Powered By Blogger

quinta-feira, março 08, 2012

Seminário Internacional Mulheres e a Segurança Pública apresenta experiência feminina no Bope do RJ

08/03/2012 08:56

A palestra "As mulheres do Bope - Uma visão feminina na Polícia Militar do Rio de Janeiro" atraiu as atenções do público que participou do Seminário Internacional Mulheres e a Segurança Pública, durante o segundo dia de dabates, nesta quarta-feira (07). O evento é uma realização conjunta entre as secretarias de Segurança Pública e de Políticas para as Mulheres e do Gabinete da Primeira-Dama, no auditório do Ministério Público, em Porto Alegre.

As experiências foram relatadas pela capitã Marlisa Neves, cabo Ana Paulo Monteiro, sargento Ana da Silva e pela tenente e psicóloga, Alexandra Valéria Vicente da Silva. A sargento Ana foi a primeira policial militar a ingressar no Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), em abril de 2001. "Na época, eu já atuava no Batalhão de Polícia de Choque, que ocupava o mesmo espaço físico que o Bope, quando o comandante do batalhão solicitou uma policial para fazer a revista feminina. Confesso que fiquei muito receosa, mas aceitei o convite", lembrou. A sargento Ana afirmou que não foi fácil, no início, pois havia preconceito por parte dos demais policiais, além de não existir banheiro nem alojamento feminino no quartel. "Foi difícil, mas conquistei meu espaço e abri caminho para outras colegas policiais. Agora, também temos alojamento e banheiro para as mulheres", destacou.

Atualmente, o Bope do Rio de Janeiro conta com um efetivo de 516 policiais e, deste total, apenas seis são mulheres, o que representa 1,6%. Já o efeito da Polícia Militar daquele estado é de 42.803 policiais, com 2.888 policiais mulheres (6,7%). "Mas há espaço para novas colegas. O preconceito contra a presença feminina ocorre como em qualquer outro setor da sociedade. Trata-se de uma conquista de espaço", assinalou a capitã Marlisa.

Ela revela que as policiais têm o respeito dos colegas que as defendem quando estão em operação. "A presença da mulher na segurança pública ainda é um desafio. Mas ele precisa ser encarado como uma motivação a mais. E é preciso gostar da atividade policial". O objetivo de Marlisa, agora, é chegar ao posto de coronel. O seminário Internacional Mulheres e a Segurança Pública prossegue até sexta-feira (09).

Texto; Nilza Scotti
Fotos: George Cereça
Edição: Redação Secom

Nenhum comentário:

Plantão de Notícias

Zero Hora

Últimas notícias

Carregando...