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quinta-feira, março 08, 2012

Ataque hacker derruba site da Brigada Militar

Grupo reivindicou autoria do ataque em conta no Twitter

Ataque hacker derruba site da Brigada Militar Twitter/Reprodução

Hackers do Havittaja utilizaram conta no Twitter para divulgar ataqueFoto: Twitter / Reprodução
    
Um ataque de hackers derrubou o site da Brigada Militar (BM) nesta quinta. Conforme a corporação, o site foi tirado do ar por volta das 15h, devido ao sobrecarregamento dos servidores. Às 20h, o site continuava fora do ar.
Por uma conta na rede social Twitter, o grupo Havittaja reivindicou a autoria do ataque, ainda durante a madrugada. Os hackers utilizaram computadores "zumbis" (infectados com vírus) para promover uma sobrecarga nos servidores do site. 


Esta não é a primeira vez que o sistema da BM é atacado. Em junho, o mesmo grupo acessou e divulgou senhas de acesso  do portal e dados de apreensão de armas no Estado desde 2008. A BM garante, porém, que desta vez o site não foi invadido — apenas derrubado.

— Lamentavelmente, é um tipo de vandalismo no serviço público. É a mesma coisa que pegar um spray e pintar uma parede — critica o coronel Leonel Andrade, diretor do Departamento de Informática da Brigada Militar.

Troca na Direção do DGEO

Após um ano e dois meses, o coronel Carlos Frederico Hirsch despede-se do cargo de Diretor do Departamento de Gestão da Estratégia Operacional (DGEO), da Secretaria da Segurança Pública. O comando passa a ser do Coronel Atamar Manoel Cabreira Filho: “Assumo responsabilidade em dar retorno na posição que me foi concedida”, declara o novo diretor.
A posse, que ocorreu na tarde desta segunda-feira (5), contou com a presença do secretário da Segurança Pública, Airton Michels, do secretário adjunto, Juarez Pinheiro, do comandante-geral da Brigada Militar, coronel Sérgio Abreu, do diretor presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, além de outras autoridades.
Antes, como Comandante do Policiamento da Capital, coronel Atamar era responsável pela segurança dos moradores de Porto Alegre. Agora, porém, ele tem uma forte demanda pela frente: “O estado envolve doze milhões de pessoas, a responsabilidade é muito maior”, revela. Oficialmente aposentado, Hirsch completa: “Acredito que consegui realizar boa parte das tarefas, porém, faltaram coisas”.
O secretário da Segurança Pública, em discurso descontraído, relembrou situações vividas em conjunto tanto com o coronel Hirsch, quanto com o coronel Atamar desde os tempos em que foi superintendente da Susepe nos anos 2000. Coronel Hirsch saiu do DGEO porque aposentou-se e Coronel Atamar foi escolhido para ocupar o cargo como reconhecimento do seu valor pessoal e profissional.

