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segunda-feira, novembro 29, 2010

Cronologia da onda de violência no Rio

Cronologia:
Em uma semana de operações, 108 suspeitos foram presos e 39 pessoas morreram
Onda de violência começou no último domingo, dia 21

Após quase dois anos de trégua, o Rio de Janeiro voltou a viver uma onda de crimes e violência, que começou no domingo (21), quando bandidos armados com fuzis e granadas atearam fogo a dois veículos na Linha Vermelha. Após uma semana de operações, 108 suspeitos foram presos, 39 pessoas morreram e pelo menos 102 veículos foram incendiados em diferentes pontos do Estado.

O principal motivo dos ataques, supostamente ordenados por líderes da facção criminosa Comando Vermelho, seria a expulsão de traficantes das favelas fluminenses e a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).

As UPPs e a recuperação de territórios

Novo modelo de Segurança Pública e de policiamento, as Unidades de Polícia Pacificadora trabalham desde 2008 para promover a aproximação entre a população e a polícia. Por meio da recuperação de territórios perdidos para o tráfico, o objetivo da polícia é levar inclusão social à parcela mais carente dos cidadãos.

Criadas pela atual gestão da Secretaria de Estado de Segurança, comandada pelo gaúcho José Mariano Beltrame, as UPPs foram implantadas após a retirada gradativa dos traficantes dos morros-chave. Atualmente, 13 unidades respondem por mais de 30 favelas.

O início dos ataques

Por volta do meio dia de domingo (21), seis bandidos armados com fuzis e granadas incendiaram dois carros na Linha Vermelha e abriram fogo contra um veículo da Aeronáutica dando início a uma sucessão de crimes na capital fluminense.

Após mais de 24 horas de silêncio, os criminosos voltaram a atacar. Desta vez, ocupantes de dois veículos passaram em alta velocidade disparando rajadas de tiros contra uma cabine da Polícia Militar no subúrbio da cidade, na noite de segunda-feira (22). Além do atentado, dois carros foram roubados e outros dois foram incendiados durante um arrastão na Rodovia Presidente Dutra. Felizmente, até então, não houve mortos ou feridos.

A ação da Polícia e a reação dos criminosos

Como reação à onda de crimes, na terça-feira (23) policiais militares realizaram operações em cerca de 20 favelas cariocas, que assustaram moradores e resultaram na prisão de oito homens e na morte de outros dois. Mesmo com o reforço na segurança, pelo menos três ônibus e nove carros foram incendiados entre a noite de terça e a madrugada de quarta-feira (24) em diferentes pontos do Estado.

Com o aumento da violência, 15 suspeitos haviam sido mortos até a quarta-feira. Outros 31 foram presos e dois policiais ficaram feridos nas operações realizadas em 27 favelas cariocas. No fim da noite, a soma de veículos incendiados chegava a 28, o que levou o governador do Estado, Sérgio Cabral, a pedir apoio logístico à Marinha brasileira.

Na quinta-feira (25), as equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) iniciaram uma megaoperação na Vila Cruzeiro, na Penha, com o apoio de seis veículos blindados da Marinha. Devidos à operação, escolas e creches suspenderam as aulas.

Durante a tarde, os policiais tomaram o controle do local enquanto suspeitos fugiram correndo com destino ao Complexo do Alemão. O dia foi o mais violento desde o início das ações. Foram 25 mortes e 31 ataques a veículos.

No Paraná, a Polícia dava outro passo na tentativa de conter os ataques com a transferência de 13 presos que deixaram a Penitenciária Federal de Catanduvas e foram encaminhados para a unidade federal de Porto Velho, em Rondônia. Entre eles, estavam Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, Jorge Edson Firmino de Jesus, o My Thor, e o Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, acusado de matar o jornalista Tim Lopes, em 2002.

Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, traficante transferido para Rondônia, é homônimo de um Marcinho VP mais famoso e mais importante, Márcio Amaro de Oliveira, que inspirou o livro "Abusado" e morreu em 2003.

Na sexta-feira, policiais do Bope fizeram buscas dentro da Vila Cruzeiro, na Zona Norte com a ajuda de 300 agentes da Polícia Federal e 800 homens do Exército, que se juntaram às equipes. O dia foi marcado pela troca de tiros com traficantes escondidos em cima do morro, que também dispararam contra um helicóptero da polícia que sobrevoava o local.

À tarde, 21 agentes com atuação no RS partiram para o Rio para integrar as missões policiais. Em outro ponto, na favela da Grota, no Complexo do Alemão, ocorreu um intenso tiroteio entre policiais e criminosos. Ao fim do dia, a soma de mortos desde a segunda-feira chegava a 35.

A madrugada de sábado (27) foi considerada a mais calma desde o início da onda de violência. Cinco carros foram incendiados em Nova Iguaçu e Baixada Fluminense. Pela manhã houve troca de tiros.

Durante o dia, os bandidos ignoraram o ultimato dado pela Polícia e seguiram atirando contra as barreiras. Militares armados apoiados por tanques com metralhadoras e helicópteros cercaram o conjunto de favelas, mas, até as 23h, as tropas ainda não haviam recebido ordem para invadir o morro.

No domingo (28), após uma madrugada de clima aparentemente tranquilo, o Complexo do Alemão começou a ser ocupado às 7h59min. O cerco incluiu 800 solados paraquedistas, a tropa de elite do Exército, 200 fuzileiros navais, 300 agentes da polícia federal e 1,3 mil policiais. Cerca de uma hora e meia depois do início da operação, o morro foi tomado pela polícia.

