Penal (Depen).
A intenção é que o monitoramento de tornozeleiras eletrônicas também passe a ser feito pelo Centro Integrado, que tem como principais objetivos ações de inteligência e auxílio às atividades operacionais das polícias.

Mais de 40% dos distritos paulistanos tiveram taxas de homicídio acima da média

Por Camila Maciel Edição:Maria Claudia Fonte:Agência Brasil
A cidade de São Paulo registrou este ano 1.130 assassinatos, com 38 dos 93 distritos mostrando taxas de homicídio superiores à média da cidade em 2014, o equivalente a 40,8%. O levantamento foi feito pelo Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da Universidade de São Paulo (USP). No ano passado, a capital paulista alcançou o patamar de 9,8 mortes por 100 mil habitantes.
“Nos anos 2000, a taxa do município girava em torno de 50 por 100 mil. Em alguns lugares, a taxa era superior a 100. Hoje, a taxa global é inferior a 10. Entretanto, há lugares em que a taxa de homicídio ainda é superior a 40. Se a gente observar que em São Paulo ocorrem pouco mais de mil homicídios por ano ainda, e que esses homicídios, historicamente, se concentram em lugares específicos, isso mostra que, se a Secretaria de Segurança Pública [SSP] teve sucesso em relação aos homicídios, esse sucesso é relativo”, afirma Marcelo Batista Nery, pesquisador do NEV.
Considerando as mortes em relação à população, a Sé tem a pior situação. Foram 48,6 homicídios por 100 mil habitantes no ano passado, com 16 assassinatos. Também na região central, o distrito Santa Efigênia tem taxa de 38 mortes por 100 mil habitantes, seguido pelo Pari, com índice de 28,3 homicídios. Em números absolutos, com 51 mortes, a situação mais preocupante está no Campo Limpo, zona sul paulistana. Neste distrito, o índice em relação aos habitantes ficou em 21,9. Em seguida, aparecem Parelheiros (41 por 100 mil/hab), Jardim Herculano (40) e Jaçanã (39).
Na análise relativa, os distritos com maiores taxas concentram-se em maior parte nos extremos da capital. Nery destaca que, além das políticas de segurança pública, outros fatores contribuem para a ocorrência de maior ou menor taxa de homicídios. Ele cita, por exemplo, a ausência de políticas relacionadas à habitação e serviços de infraestrutura, como iluminação, o que ocorre mais comumente na região periférica.
Na região de Itaquera, por exemplo, que recebeu investimentos no ano passado por ser o bairro que abrigou o estádio da Copa do Mundo de Futebol, a taxa de homicídios passou de 12,4, em 2013, para 4,1. “Mostra-se a importância do Poder Público, mas ressalto que essa intervenção específica em um certo momento direcionou recursos para um certo lugar, o que normalmente não acontece. É necessário que esse recurso seja dividido pela cidade como um todo. Para a manutenção dessa baixa taxa, é fundamental a articulação dessa ação efetiva em várias instâncias, em conjunto com a sociedade local”, disse.
Relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os homicídios no mundo mostra que a média global é de 6,2 por 100 mil habitantes. Nery informou que o sul da África e a América
Central têm taxas mais de quatro vezes maior que a média global (acima de 24 vítimas por 100 mil habitantes), seguidas pela América do Sul, África Central e o Caribe (entre 16 e 23 homicídios por 100 mil habitantes). Dos distritos paulistanos, 24 ficam abaixo da média global. Apenas dois distritos tiveram taxa zero de homicídios: Campo Grande e Parque da Moóca.
Editor Maria Claudia