Seminário internacional discute mulheres e a segurança pública

Proporcionar amplo debate entre as servidoras da segurança pública ,as mulheres participantes dos movimentos sociais e a sociedade em geral, discutindo os seus papeis no mundo contemporâneo, perspectivas, avanços e empoderamento, reforçando a importância da defesa da igualdade de gênero. Esse é o principal objetivo do Seminário Internacional Mulheres e a Segurança Público, cuja cerimônia oficial de abertura ocorreu nesta terça-feira (7), no auditório do Ministério Público, em Porto Alegre, às 19h. Organizado pela Secretaria da Segurança Pública, Secretaria de Políticas para as Mulheres e Gabinete da Primeira-Dama, o evento prossegue até dia 9, com a presença de palestrantes da Espanha, Argentina e vários estados do Brasil.
Na cerimônia de abertura, o secretário da Segurança Pública, Airton Michels, deu as boas vindas para as autoridades presentes e para as servidoras da segurança pública de todos os estados brasileiros que compareceram em grande número ao evento. “Esse evento é pioneiro porque tem como proposta a participação da mulher na segurança pública. Precisamos da sensibilidade e da competência feminina para que ocorram as mudanças necessárias nas estruturas centenárias do setor, que nós homens, com o nosso conservadorismo, não promovemos”.
A secretária de Políticas para as Mulheres, Márcia Santana, declarou que o evento tem como objetivo pensar e debater um novo paradigma para a segurança pública. “Queremos o empoderamento da mulher, que ela não seja apenas coadjuvante, mas que opine e tenha um papel decisório nas questões da segurança pública.”
A primeira-dama, Sandra Genro, agradeceu a oportunidade de realizar o projeto fotográfico ‘Bravura e Sensibilidade’, que possibilitou registrar o cotidiano das servidoras da segurança pública, passando pelos locais de atividade burocrática, apela realização de autópsias, no Departamento Médico-Legal, como também de perícia técnica, no Departamento de Criminalística. “Foram seis meses de trabalho e pudemos conhecer o respeito e reconhecimento da população ao trabalho dessas servidoras”, assinalou Sandra Genro.
A secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, destacou o crescimento do número de mulheres que atuam na área, mas que ainda não é o ideal, principalmente nos postos de comando das forças policias. “No Brasil, nenhuma mulher é secretária de segurança ou comandante da Polícia Militar. Apenas na Polícia Civil, quatro mulheres ocupam o posto máximo”. Segundo ela, as mulheres representam 7,93% do efetivo das policiais militares do país, 25% das polícias civis e 7,04% do corpo de bombeiros. A secretária elogiou o governador do Estado, Tarso Genro, que de promoveu quatro servidoras da Brigada Militar ao posto de tenente-coronel — fato inédito na história da corporação.
 “A Senasp realizou uma pesquisa com 70 mil participantes para fazer um diagnóstico que irá nortear as políticas nacionais de segurança pública e priorizar as demandas das servidoras mulheres”.
O governador em exercício, Beto Grill, afirmou que as políticas de gênero estão entre as prioridades do Governo do Estado, e que, já no início da atual gestão, foi implantada a Secretaria de Políticas para as Mulheres. Grill acrescentou que as políticas públicas não se constituem apenas através de programas e projetos, mas também de encontros como o Seminário Internacional Mulheres e a Segurança Pública. “São espaços de reflexões como este que proporcionam avanços e ajudam a construir um Rio Grande cada vez maior”, argumentou.
A noite de abertura do Seminário teve prosseguimento com a inauguração da exposição de fotos de servidoras da segurança pública, todas feitas pela primeira-dama. As imagens ficarão expostas durante todo o evento, sempre no saguão da Torre Sul do Ministério Público, na Rua Aureliano de Figueiredo Pinto, nº 80.

Gabinete de Gestão Integrada debate segurança nos bancos e plano nacional de combate às drogas

A segurança nos bancos e o Plano Nacional Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas foram debatidos durante a reunião do Gabinete de Gestão Integrada de Segurança Pública do Rio Grande do Sul (GGI/RS), nesta quarta-feira (7), na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP), em Porto Alegre. O encontro, coordenado pelo titular da SSP, Airton Michels, teve a presença de diretores do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região Metropolitana, que propuseram a criação de uma lei estadual para garantir mais segurança a funcionários e clientes das instituições financeiras.
Os sindicalistas fizeram uma apresentação sobre suas principais preocupações quanto a segurança das agências. O diretor jurídico, Lúcio Paz, afirmou que os cinco maiores bancos do país, apesar de terem lucrado mais de R$ 50 bilhões em 2011, aplicaram apenas cerca de R$ 2,6 milhões em segurança bancária, o equivalente a 5%.
O secretário de Segurança Pública disse que será reativado o Grupo de Trabalho de Segurança Bancária e que, em breve, será marcada uma reunião com a entidade sindical para tratar do tema. Michels agradeceu a colaboração do Sindbancários e assinalou que a segurança dos bancos é uma preocupação da Pasta.

