Com duas audiências marcadas paras os dias 24 e 25 deste mês, a Justiça pretende acelerar os depoimentos de defesa neste caso que vai completar um ano no final de fevereiro. A ideia é ouvir pelo menos 18 pessoas nestes dois dias.
A meta é que as cerca de 130 testemunhas possam depor neste trimestre. Já foram realizadas sete audiências até agora, sendo ouvidas mais de 50 testemunhas de acusação e uma de defesa.
Durante a sétima audiência sobre a morte do secretário da Saúde da Capital, Eliseu Santos, que foi realizada no dia 17 de dezembro do ano passado no Foro Central de Porto Alegre, a Justiça decidiu soltar um dos 11 réus.
O grande desafio neste processo é provar qual das teses está correta: A Polícia entende que houve latrocínio durante tentativa de roubo de carro e o Ministério Público concluiu que houve uma execução por encomenda, solicitando a prisão de mais acusados envolvidos. Comprovada esta segunda hipótese, os motivos deste assassinato encomendado também são outras questões a serem esclarecidas.
Entenda o caso
- Eliseu Santos foi morto na zona Norte de Porto Alegre na noite de 26 de fevereiro, quando se preparava para entrar no carro.
- Policiais que investigaram o caso concluíram que o secretário foi morto numa tentativa de roubo de veículo. Identificaram e prenderam um dos matadores.
- Outros dois assaltantes foram identificados posteriormente. O caso foi apresentado à Justiça como latrocínio (roubo seguido de morte).
- Quatro promotores fizeram uma investigação complementar e concluíram que se trata de um homicídio por encomenda.
- Em 1º de abril, denunciaram, além dos três ladrões, outras cinco pessoas.
- Conforme o MP, Eliseu teria sido morto numa emboscada planejada por vingança dos donos da empresa de vigilância Reação, que guarnecia postos de saúde na Capital e teve o contrato rompido após denúncia de corrupção.
- Em outubro, a defesa de um dos réus pediu o afastamento dos promotores do caso Lúcia Callegari e Eugênio Amorim, além da anulação do processo.
- Em dezembro, um dos réus, o advogado Marco Antônio Bernardes de Souza, foi solto e Justiça termina depoimentos de acusação. Ele responde ao processo em liberdade. Segundo a Promotoria, ele teria ajudado a contratar uma quadrilha para assassinar Eliseu. O ex-assessor trabalhava na Secretaria no período em que a vítima comandava a pasta.