MP PEDE À POLÍCIA FEDERAL ABERTURA DE INQUÉRITO CONTRA TEIXEIRA

11 de outubro de 2011 •  

Ricardo Teixeira pode ser investigado por lavagem de dinheiro

Foto: Ricardo Matsukawa/TerRA

RODRIGO VIGA

Direto do Rio de Janeiro

O Ministério Público Federal quer que a Polícia Federal feche o cerco ao presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira. A procuradoria da República do Rio de Janeiro solicitou para a PF que abra um inquérito para investigar o presidente da entidade e do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014.

A solicitação foi feita pelo procurador federal Marcelo Freire. Ele pediu a PF que investigue o presidente da CBF pelos crimes de remessa ilegal e de lavagem de dinheiro.

Segundo o Ministério Público Federal do Rio, a solicitação foi encaminhada há uma semana à Polícia Federal, mas o inquérito ainda não foi aberto.

O pedido de investigação chegou ao Ministério Público Federal a partir de uma representação do Partido Republicano Brasileiro (PRB) e foi baseado em reportagens sobre negócios ilegais de Teixeira. Membros do partido político notoriamente conhecidos teriam ligação com uma emissora de TV que é rival e desafeto do presidente da CBF, Ricardo Texeira.

O grupo de trabalho que reúne procuradores da República das 12 sedes da Copa do Mundo 2014 decidiu encaminhar essa representação à Procuradoria da República no Rio, onde reside o presidente da CBF.

A partir da abertura do inquérito, a Polícia Federal tem 30 dias para dar andamento as investigações e, depois, encaminhar a apuração à procuradoria, que vai decidir com base em provas e informações se oferece denuncia.

Bancários protestam em frente ao Palácio Piratini

Rua Duque de Caxias foi bloqueada pelos manifestantes

Um protesto dos bancários em frente ao Palácio Piratini bloqueia a Rua Duque de Caxias e prejudica o trânsito na zona central de Porto Alegre nesta terça-feira.

Segundo a Brigada Militar, o protesto começou por volta das 10h, e às 13h entre 700 e 800 manifestantes estavam no local.

ZERO HORA

Após tentativa de assalto a motorista, delegado diz que roubos de carga são rotina na BR-386

Motorista saltou de caminhão em movimento para fugir de assalto

Carlos Wagner | carlos.wagner@zerohora.com.br

O titular da Delegacia de Polícia de Nova Santa Rita, delegado Ireno Schulz — que investigará a tentativa de assalto em que um homem que era feito refém saltou de um caminhão em movimento —, afirma que roubos de cargas têm se transformado em rotina na BR-386.

Segundo o delegado, a polícia tem problemas de efetivo e o volume de veículos e mercadorias que transitam pela rodovia é elevado.

Nesta manhã, o motorista Marcondes da Silva Leal, 41 anos, foi rendido por um homem após carregar uma carga de polietileno no Polo Petroquímico.

Ao passar pelo posto da PRF em Montenegro, a vítima, que estava na carona, abriu a porta e se jogou do veículo quando o assaltante, que dirigia, reduziu a velocidade. Um dos sapatos do motorista ficou na cabine do caminhão.

Leal segue em atendimento em estado grave. O caminhão e a carga foram recuperados.

O assaltante parou o caminhão no acostamento e fugiu pelo mato às margens da rodovia. A perícia técnica buscará no caminhão por digitais e outras pistas que levem à autoria do crime.


ZERO HORA

Polícia Federal deflagra operação contra crimes financeiros no RS, em SP e SC

Objetivo é investigar criminosos que se utilizavam da estrutura de casas de câmbio para enviar recursos para o exterior de forma ilegal

A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram na manhã desta terça-feira a Operação Heráclidas. Estão sendo cumpridos 28 mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, Cachoeirinha, Lajeado, Novo Hamburgo, Sapiranga e Canela, no Rio Grande do Sul, em São Francisco do Sul (SC), São Caetano do Sul e São Paulo (SP). Um balanço das apreensões deve ser divulgado esta tarde.

A operação tem por objetivo apurar ilícitos tributários e de comércio internacional, crimes contra o sistema financeiro nacional como evasão de divisas, manutenção não declarada de recursos no exterior e sonegação de informação em operação de câmbio, formação de quadrilha, contrabando e descaminho e lavagem de dinheiro.

Segundo a PF, 150 policiais federais e 80 auditores-fiscais e analistas da Receita Federal do Brasil estão mobilizados. A investigação iniciou em fevereiro de 2011 e está a cargo do Grupo de Repressão a Crimes Financeiros da Polícia Federal e da Inspetoria da Receita Federal. Informações surgidas na Operação Hércules, de 5 de junho de 2009, embasaram o trabalho em conjunto da PF e da Receita.

O foco da Operação Hércules era desarticular os doleiros que disponibilizavam os meios para a evasão de divisas e eventual lavagem de dinheiro, realizando operações conhecidas como "dólar-cabo".

Agora, na Operação Heráclidas, o objetivo é investigar os clientes que atuavam no comércio exterior e que se utilizavam da estrutura oferecida para enviar recursos para fora do país, de forma ilegal, para pagamento da diferença de preços em importações subfaturadas ou para pagar mercadorias introduzidas clandestinamente.