Plano de Combate às Drogas
Durante a reunião do GGI/RS, a diretora de Direitos Humanos da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), Tâmara Soares, fez uma apresentação sobre o Plano Nacional Integrado de enfrentamento ao Crack e outras Drogas. O projeto federal será coordenado pela SJDH aqui no Estado, com a parceria da Secretária de Saúde e da SSP. O plano tem como eixos cuidado, prevenção e autoridade (repressão ao tráfico).
O secretário de Saúde, Ciro Simoni, disse que a Pasta atua em parceria com a secretaria municipal da Capital, onde existem os "redutores de danos", agentes de saúde atendendo aos usuários de drogas. Além disso, é realizado o atendimento por meio dos Centro De Atenção Psicossocial-Álcool e Drogas e de leitos hospitalares disponibilizados para o atendimento aos dependentes químicos.
Michels destacou a atuação da Segurança Pública no enfrentamento às drogas com os Territórios de Paz (instalados em quatro pontos de Porto Alegre, dois em Canoas, em Passo Fundo e Vacaria), além do projeto de Polícia Comunitária, que será lançado em Caxias do Sul, no próximo dia 14 de março. "O objetivo é ampliar os Territórios de Paz para outros municípios". Michels assinalou que tanto a Polícia Civil como a Brigada Militar estão orientadas a trabalhar para combater os grandes traficantes e retirar das ruas a maior quantidade de drogas possível.
A reunião teve a participação do secretário adjunto da SSP, Juarez Pinheiro, do comandante-geral da Brigada Militar, coronel Sérgio de Abreu, do chefe da Polícia Civil, delegado Ranolfo Vieira Júnior, do diretor-geral do Instituto Geral de Perícias, José Cláudio Teixeira Garcia, de secretários municipais de segurança pública, da Secretaria Municipal de Saúde e da EPTC (Porto Alegre), de diretores de departamentos operacionais da SSP, e representantes das secretárias de Educação, de Políticas Públicas para as Mulheres, da Famurs, de todos os Poderes e de diferentes órgãos de segurança estadual e federal.

Texto e foto: Nilza Scotti
Edição: Redação Secom

Susepe recebe visita de especialista prisional da Espanha

08/03/2012 08:47

A psicóloga e professora espanhola Concepción Yague Olmos visitou, nesta terça-feira (6), as dependências do Presídio Feminino Madre Pelletier (PFMP), acompanhada pelas diretoras da Superintendência dos Serviços Penitenciários, Christianne Freire (Escola Penitenciária-ESP), Ana Paula de Lima (Madre Pelletier), além da titular da Coordenadoria Penitenciária da Mulher, Maria José Diniz. A visitante veio conhecer as estruturas e funcionamento do sistema prisional feminino do Rio Grande do Sul. Um dos principais focos da visita foi à Unidade Materno Infantil da PFMP. Também acompanharam a visita, Lutiana Ricaldi da Rosa e Júlio Lampert Krebs, da Escola Penitenciária.

Prisões de mulheres em espaços criados para homens, e o perfil das mulheres em situação de prisão e trabalho foram temas amplamente debatidos durante o encontro.
A especialista apontou alguns diferenciais e similaridades do modelo prisional. Na Espanha, a segurança é feita por meio de tornozeleiras eletrônicas, atingindo 100% de seu uso na população carcerária. A lei federal espanhola diz que a idade limite para ficar com o filho é de até três anos. Além disso, não há sistema de segurança externa para monitorar as presas.

Espanha As unidades materno-infantis daquele país são específicas. "Têm estruturas adequadas para oferecer atendimento às necessidades básicas de mãe e filho, como acesso à saúde e acompanhamento médico constante", assegurou Concepción. Lá, como cá, cerca de 80% das mulheres são condenadas por envolvimento por tráfico, sendo 40% oriundas de outros países.

