Polícia | 21/12/2010 | 11h57min
Menos de um grama da nova droga era vendido por cerca de R$ 100, afirmam delegados
Uma psicóloga foi presa nesta manhã por comercializar a substância
Cid Martins | cid.martins@rdgaucha.com.br
Em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira, os delegados da Divisão de Investigação de Narcotráfico, Luiz Fernando Martins de Oliveira e Cleomar Marangoni, explicaram os efeitos da droga DMT, descoberta recentemente. Nesta manhã, em Canoas, uma psicóloga de 30 anos foi presa por comercializar a substância. Segundo a polícia, é uma substância vendida para a classe média alta e menos de um grama poderia custar R$ 80 ou R$100.
Segundo o delegado Luiz Fernando Martins de Oliveira, a droga, que pode ser fumada, aspirada ou injetada, tem um poder alucinógeno sete vezes maior do que o do LSD. Eles explicaram que, enquanto a maconha é relaxante e a cocaína euforizante, o DMT é alucinógeno. O usuário pode ter visões, alucinações e podem ocorrer casos de paranoia.
A droga é composta por elementos extraídos da mesma planta com que é feito o chá do Santo Daime. No entanto, ela passa por um processo de sintetização em laboratório antes de ser comercializada.
Tráfico diferenciado
O tráfico também é feito de forma diferenciada, por meio de relações pessoais. A mulher, que mora no bairro Nossa Senhora das Graças, seria psicóloga e tem 30 anos. Em depoimento informal, a jovem declarou que utilizava a substância para pesquisa.
Segundo a polícia, ela distribuía a droga em festas rave. Também foram apreendidos dinheiro, dólares e pequenas quantidades de LSD e maconha.
Esta é a primeira vez que a DMT é apreendida no Rio Grande do Sul, mas a polícia já identificou novos suspeitos no Estado. Em São Paulo, um homem é acusado de enviar a substância para clientes de outras localidades via Sedex.
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