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quinta-feira, março 08, 2012

Avanços e perspectivas femininas na Segurança Pública têm destaque no Seminário Internacional

08/03/2012 08:53

No painel sobre perspectivas femininas nas carreiras da segurança pública, a tenente-coronel da BM Ana Hass, a corregedora do Instituto-Geral de Perícias, Andréa Brochier Machado, a delegada penitenciária feminina, Maria José Diniz, e a delegada de polícia Nadine Anflor revelaram um panorama, através de dados e circunstâncias vividas, sobre o atual trabalho da mulher na segurança pública - que também envolve a luta por melhores condições.

A história das peritas foi o principal foco da palestra da corregedora Andréa Machado. Com orgulho, ela declarou que o IGP tem o maior número de mulheres dentro da segurança pública: do total de 825 servidores, 336 são mulheres. "O nosso trabalho é de bastidores. Não só para condenar e, sim, para ajudar a fazer justiça", ressalta. A luta pela automação da perícia fez parte de seu discurso: 17 estados do Brasil têm perícia autônoma, porém, em nove, a perícia ainda é vinculada à Polícia Civil.
Sedes distantes
Outro problema que ainda persiste é a dispersão de sedes, os departamentos ficam distantes uns dos outros. "O grande sonho é de um prédio único para agilizar o trabalho", apontou. Atuando há 26 anos, ela reconhece, emocionada, que o IGP vem sendo valorizado ao longo dos anos.

Maria José Diniz, delegada penitenciária, mostrou que o trabalho feminino tem quebrado paradigmas nos presídios. As condições muitas vezes difíceis das mulheres - como agentes penitenciárias e até como presidiárias - foi enfatizado por ela. A mulher é oprimida desde as ferramentas de trabalho utilizadas no serviço (que são criadas especialmente para o manuseio dos homens) até o lugar inadequado para onde são encaminhadas quando presas. Ela completou: "Segurança é pensada para os homens, temos que nos masculinizar para parecermos capazes", afirmou. Apesar disso, mostra orgulho ao lembrar que o Rio Grande do Sul é o único estado onde existe uma Coordenadoria Penitenciária da Mulher.

A delegada Nadine Anflor pediu melhores condições de trabalho para a mulher. A dificuldade de ingressar na profissão e a pressão psicológica são alguns obstáculos. Atualmente, 30% do efetivo da Polícia Civil é do sexo feminino. Mostrou-se a favor da igualdade: "Feminismo não é o contrário de machismo. Queremos uma sociedade melhor, na qual um sexo não oprima o outro", enfatizou.

A última palestrante, a tenente-coronel Ana Hass, lembrou os 25 anos da mulher na Polícia Militar do RS. Em seu discurso, desenvolveu uma linha do tempo sobre as mulheres na BM. Ela admite que o futuro na polícia é positivo e que vários obstáculos já foram derrubados. "Estamos mostrando que temos capacidade física e intelectual de trabalhar lado a lado com os colegas do sexo masculino", disse.

Texto: Gabriela Brasil
Edição: Antonio Candido

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