A heroína é a droga responsável pelo maior número de prisões. Concepción, que tem experiência de 29 anos no sistema prisional espanhol, será uma das palestrantes no Seminário Internacional Mulheres e Segurança Pública, com o tema Plano de Igualdade de Gênero na Espanha, projeto de sua autoria.

Perfil
Concepción Yague Olmos é psicóloga, professora e escritora. Atuou como investigadora, e foi subdiretora-general de Tratamento e Gestão Penitenciária- Responsável, pelo Plano de Igualdade de Gênero (2008-2011) na Secretaria de Segurança Pública da Espanha. Em 2002, publicou "Mulheres, Crime e Prisão", livro que traz uma abordagem diferenciada da criminalidade feminina.

Texto e foto: Neiva Motta
Edição: Redação da Secom

Violência de gênero em debate no Seminário Internacional Mulheres e Segurança Pública

08/03/2012 08:49

A inclusão do tema da violência contra a mulher nas agendas governamentais foi defendida pela coordenadora de programas da Organização das Nações Unidas (ONU), para o Brasil e Cone Sul, Junia Puglia, nesta quarta-feira (7), primeiro dia de palestras do Seminário Internacional Mulheres e a Segurança Pública, em Porto Alegre. Sob o tema "Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres", o evento, promovido pela Secretaria de Segurança Pública, Secretaria de Políticas para Mulheres e Gabinete da Primeira Dama, teve a abertura oficial na noite de terça-feira (6) e estende-se até a próxima sexta-feira (9).

Junia falou do trabalho da instituição para a erradicação da violência contra a mulher em todo mundo, e a necessidade de inclusão do tema nas agendas dos governos. "Enquanto existir violência contra mulher, não podemos falar em sociedade democrática e de convivência. É essencial pensar a cidadania sob a perspectiva de gênero", destacou.

Como exemplo do empoderamento da mulher, que significa a autonomia individual para interagir com o meio de forma igual, Junia citou a ONG Themis, de Porto Alegre. Criada há 20 anos, tem como objetivo a mediação de conflitos, o acesso à Justiça e garantia de direitos.

Inclusão
No encerramento de sua palestra, Junia lembrou um trecho do discurso da diretora executiva da ONU Mulheres, Michelle Bachelet: "Não haverá desenvolvimento possível sem que as mulheres sejam incluídas em todo os processos de governança".

Após sua fala, também palestraram a professora Jussara Reis Prá, Lídia Poças e o deputado Edegar Pretto. A mediação da mesa ficou a cargo da secretária de Comunicação e Inclusão Digital do Estado, Vera Spolidoro.

O Seminário, que terá novos debates nesta tarde, está sendo realizado no Auditório do Ministério Público (Av. Aureliano de Figueiredo Pinto, 80, no centro da Capital).

Texto: Alexandra Saraiva
Edição: Redação da Secom
"Empoderamento" feminino é tema de palestra no seminário Mulheres e a Segurança Pública
08/03/2012 08:50

O "Empoderamento das Mulheres" foi o tema da palestra da professora Jussara Reis Prá, nesta quarta-feira (7), durante o Seminário Internacional Mulheres e a Segurança Pública, em Porto Alegre. A professora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UFRGS disse que essa conquista vem a partir do exercício da cidadania. "É necessário seguirmos lutando contra os confinamentos políticos", afirmou.
Conforme ela, "os direitos à paridade política, respeito e igualdade de gêneros são representações democráticas que mostram que uma sociedade vai bem". A palestrante enfatizou ainda que os direitos e deveres dos cidadãos não justificam violação dos direitos humanos. "A violência contra a mulher é a maior violação dos direitos humanos", destacou.
Poder
"O poder está ligado a quem tem mais, tanto na questão material quanto no campo da informação", lembrou. Historicamente, segundo Jussara, a mulher foi criada para servir e ficar confinada a espaços sociais reservados. "Agora, devemos promover mudanças de mentalidade e aplicá-las na luta contra a discriminação", defendeu.
O seminário, promovido pela Secretaria de Segurança Pública, Secretaria de Políticas para Mulheres e Gabinete da Primeira Dama, teve a abertura oficial na noite de terça-feira (6) e estende-se até a próxima sexta-feira (9).