Muitos fuzis deixados por traficantes em fuga foram encontrados e cerca de 20 pessoas foram presas, incluindo Elizeu Felício de Souza, conhecido como Zeu, um dos condenados por participar da morte do jornalista Tim Lopes, da TV Globo. Além das prisões, foram apreendidas 40 toneladas de maconha.

Os números da operação desde o início dos ataques:

— Domingo (21): 2 veículos incendiados

— Segunda-feira (22): 4 presos; 3 mortos; 6 veículos incendiados

— Terça-feira (23): 12 presos; 5 mortos; 2 veículos incendiados

— Quarta-feira (24): 37 presos; 15 mortos; 29 veículos incendiados

— Quinta-feira (25): 19 presos; 8 mortos; 46 veículos incendiados

— Sexta-feira (26): 10 presos; 4 mortos; 11 veículos incendiados

— Sábado (27): 6 presos; 1 morto; 6 veículos incendiados

— Domingo (28): 20 presos; 3 mortos

Fonte: ZEROHORA.COM

Arábia Saudita impõe duro revés ao terror

É, com certeza, um passo importante na luta contra o terrorismo. A Arábia Saudita anunciou hoje que, nos últimos meses, deteve 149 suspeitos de pertencerem à rede extremista Al-Qaeda.

Segundo a polícia, as prisões evitaram que fossem cometidos vários ataques contra funcionários públicos, personalidades da mídia e alvos civis. As campanhas contra o terror na Arábia Saudita têm conseguido, em grande parte, esmagar as operações da Al-Qaeda no reino, desde que a rede extremista lançou uma série de atentados em 2003. Alguns militantes de destaque, contudo, conseguiram fugir para o sul da Península Arábica, atravessando a fronteira com o Iêmen, onde uma “sucursal” da Al-Qaeda estabeleceu um ponto de apoio no deserto. De lá, planeja ataques na própria Arábia Saudita e em outros lugares do mundo.

As 149 detenções mais recentes foram feitas durante os últimos oito meses e indicam que os extremistas têm sido capazes de reconstituir suas células e estruturas de organização dentro da Arábia Saudita, em estreita ligação com militantes que estão no Iêmen.

O porta-voz do Ministério do Interior saudita, Mansour al-Turki, disse que os detidos se organizaram em três células em território saudita, cada uma sem conhecimento sobre os integrantes das outras. Além disso, existem várias outras células pequenas, subordinadas às três maiores. Os suspeitos detidos são, na maioria, sauditas, mas 25 eram estrangeiros, disse Al-Turki. Uma mulher está entre os presos. As forças sauditas apreenderam US$ 600 mil nas operações, informou o porta-voz.

Disque Denúncia ajuda polícia a localizar criminosos no Rio

Em sete dias foram feitas cerca de 3 mil ligações, principalmente de moradores da Vila Cruzeiro e do Alemão.

Aproximadamente três mil ligações de moradores do Rio de Janeiro, principalmente dos complexos de Vila Cruzeiro e do Alemão, na zona norte da cidade, já ajudaram a polícia a localizar criminosos durante a força tarefa contra o tráfico de drogas deflagrada no Estado nos últimos dias. Segundo o Disque Denúncia, antes da operação o número de ligações a respeito de criminosos chegava a cerca de 330 por dia.

De acordo com dados do Disque Denúncia do Rio, de domingo passado, quando começaram os ataques dos criminosos, até hoje foram recebidas 2.987 denúncias. Só hoje, do total de 630 denúncias feitas, 437 a respeito dos criminosos instalados no Complexo do Alemão, tomado por policiais hoje pela manhã.

De acordo com o disque denúncia, uma mansão localizada no alto do morro, que pertence a um dos chefes do tráfico da região, foi encontrada após a denúncia de um morador. As ligações também estão ajudando a polícia a localizar os esconderijos de armas e drogas, além de detalhes dos traficantes. Conforme informações do serviço, o índice de trotes está "baixíssimo".

Marginais sem território

"Marginal sem território é muito menos marginal", diz Beltrame sobre ocupações policiais
Para o secretário, criminosos tiveram uma "perda moral" muito grande nos últimos dias.

Depois de quase uma semana de operações nas favelas cariocas, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, admitiu que ainda há muito o que se fazer para recuperar os territórios tomados pelo tráfico, mas acredita que as ocupações policias realizadas nos últimos dias já representam melhorias para a população:

— Marginal sem casa, sem arma, sem território, sem moeda de troca é muito menos marginal do que era antes — disse, ao acrescentar que os bandidos tiveram uma "perda moral" muito grande.

O secretário garantiu que a Vila Cruzeiro, tomada pelos policiais na quinta-feira, e o Complexo do Alemão, dominado hoje, permanecerão policiados por tempo indeterminado.

Para Beltrame, houve um avanço na guerra contra o tráfico nos últimos dias, mas agora foi iniciada a mais importante e difícil batalha nesta luta: a recuperação de territórios, objetivo estabelecido como um dos principais propósitos de Beltrame à frente da Secretaria.

— A caminhada é muito grande, não tem jogo ganho, tem muito o que se fazer — afirmou em entrevista coletiva no início desta noite.

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Zero Hora

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