Veja aquí, em detalhes, o terremoto que atingiu a costa do Japão
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domingo, março 13, 2011
Novo tsunami no Japão
Mundo | 13/03/2011 | 22h25min
Forte terremoto é sentido em Tóquio
O tremor fez balançar prédios altos na capital japonesa, mas as autoridades não emitiram alerta de tsunami
Um novo e forte terremoto foi sentido nesta segunda-feira (hora local) por volta das 10h (22h de domingo, hora de Brasília), de uma magnitude de 6,2 segundo a agência meteorológica japonesa, menos de três dias após o sismo mais forte da história do Japão, de magnitude 8,9.
O terremoto foi registrado 150 km a nordeste de Tóquio e fez balançar prédios altos na capital japonesa, mas as autoridades não emitiram alerta de tsunami.
O terremoto da última sexta deixou um enorme rastro de destuição no Japão
Foto: Fukushima Minpo, AFP
Direto do Japão: autoridades confirmam mais de 1,5 mil mortes
Enviado especial do Grupo RBS, o repórter Daniel Scola diz que a expectativa é que este número triplique nas próximas horas
O repórter Daniel Scola, enviado especial do Grupo RBS ao Japão, relatou à Rádio Gaúcha que as autoridades do país asiático confirmaram hoje 1.597 mortes devido ao terremoto e ao tsunami que atingiram o país na última sexta-feira. A expectativa do governo japonês é que este número triplique nas próximas horas.
Na pequena província de Miyagi, mais da metade dos 17 mil habitantes estão desaparecidos. Na capital Sendai, onde o aeroporto foi encoberto pela lama, a população permanece isolada.
A principal preocupação do governo agora é controlar as usinas nucleares no norte e no nordeste do país. Em Fukushima, a usina de Daiichi enfrenta o risco de uma nova explosão de hidrogênio, o que levou à evacuação de 200 mil pessoas da localidade.
Ouça o boletim do repórter Daniel Scola à Rádio Gaúcha:
Especialistas discordam sobre riscos de radiação do Japão chegar aos EUA
Mundo | 13/03/2011 | 21h29min
Segundo um estudioso, no pior dos cenários,
a radioatividade poderia contaminar terra, água e ar americanos
Especialistas consideraram improvável que as radiações das usinas nucleares danificadas pelo terremoto no Japão cheguem aos Estados Unidos em proporções que possam causar danos à população, embora outros afirmem o contrário.
— Dados os milhares de quilômetros que separam os dois países, o Havaí, o Alasca e os litorais e territórios do oeste americano não deveriam experimentar níveis perigosos de radioatividade — estimou em um comunicado publicado este domingo a Comissão de Regulação Nuclear (NRC) dos Estados Unidos.
O organismo lembrou ter enviado dois especialistas em reatores ao Japão como membros de uma equipe da Agência Americana de Ajuda ao Desenvolvimento (USAID). No entanto, o especialista Joseph Cirincione, do Ploughshares Fund, que defende a eliminação das armas nucleares.
No pior dos cenários, a radioatividade poderia contaminar terra, água e ar americanos, disse Cirincione à emissora Fox News, este domingo.
— Parte da radioatividade poderia chegar pela atmosfera à costa oeste dos Estados Unidos — afirmou.
Este cenário é "absolutamente" possível, disse, lembrando o desastre de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, quando "a radioatividade se espalhou por todo o hemisfério norte".
— Depende de quantos destes núcleos se derreterem e quão bem sucedidos forem em contê-lo uma vez que o desastre ocorrer — acrescentou.
O sismo desta sexta-feira, de 8,9 graus na escala Richter, seguido de um tsunami, provocou a declaração do estado de emergência em duas usinas nucleares japonesas pelo temor de uma fusão no coração dos reatores.
Radioatividade na usina de Onagawa voltou ao normal
Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), os níveis de radioatividade na usina nuclear japonesa de Onagawa voltaram ao normal depois do estado de emergência declarado este domingo. O alto nível de radioatividade constatado mais cedo em Onagawa levou as autoridades a declarar o estado de emergência.
A hipótese atual das autoridades japonesas é que a elevação do nível se devia, talvez, à emissão de matérias radioativas na usina nuclear de Fukushima Daiichi acrescentou. Uma explosão ocorreu no sábado no edifício que abriga o reator número um da usina Fukushima 1. O diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, deve dar uma entrevista coletiva sobre a situação nas usinas japonesas em Viena, nesta segunda-feira, às 13h30min de Brasília.
A CATÁSTROFE
O forte terremoto que atingiu a costa do Japão nesta sexta-feira seguido por um enorme tsunami é o mais intenso desde que a Agência Meteorológica japonesa começou a medir esse tipo de fenômeno no país. O tremor aconteceu por volta das 14h45min (horário local) e teve o epicentro no Oceano Pacífico, a 130 km da península de Ojika, a uma profundidade de 10 quilômetros. Imagens de televisão mostraram inundações em várias aldeias ao longo da costa japonesa. Dezenas de carros, barcos e edifícios foram levados pela força da água. Trens pararam de funcionar e passageiros tiveram que andar até as plataformas. Houve problemas no sistema de telefonia móvel.
BRASILEIROS
Em nota, o Itamaraty informou que não há brasileiros entre os mortos e feridos. Segundo a assessoria da representação diplomática, a maior parte dos 270 mil brasileiros que vivem em território japonês mora no Sul e os tremores ocorreram no Norte.
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