Powered By Blogger

terça-feira, novembro 29, 2016

Segurança Pública atualiza duas cartas do Baralho do Crime

Ferramenta foi criada para estimular a contribuição da população para o trabalho da polícia

Do R7


Os novos membros do instrumento lúdico são parte de grupos criminosos responsáveis por vários homicídiosDivulgação/SSP



Dois novos criminosos foram adicionados ao Baralho do Crime da SSP (Secretaria da Segurança Pública). As cartas Rei de Copas e Oito de Copas foram substituídas. Os novos membros do instrumento lúdico são parte de grupos criminosos responsáveis por vários homicídios registrados no estado.

Com prisões temporária e preventiva solicitadas, Leone Santos Costa, chamado também de “Leone do Pânico” e “Leone do Pela Porco”, é o novo Rei de Copas da ferramenta. Ele atua no município de Feira de Santana onde é conhecido pela vasta lista de assassinatos cometidos.
O homicida é um dos principais comparsas de Ronilson Oliveira Jesus, apelidado de “Rafael”, que chefia uma facção criminosa e também é procurado pela polícia. Leone participou de chacinas, resultando em mais de 30 assassinatos, e agora substitui Josemar Silva Barbosa, o “Joca do Cavalo”, preso no último dia 17.
O rosto de Ramiro Nascimento Lopes estampa a carta Oito de Copas. Associado ao tráfico de drogas, o criminoso lidera uma quadrilha no bairro de Brotas e é procurado por homicídio e roubo a mão armada.
A ferramenta foi criada para estimular a contribuição da população para o trabalho da polícia. Ao reconhecer algum bandido, o cidadão pode ligar de qualquer parte do estado através do (71) 3235-0000.  Se você viu Leone Santos Costa, “Leone do Pânico” ou “Leone do Pela Porco” e Ramiro Nascimento Lopes, denuncie através do 3235-0000.

Ministro da Defesa alerta para risco de agravamento da crise na segurança pública