Texto: Neiva Motta
Edição: Redação da Secom

Aprovada a aposentadoria especial para servidores da Susepe

08/03/2012 08:51

O projeto do Governo do Estado que regulamenta a aposentadoria especial para os servidores da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), foi aprovado na sessão plenária da Assembleia Legislativa, na terça-feira (06), por unanimidade. Com 50 votos favoráveis, os servidores que possuem 20 anos na função e mais 10 anos em outras atividades, poderão requerer a aposentadoria com proventos integrais.

O Projeto de Lei Complementar 459/2011, encaminhado pelo Executivo, foi construído pela Susepe juntamente com a Amapers Sindicato. Segundo Gelson Treiesleben, titular da Susepe, "muitos servidores da instituição desacreditavam na aprovação, uma vez que, em outros momentos, havia sido prometido mas nunca cumprido. Trabalhamos com a Casa Civil para que a categoria tivesse a aposentadoria especial, que entendemos justa pela atividade que exercem", acrescentou.

Atividade estressante
O corregedor da Susepe, Homero Negrello, que será beneficiado pela lei, entende que ela é muito importante pelo tipo de atividade que a categoria exerce. Segundo ele, "é uma profissão extremamente penosa. Os servidores com mais de 30 anos de serviço não têm mais o mesmo padrão. Entendo que esta lei veio no momento certo, pois o trabalho é muito estressante".

O agente penitenciário Flávio Renato dos Santos, que ingressou na Susepe em 2007 por meio de concurso, entende que, apesar da aposentadoria ainda estar distante, "é o reconhecimento não apenas no sentido do direito justo e igualitário, mas também da valorização por parte do Estado, Governo e sociedade do trabalho exercido pela categoria", ressaltou. Flávio trabalha no Grupo de Ações Especiais da Susepe (GAES), responsável pelas ações táticas da instituição.
 
Para o vice-presidente da Amapergs-Sindicato, Flávio Berneira Júnior, "houve o reconhecimento por parte do Governo de uma demanda histórica e legítima, com sensibilidade e compreensão com a classe". Berneira acrescenta que houve diálogo construtivo com todas as partes envolvidas, como Governo, Susepe, Amapergs e Assembleia Legislativa. Segundo ele, o projeto é resultado de muita reunião, com embates e entendimentos, que é a forma de se buscar avanços para a categoria.

Texto: Marco Vieira
Edição: Redação Secom

Avanços e perspectivas femininas na Segurança Pública têm destaque no Seminário Internacional

08/03/2012 08:53

No painel sobre perspectivas femininas nas carreiras da segurança pública, a tenente-coronel da BM Ana Hass, a corregedora do Instituto-Geral de Perícias, Andréa Brochier Machado, a delegada penitenciária feminina, Maria José Diniz, e a delegada de polícia Nadine Anflor revelaram um panorama, através de dados e circunstâncias vividas, sobre o atual trabalho da mulher na segurança pública - que também envolve a luta por melhores condições.

A história das peritas foi o principal foco da palestra da corregedora Andréa Machado. Com orgulho, ela declarou que o IGP tem o maior número de mulheres dentro da segurança pública: do total de 825 servidores, 336 são mulheres. "O nosso trabalho é de bastidores. Não só para condenar e, sim, para ajudar a fazer justiça", ressalta. A luta pela automação da perícia fez parte de seu discurso: 17 estados do Brasil têm perícia autônoma, porém, em nove, a perícia ainda é vinculada à Polícia Civil.
Sedes distantes
Outro problema que ainda persiste é a dispersão de sedes, os departamentos ficam distantes uns dos outros. "O grande sonho é de um prédio único para agilizar o trabalho", apontou. Atuando há 26 anos, ela reconhece, emocionada, que o IGP vem sendo valorizado ao longo dos anos.