Expo Segurança é lançada em Feira de Santana



Autor: Ascom/Kelly Hosana

Expo Segurança é lançada em Feira de Santana







Os moradores da região de Feira de Santana já podem visitar, a partir desta quinta-feira (16),
 a Expo Segurança, mostra que apresenta a estrutura montada pela Secretaria da Segurança Pública em grandes eventos, a exemplo da Micareta da cidade, que acontece este ano, entre os dias 23 e 26 de abril. Até sábado (18), todo o aparato policial utilizado na festa estará nas principais praças do Shopping Boulevard, localizado no bairro Caseb.
Lançado na manhã desta quinta-feira (16), o evento já surpreendeu quem passou pela entrada principal deste centro de compras, onde estão fixados os estandes da Polícia Civil e do Departamento de Polícia Técnica, e pela Praça de Eventos, com a presença de ninchos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.
“Quando a gente vê tanta coisa legal e importante relacionada às atividades policias, dá até vontade de ser policial”, disse o pedreiro Diego Freire, 23 anos, sem esconder o entusiasmo ao observar o Irobot, robô empregado pelo Batalhão de Choque da PM para manusear bombas.  “Só vi desses nos filmes e aqui”, confessou.
Já seu colega, Josuel Souza, 19, ficou impressionado com a diversidade do trabalho policial, ao  ouvir um pouco mais sobre o meio ambiente, no estande da Companhia Especializada de Polícia Ambiental. “Sou feirante e muito ligado às coisas da natureza. O cuidado da polícia com esta área é, para mim, novidade”, afirmou.
Ao lado dos filhos, a técnica em enfermagem Simone da Silva Souza se interessou pelas técnicas e equipamentos de salvamento apresentados pelo Corpo de Bombeiros. “Isto também chamou mais atenção das crianças, acho que por conta de se tratar de salvamento de vidas”, opinou.
No estande do DPT, peritos mostraram equipamentos que identificam cédulas e cartões de crédito falsificados, além de apresentarem maletas usadas nos locais onde ocorreram os delitos, para captação de vestígios deixados pelos criminosos. O Ramam, aparelho que identifica rapidamente drogas, e a Luz Forense, que reconhece vestígios não visualizados a olho nu, também foram exibidos como itens indispensáveis para a agilidade na elucidação dos crimes.
A Polícia Civil atraiu os olhares do público, com os equipamentos de primeira linha empregados pela Coordenadoria de Operações Especiais. Os Batalhões de Polícia Rodoviária e de Choque e o Grupamento Aéreo da PM também participam da exposição, sucesso na primeira edição realizada em Salvador, às vésperas do Carnaval/2015.
Para o major Arnaldo Neto, diretor de Planejamento Integrado da Superintendência de Gestão Integrada da Ação Policial (Siap), um dos organizadores da mostra, a iniciativa dá uma demonstração de como a polícia baiana está preparada para receber grandes multidões (experiência adquirida ao longo dos anos com o trabalho no carnaval), além de apresentar a tecnologia policial, um dos principais legados da Copa do Mundo. “A expectativa da SSP é de que a exposição chegue a outras cidades, havendo grandes possibilidades de que o próximo  evento ocorra em  Itabuna”, adiantou.
Em Feira de Santana, a exposição segue nesta sexta-feira (17), com atividades nas dependências do Shopping Boulevard. Já no sábado (18), está prevista uma série de atividades ao ar livre, no Estacionamento 3, como demonstrações de salvamentos realizados pelo Corpo de Bombeiros, inclusive os que demandam a utilização de rappel para resgate de vítimas.
Um helicóptero do Graer também estará no local, assim como o “Caveirão”,  veículo blindado do Batalhão de Choque da Polícia Militar empregado em missões especiais e de grande perigo. A Delegacia Móvel, que vai facilitar o registro de ocorrências durante a festa, ficará aberta à visitação.
Utilizado no monitoramento de grandes áreas, a Plataforma de Observação Elevada (POE), veículo  cercado de câmeras suspensas, contendo equipamentos que permitem o acompanhamento em tempo real a uma determinada distância e usado pela primeira vez na Copa das Confederações, também estará disponível na Micareta de Feira.

PRESIDENTE DO TJDFT RECEBE VISITA E CONHECE PROGRAMA DA SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA DO DF

por AJ — publicado em 16/04/2015

Visita Secretário de Segurança Pública DF
O Presidente do TJDFT, desembargador Getúlio de Moraes Oliveira, recebeu nesta quinta-feira, 16/4, a visita do secretário de Segurança Pública do DF, Arthur Trindade, acompanhado da secretária adjunta, Isabel Seixas de Figueiredo. A visita ocorreu no gabinete da Presidência do TJDFT, ocasião em que foi apresentado ao Presidente o programa "Pacto pela Vida" idealizado pela Secretaria. Focado em três eixos de atuação: redução dos crimes violentos letais intencionais e dos crimes violentos contra o patrimônio, melhoria dos serviços de segurança pública e  aumento da sensação de segurança da população, a proposta prevê, para sua concretização, a instalação de uma Câmara Técnica para monitoramento de homicídios.
Segundo o secretário Trindade, a ideia da Câmara visa aprimorar o fluxo de trabalho do sistema de segurança pública e Justiça criminal, por meio da articulação e cooperação interagências, com foco na qualificação do procedimento investigatório e na agilização do processo criminal. Para composição da Câmara, além da Secretaria de Segurança e do Tribunal de Justiça do DF, constam a Polícia Civil do DF, o  Ministério Público do DF e convidados especiais, ainda a serem definidos. A secretária adjunta levantou a necessidade de formalização do programa.
O Presidente do TJDFT, acompanhado durante a visita dos juízes auxiliares Eduardo Henrique Rosas e Fabrício Fontoura, além do assessor da Presidência, Coronel Alfredo Luney, recebeu com satisfação a proposta. Ressaltou ser o momento apropriado, uma vez que acontece no TJDFT a Semana Nacional do Júri, que visa acelerar o julgamento de crimes contra a vida. Destacou, nesse contexto, a importância da parceria de todos os representantes no sentido de que discutam formas adequadas de solução ao problema, colocando o TJDFT e os juízes auxiliares da Presidência à disposição para os estudos e discussões necessários para viabilização da proposta.