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, alertou para o risco de agravamento da crise na área de segurança pública, quadro que relaciona com a fragilidade das fronteiras nacionais, por onde armas e drogas chegam ao país. Ele citou a grave situação do Rio de Janeiro, afirmando que hoje o estado funciona como centro de distribuição global para o crime organizado envolvido com o tráfico de drogas e armas. Depois, ressaltou que chegam a ele informações do serviço de inteligência que motivam temores quanto ao avanço da criminalidade nos demais estados.
- Se não tomarmos cuidado, o Rio pode ser [o espelho do] Brasil amanhã. Digo isso porque nós temos sintomas como esse no Amazonas, nós temos problemas em Pernambuco, enfim, no país afora – afirmou.
Os comentários foram feitos na Comissão de Relações Exteriores (CRE), nesta quinta-feira (24), durante audiência pública em que falou sobre planos e ações do Ministério da Defesa. Na audiência, proposta pelo presidente da comissão, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB_SP), um dos temas foi a participação das Forças Armadas em ações de segurança pública, dando apoio às forças estaduais, de acordo com linha de atuação constitucionalmente prevista.
Apenas no Rio, em 2013, tropas militares ocuparam a Favela da Maré, lá permanecendo por mais de um ano. As operações, segundo Jungmann, custaram cerca de R$ 400 milhões aos cofres federais. Depois, as Forças Armadas se engajaram nas operações de segurança durante a Copa do Mundo de 2014 e nas Olimpíadas em 2016. O ministro afirmou, contudo, que a questão da segurança é “absolutamente nacional”, não apenas do Rio, embora admitindo que esse estado está necessitando muito de apoio federal nesse momento, em diferentes campos.
“Férias para bandidos”
Para o ministro, porém, apenas soldados nas ruas não resolve o problema da segurança pública. No máximo, observou, isso oferece uma condição momentânea de “conforto, e ao mesmo tempo significando um tempo de “férias para bandidos”. Indicou que o quadro só irá se modificar por meio de ações públicas nas áreas socialmente fragilizadas, onde o crime organizado se estabelece. Foi nesse ponto em que citou a soma de recursos gastos com a ocupação da Favela da Maré, em mais de R$ 1 milhão por dia.
- Quando nós saímos de lá e o Estado não chegou, simplesmente voltamos ao status quo de antes, ou pior – comentou.
Ainda citando o Rio, o ministro disse que levantamentos do Exército feitos durante as Olimpíadas revelam um mapa geográfico em que cerca de 1,5 milhões de pessoas vivedo em áreas com forte domínio do tráfico ou das milícias, praticamente debaixo de “um regime de exceção, onde as garantias e as franquias constitucionais não são exercidas”. Em sua avaliação, não é possível que isso ocorra sem que já tenha havido algum grau de comprometimento de “parte do Estado”. No “coração das trevas”, afirmou, estão a milícia e o tráfico, que exercem seu poder político para eleger representantes.
- O representante, dentro do nosso sistema presidencialista de coalizão, vai participar da composição do Poder Executivo, inclusive, possivelmente, do sistema de segurança. Ou seja, não é possível aquilo chegar àquela metástase a que chegou sem que você tenha uma participação efetiva do próprio Estado – concluiu.
Previdência dos militares
O ministro voltou a dizer que as Forças Armadas não se negam a contribuir para o esforço de ajuste fiscal, que tem como um dos seus pilares a reforma dos sistemas previdenciários. Afirmou que houve má compreensão de uma manifestação anterior feita por ele, que resultou na divulgação de notícia de que os militares não fariam parte dessa reforma.
Porém, salientou que os militares, além de especificidades da carreira, possuem um regime previdenciário próprio constitucionalmente estabelecido. Segundo ele, a ideia é tratar da reforma desse sistema numa segunda etapa. Nesse momento, defendeu, seria também importante analisar um novo plano de cargos e salários. Segundo ele, a remuneração dos militares é muito aquém dos valores atribuídos para outras carreiras do serviço público.
- Nada contra o que ganha alguém no Ministério Público ou na Justiça, mas não é aceitável para a Defesa que hoje um general quatro estrelas, ao fim da carreira, com doutorado, com formação, com 35 anos de trabalho, esteja ganhando R$15 mil ou R$16 mil líquidos.
Orçamento
O ministro detalhou projetos e orçamento do Ministério da Defesa, que agora em 2016 conta com dotação global de R$ 82,4 bilhões. Segundo ele, os valores vêm se mantendo no mesmo patamar nos últimos anos, em termos nominais. Porém, se for levada em conta a inflação, as Forças Armadas vem perdendo recursos.
Do total previsto para o ano, R$ 4,5 bilhões são os recursos destinados ao chamado PAC da Defesa, que engloba investimentos estratégicos como o desenvolvimento do caça FX-2, em consórcio com a Suécia. Devem ser gastos esse ano R$ 1,5 bilhão do projeto, com valor estimado em R$ 22,3 bilhões até o final.  O acordo envolve a construção de 36 aeronaves, com transferência de tecnologia. De acordo com o ministro, o projeto está evoluindo de modo positivo
Outros programas estratégicos das Forças Armadas, porém, estão sendo afetados pela crise fiscal. Segundo ele, alguns projetos foram autorizados no auge da expansão econômica, e agora está sendo necessário avaliar como poderão ter seguimento. Citou, como exemplo, a construção de um submarino de propulsão nuclear e outros de padrão convencional. Em consórcio com a França, esse programa tem custo global de R$ 19,4 bilhões. No total, os valores gastos e orçados, até 2016, somam R$ 7,1 bilhão.
O ministro admitiu que também segue em ritmo lento o programa Sisfron, o sistema integrado de monitoramento para cobrir os 17 mil quilômetros de fronteira, que incorpora tecnologia de satélite, radar e aviões não tripulados (vant). Considerado estratégico para o combate do crime organizado, sobretudo para evitar a entrada de armas e drogas no país, o programa ficou limitado até o momento a trecho em Mato Grosso, no município de Dourados. O ministro revelou que as Forças Armadas precisam saber lidar com a realidade da falta de recursos, sem se dobrar ao pessimismo.
- Crise não deve ser sinônimo de paralisia. Crise não deve ser sinônimo de abatimento; pelo contrário, devemos redobrar esforços e ter ousadia para vencer isso. Estamos discutindo maneiras de obter financiamento. Evidentemente não temos tudo solucionado, mas estamos pensando em como obter isso – afirmou.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Governo lança projeto de radiocomunicação digital para a Segurança Pública