Maria José Diniz, delegada penitenciária, mostrou que o trabalho feminino tem quebrado paradigmas nos presídios. As condições muitas vezes difíceis das mulheres - como agentes penitenciárias e até como presidiárias - foi enfatizado por ela. A mulher é oprimida desde as ferramentas de trabalho utilizadas no serviço (que são criadas especialmente para o manuseio dos homens) até o lugar inadequado para onde são encaminhadas quando presas. Ela completou: "Segurança é pensada para os homens, temos que nos masculinizar para parecermos capazes", afirmou. Apesar disso, mostra orgulho ao lembrar que o Rio Grande do Sul é o único estado onde existe uma Coordenadoria Penitenciária da Mulher.

A delegada Nadine Anflor pediu melhores condições de trabalho para a mulher. A dificuldade de ingressar na profissão e a pressão psicológica são alguns obstáculos. Atualmente, 30% do efetivo da Polícia Civil é do sexo feminino. Mostrou-se a favor da igualdade: "Feminismo não é o contrário de machismo. Queremos uma sociedade melhor, na qual um sexo não oprima o outro", enfatizou.

A última palestrante, a tenente-coronel Ana Hass, lembrou os 25 anos da mulher na Polícia Militar do RS. Em seu discurso, desenvolveu uma linha do tempo sobre as mulheres na BM. Ela admite que o futuro na polícia é positivo e que vários obstáculos já foram derrubados. "Estamos mostrando que temos capacidade física e intelectual de trabalhar lado a lado com os colegas do sexo masculino", disse.

Texto: Gabriela Brasil
Edição: Antonio Candido

Papel feminino na política é debatido no Seminário Internacional Mulher e Segurança Pública

08/03/2012 08:54

Momento marcantes do movimento feminista ao longo do século XX, e os desafios atuais que envolvem as questões de gênero, foram os destaques da palestra da coordenadora do Laboratório Interdisciplinar de Gênero, da Universidade Estadual de São Paulo, Lídia Possas, nesta quarta-feira (7). Participando do Seminário Internacional as Mulheres e a Segurança Pública, do governo estadual, a palestrantes afirmou que "as mulheres foram minimizadas na trajetória política do Brasil".

Conforme ela, "hoje vivemos um momento histórico ao eleger uma presidente, mas a porcentagem de mulheres na política brasileira ainda é pequena, existe um deficit desse representatividade". De acordo com Lídia, os países nórdicos possuem a maior parcela de representação feminina na política, 42%, já na América Latina o índice cai para 22%.

Características culturais
O conceito de empoderamento é muito utilizado nas discussões de gênero, mas, para Lídia, tudo depende das características culturais do país, e precisa ser compreendido em três diferentes formas. "Poder dentro, quando as mulheres têm capacidade de articular suas aspirações e estratégias de mudança. Poder para, que é a habilidade para desenvolver estratégias de acesso às suas aspirações traçando estratégias, e poder com, que é a capacidade das mulheres em articular seus interesses coletivos e de organização com outras mulheres e homens para alcançar as mudanças", explicou ela.

Gênero
A questão de gênero, inserida nas discussões políticas e sociais a partir do fortalecimento do movimento feminista, permitiu o rompimento do silêncio e o debate de questões inerentes ao universo feminino. "Por que ainda há necessidade que existam lutas pelas mulheres? Porque ainda buscamos igualdade no mercado de trabalho, pela garantia de vida pública e política com objetivos emancipatórios e não assistencialistas", finalizou. O debate teve a mediação da secretária estadual de Comunicação e Inclusão Digital, Vera Spolidoro.