Secretário admite que modelo de policiamento das UPS falhou no PR

Francischini diz que unidades devem ser trocadas por módulos móveis.
Modelo implantado há três anos foi espelhado nas UPPs do Rio de Janeiro.


Com informações da RPC

Com estrutura precária, baixo efetivo, e uma série de denúncias, as Unidades Paraná Seguro (UPS) passaram a ser gradativamente substituídas por módulos móveis de polícia. O secretário de segurança pública do Paraná, Fernando Francischini, admite que o modelo de policiamento das UPS, inaugurado há três anos, não funcionou da forma que o governo esperava.

A primeira UPS foi implantada em Curitiba, no bairro Uberaba, em março de 2012. A ação teve início com uma operação que envolveu 450 policiais, cavalaria, helicóptero e apoio da Guarda Municipal. Depois dela, foram implantadas mais nove UPS em Curitiba, duas na Região Metropolitana, uma em Cascavel, oeste do estado, e uma em Londrina, no norte. Desde 2013, no entanto, nenhuma nova unidade foi instalada.

O objetivo do modelo era atuar conforme as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Rio de Janeiro, aproximando a polícia da comunidade. Na previsão do governador Beto Richa (PSDB), a ideia era atuar de forma integrada e ampliar serviços públicos, como creches e escolas. Três anos depois, porém, as expectativas não se confirmaram.
“Aqui no bairro Tatuquara não existe, porque a UPS está abandonada no local. Às vezes quando a gente vê dois policiais por ali é muito”, reclama um morador.  À época do lançamento das UPS, o governo prometia a atuação de 30 policiais no local. “Trinta policiais só se for no quartel, porque aqui não tem”, rebate o morador.
O secretário Francischini admite a redução do efetivo, mas atribui a queda à mudança no foco de atuação das unidades. “Agora a política é de mobilidade dentro daquela região. Aquele policial sozinho precisa ter a infraestrutura de comunicação. Nós precisamos ter a reorganização da manutenção das viaturas e o custeio da Secretaria de Segurança. Nós fizemos um replanejamento e espalhamos esses policiais nas áreas das UPS”, justificou.
As queixas também são feitas pelos policiais que atuam nas UPS, especialmente com relação à estrutura de trabalho disponível. “Eles simplesmente largam você numa caixa de fósforos, que a gente chama de UPS, que eles chamam de UPS, e você é largado lá, somente um policial, para você ficar atendendo como se fosse um atendente. Você não atende a ocorrência, você não despacha, você não faz nada”, reclama um policial que não quis se identificar.
Atuando sozinhos, os policiais de plantão nas UPS só têm autonomia para dar orientações. Para atender a ocorrências, por exemplo, é preciso pedir por reforço. A situação se agrava em casos como da UPS da Vila Osternack, que não possui telefone, e do Uberaba, onde os carros de polícia estão parados sem manutenção. No Parolin a estrutura da UPS foi retirada e colocada na Praça Afonso Botelho, no bairro Água Verde, a mais de dois quilômetros do Parolin.
Diante dos problemas, não são raros os casos em que a comunidade passou a ajudar os policiais das UPS com móveis, eletrodomésticos, consertos de viaturas e até comida. “Infelizmente hoje as UPS não dispõem de uma estrutura básica para o trabalho policial na rua. Seja de viaturas, seja na parte de uniformes, que faz três anos que a corporação não paga uniformes, seja na parte de armamento, na parte de qualquer auxílio logístico que o policial militar necessita ali”, critica outro policial que pedi sigilo da identidade.
Questionado, o secretário de segurança confirma a situação precária das UPS. “Hoje está muito ruim a estruturação das Unidades Paraná Seguro. Eu tenho me dedicado dia e noite com uma nova equipe para dar a mobilidade, que é necessária, a estruturação do policial. É difícil um policial trabalhar num ponto fixo sem o mínimo de comunicação. E outra, a população não enxergar aquele policiamento num ponto em que existia uma grande quantidade de policiais”, admite Francischini.
Mapa da violência
Nesta quinta-feira  (16), a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) divulgou o número de assassinatos por bairro de Curitiba, no primeiro trimestre de 2015. O número de mortes violentas caiu 17% na comparação com o mesmo período de 2014, com 131 mortes violentas.
Dentre os bairros com mais mortes em 2015 a Cidade Industrial de Curitiba teve o maior número de registros – 14 assassinatos. O bairro conta com cinco UPS. Na sequência vêm o Sítio Cercado, com 11 mortes, Prado Velho, com dez, Cajuru, com oito, Uberaba, com sete, e Alto Boqueirão, também com sete.
Destes, apenas o Alto Boqueirão não conta com UPS.

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