Por  Larissa Bastos e Jobison Barros     28/11/2016 

Sistema busca facilitar comunicação entre as forças policiais do estado; assinatura ocorreu no Palácio dos Palmares/Maceio


O governador Renan Filho (PMDB) assinou, na manhã desta segunda-feira (28), o sistema de radiocomunicação digital, com o objetivo de facilitar a troca de informações entre as forças da Segurança Pública e impedir que a frequência do rádio da polícia seja copiada. O lançamento do sistema ocorreu no salão Aquatune, no Palácio dos Palmares, no Centro. 

De acordo com Renan Filho, a radiocomunicação de forma digital dará mais agilidade aos serviços da polícia, com destaque para a operacionalização, além de impedir que terceiros copiem a frequência da comunicação da polícia. O investimento do governo federal é de mais de R$ 35 milhões. 
"Estamos dando um passo muito grande, pois muitas viaturas vão conseguir se comunicar ao mesmo tempo. Esta é a primeira etapa executada trazendo a radiocomunicação digital para Maceió e regiões circunvizinhas. Tem projeto pronto para digital em Arapiraca, que está em testes. Semana passada, estive com o ministro da Justiça e solicitei a prorrogação do convênio para conclusão do projeto integral. Alagas será o primeiro estado do País a ter este sistema em todo o seu território", explicou Renan Filho. 
Em um primeiro momento, os aparelhos de tecnologia avançada serão utilizados pelas bases e viaturas das Polícias Civil (PC) e Militar (PM), Corpo de Bombeiros Militar (CBM) e Perícia Oficial (PO), além do Grupamento Aéreo, em Maceió. 
Com o novo sistema, todos ficam interligados com precisão, mantendo, inclusive contato solo/ar sem dificuldades. Outra vantagem da comunicação é a garantia de que nenhum sinal das polícias pode ser captado e ocorrências copiadas.
Ao todo, são 690 rádios móveis, mais 140 transceptores de rádio fixos, seis estações rádio base com quatro portadoras, mais 24 com duas portadoras e 20 estações de despacho. O sistema possui, também, localização automática de veículos.

Convocação
O governador reafirmou que haverá concurso público em breve. Além disso, policiais que se aposentaram devem voltar ao serviço, para as atividades burocráticas e ações de proximidade com a população, que não exigem tanto esforço físico. Alguns estados já fizeram isso.

Repatriação
Governadores do Nordeste reagiram contra o pacote de medidas de austeridade que o Ministério da Fazenda apresentou na semana passada como contrapartida para que os Estados fiquem com R$ 5 bilhões referentes à parcela de multas pagas no programa de repatriação de recursos mantidos no exterior. Eles reclamam porque dizem ter feito o "dever de casa" com medidas de cortes de despesas.  
"Concordo que deve haver cortes pelos estados. Estamos fazendo isso aqui. O que não dá para fazer é um pacote único para todos os estados do Brasil, pois não estamos na mesma situação que eles. Quando assumi, cortei 30% dos cargos em comissão em Alagoas e o governo federal, agora, quer que corte ainda mais 20%. Não temos mais como fazer isso", argumentou Renan Filho. 