Texto: Alexandra Saraiva
Foto: George Cereça
Edição: Redação da Secom

Pesquisa mostra alto nível educacional das servidoras da Segurança Pública do RS

08/03/2012 08:55

Um alto nível de educação formal entre as servidoras da Segurança Pública no Estado foi constatado pelos sociólogos José Vicente Tavares e Dani Rudnick, da Ufrgs, em pesquisa apresentada nesta quarta-feira (7), durante o Seminário Internacional Mulher e Segurança Pública. A pesquisa foi realizada entre 25 de janeiro a 4 de março, visando definir o perfil socioeconômico das servidoras, sendo aplicados 5.997 questionários.

A metodologia envolveu a utilização de formulários que foram respondidos por e-mails. Os elementos pesquisados envolviam desde formação educacional, renda, salário, religião, estado civil e número de filhos, entre outros.

Tavares, que também é titular do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), fez outra constatação: "De modo geral, não percebemos insatisfação no trabalho pelas agentes públicas", analisa.
Além disso, o palestrante destacou que por serem altamente educadas, as servidoras gaúchas formam uma categoria importante e diferenciada para a segurança brasileira.

Filhos
Mas o sociólogo alertou para a questão das servidoras que têm filhos. "Elas têm muita preocupação com os espaços onde os filhos ficam, enquanto trabalham".

Os gráficos foram apresentados por Dani Rudnicki, que também é pesquisador do CNPq. Ele alertou que a ciência é um processo lento: "Ainda precisamos elaborar melhor os resultados, e queremos ouvir opiniões de mais mulheres", concluiu.

Texto:Neiva Motta
Foto: George Cereça
Edição: Redação da Secom

Seminário Internacional Mulheres e a Segurança Pública apresenta experiência feminina no Bope do RJ

08/03/2012 08:56

A palestra "As mulheres do Bope - Uma visão feminina na Polícia Militar do Rio de Janeiro" atraiu as atenções do público que participou do Seminário Internacional Mulheres e a Segurança Pública, durante o segundo dia de dabates, nesta quarta-feira (07). O evento é uma realização conjunta entre as secretarias de Segurança Pública e de Políticas para as Mulheres e do Gabinete da Primeira-Dama, no auditório do Ministério Público, em Porto Alegre.

As experiências foram relatadas pela capitã Marlisa Neves, cabo Ana Paulo Monteiro, sargento Ana da Silva e pela tenente e psicóloga, Alexandra Valéria Vicente da Silva. A sargento Ana foi a primeira policial militar a ingressar no Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), em abril de 2001. "Na época, eu já atuava no Batalhão de Polícia de Choque, que ocupava o mesmo espaço físico que o Bope, quando o comandante do batalhão solicitou uma policial para fazer a revista feminina. Confesso que fiquei muito receosa, mas aceitei o convite", lembrou. A sargento Ana afirmou que não foi fácil, no início, pois havia preconceito por parte dos demais policiais, além de não existir banheiro nem alojamento feminino no quartel. "Foi difícil, mas conquistei meu espaço e abri caminho para outras colegas policiais. Agora, também temos alojamento e banheiro para as mulheres", destacou.

Atualmente, o Bope do Rio de Janeiro conta com um efetivo de 516 policiais e, deste total, apenas seis são mulheres, o que representa 1,6%. Já o efeito da Polícia Militar daquele estado é de 42.803 policiais, com 2.888 policiais mulheres (6,7%). "Mas há espaço para novas colegas. O preconceito contra a presença feminina ocorre como em qualquer outro setor da sociedade. Trata-se de uma conquista de espaço", assinalou a capitã Marlisa.

Ela revela que as policiais têm o respeito dos colegas que as defendem quando estão em operação. "A presença da mulher na segurança pública ainda é um desafio. Mas ele precisa ser encarado como uma motivação a mais. E é preciso gostar da atividade policial". O objetivo de Marlisa, agora, é chegar ao posto de coronel. O seminário Internacional Mulheres e a Segurança Pública prossegue até sexta-feira (09).

Texto; Nilza Scotti
Fotos: George Cereça
Edição: Redação Secom

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