Ronaldo Caiado cobra ação dentro da lei e critica sistema de segurança por escolha de seleção inconstitucional de servidores. No domingo, Simve matou inocente em Itumbiara
Beto Silva,Editoria de Cidades
A morte de um inocente provocada por um integrante do Serviço de Interesse Militar Voluntário (Simve), no último domingo, reacendeu as críticas contra o sistema de segurança pública de Goiás.
Leberato Carrijo Neto, de 28 anos, morreu após ser atingido por um tiro acidental em Itumbiara. O policial, que é um Simve, provocou a morte do colega ao manipular o revólver de um agente prisional.
Apesar da decisão da Justiça, os soldados do Simve continuam a atuar normalmente. Ontem, o senador Ronaldo Caiado afirmou que o governo de Goiás agiu com “irresponsabilidade calculada” ao insistir na manutenção do Simve, mesmo após os alertas do Ministério Público de Goiás (MP-GO) e da Justiça sobre a ilegalidade.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela inconstitucionalidade da lei assinada pelo governador Marconi Perillo e determinou que os 2,4 mil simvistas sejam imediatamente retirados das ruas. “É um exercício diário de dissimulação o que o governo estadual vem fazendo para justificar medidas inconstitucionais e institucionalmente irresponsáveis que atentam contra a segurança pública do Estado”.
O senador da República afirma que o governo de Goiás não se preparou para repor novos policiais. “Mesmo diante de todos os alertas do Ministério Público e da Justiça, não buscou o governador em momento algum soluções para suprir a emergência de 2,4 mil policiais que fatalmente teríamos a menos nas ruas após o julgamento”.
LENTIDÃO
Ao citar o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, o senador diz que o governo de Goiás utiliza-se “marotamente” da lentidão da Justiça para editar normas ilegais. “O governo pode alegar inúmeras razões para tentar esconder o total descaso com que trata a segurança pública, mas nada justifica sua irresponsabilidade calculada. Ideias estapafúrdias como esta só se explicam pelo desespero recorrente de tentar angariar votos no tapetão”, disse Caiado.
“Neste ritmo, o governo, que tanto gosta de propaganda, já pode adotar um mote: o governo da ilegalidade”, finalizou.
Fonte: Diário da Manhã
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