Moraes discute Plano Nacional de Segurança Pública com procuradores-gerais

Agência Brasil

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, reuniu-se hoje (25) com o Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais (CNPG), na sede do Ministério Público estadual de São Paulo, para discutir o Plano Nacional de Segurança Pública.
Estamos aqui em mais uma etapa da elaboração do Plano Nacional de Segurança Pública. Fiz uma nova rodada de conversações, já tenho me reunido com todos os secretários de Segurança dos estados, os secretários de Justiça e Assuntos Penitenciários, todos chefes de Polícia Civil, todos os comandantes-gerais e agora é uma nova reunião com todos os procuradores-gerais de Justiça”, disse o ministro.
Segundo Moraes, uma das propostas que está sendo discutida para o plano é a criação de um grupo por parte do Ministério Público específico para homicídios, nos mesmos moldes que existe o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
A ideia é que, dentre os promotores do júri, alguns passem a acompanhar mais de perto a investigação de homicídios e passem a ter maior proximidade com as forças policiais, tanto a Força Nacional como as polícias estaduais. Desse modo, o ministro acredita que haverá maior resolução dos homicídios.
Se nós prendermos em torno de 120 matadores em alguns estados da federação, nós diminuímos muito os homicídios”, disse. “Para isso, nós precisamos do auxílio próximo do Ministério Público e todos os procuradores-gerais vem se posicionando a favor disso”.
Proposta polêmica
Outra proposta do ministro é sobre a “racionalização do sistema penitenciário”. “Nós temos 42% dos 630 mil presos no Brasil de presos provisórios. Nós temos um número muito alto de presos provisoriamente que praticaram crimes sem violência ou grave ameaça. Enquanto nós temos um número menor de presos que praticaram crimes com violência ou grave ameaça, mas que rapidamente saem da cadeia”, disse o ministro.
Moraes admitiu que, mesmo que polêmica, sua proposta é que, durante as audiências de custódia – que são feitas 24 horas após a prisão em flagrante e tem o objetivo de avaliar a necessidade daquela pessoa ser mantida em cárcere ou aguardar o julgamento em liberdade – já seja feito um julgamento, caso o preso confesse o crime, e seja empregada uma pena alternativa, como tornozeleira eletrônica ou serviço à comunidade.
Por que não nesse momento, 24 horas depois [do flagrante], se confessando o crime, a possibilidade de o Ministério Público oferecer a transação penal, com uma pena restritiva de direitos, ou tornozeleira, ou uma prestação de serviço a comunidade? Justiça rápida, um custo menor para o estado e a sociedade vai verificar que, em 24 horas, já houve a solução do problema sem que o processo fique rodando muito tempo, defendeu o ministro.
Sobre os crimes graves, como homicídio e latrocínio (roubo seguido de morte), Moraes defendeu que os réus cumpram pelo menos metade da pena antes da progressão do regime. “O homicida, o latrocida , aquele que pratica um crime com violência, com grave ameaça, esse deve ser preso realmente, deve ir para a penitenciária, mas não é razoável que fique só um sexto da pena [antes de progredir de regime]”, disse.
Questionado se as medidas não seriam uma reforma do Código Penal, ele respondeu que não há necessidade de uma grande reforma, são questões pontuais com quatro ou cinco alterações. “Você pode fazer uma verdadeira revolução nessa questão de combate a criminalidade. O Plano Nacional de Segurança tem também sua vertente de apresentar propostas legislativas.
Ministério Público
Gianpaolo Poggio Smanio, procurador-geral de Justiça de São Paulo, disse que da parte do Ministério Público de São Paulo, as principais contribuições são relacionadas ao combate do crime organizado, a exemplo da atuação do Gaeco, e questões de combate à violência doméstica, por meio das promotorias que combatem a violência doméstica, “que são as bandeiras e o trabalho importantíssimo dos estados”.
Também é importantíssimo o trabalho na diminuição dos homicídios, que o Brasil tem índices muito altos e nós estamos buscando a diminuição. Então faremos também grupos de trabalho na investigação dos homicídios, atuação no júri, para que possamos também oferecer sugestões e poder prestar um serviço para a população”, disse Smanio.
O procurador também considera importantíssimo o fortalecimento dos ministérios públicos estaduais. “A criminalidade se combate nos estados, são os promotores de Justiça dos estados que fazem frente aos homicídios, aos roubos, aos furtos, à receptação, à criminalidade organizada, lavagem de dinheiro”, disse. Por isso, ele considera importante que os ministérios públicos participem, possam oferecer sugestões e estejam integrados no sistema nacional de segurança pública.

Plantão de Notícias

Zero Hora

Últimas notícias

Carregando...