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segunda-feira, outubro 07, 2013

Polícia Civil investiga crimes ocorridos durante manifestações na Capital

Outubro de 2013 
Delegado, secretário e chefe de polícia
Delegado, secretário e chefe de polícia - Foto: Anelise Durlo/SSP
As ações da Polícia Civil, na manhã desta terça-feira (1), deram seguimento às investigações iniciadas em 27 de julho deste ano, em razão de atos criminosos praticados por pessoas infiltradas nas manifestações em Porto Alegre. Foram cumpridas sete ordens judiciais de busca e apreensão em diversas casas e locais onde grupos se reúnem para, supostamente, planejar ataques de vandalismo. Foram apreendidos documentos, anotações e droga. Neste inquérito, há um indiciado – por furto e dano qualificados, desobediência, resistência, posse e uso de explosivos – e alguns suspeitos. Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores da Capital acompanhou o trabalho da PC.
O chefe de Polícia, delegado Ranolfo Vieira Júnior, esclareceu que foi cumprida uma determinação do Poder Judiciário, com apoio do Ministério Público. “Nem esses poderes e nem Polícia Civil têm ações políticas, pois investigamos fatos e não pessoas. Não sabemos a vinculação ideológica dos envolvidos, pois isso não nos interessa”, respondeu durante entrevista coletiva na Secretaria da Segurança Pública.
A partir da segunda depredação do Tribunal de Justiça, em 27 de julho, foi possível identificar grupos infiltrados, segundo o secretário da Segurança Pública, Airton Michels. “Ficou claro que há pessoas organizadas com o objetivo de praticar crimes, como depredações e saques, se aproveitando da atividade legítima dos demais se manifestarem”.  Michels ainda enfatizou que o governo está cumprindo o seu dever. “É obrigação do Estado, por meio da Brigada Militar, controlar as manifestações para que elas possam continuar pacificamente e, por meio da Polícia Civil, buscar a autoria dos crimes”.
Conforme o delegado responsável pelo caso, Marco Antônio de Souza, não foi e nem será apreendido nenhum material de cunho ideológico. “Pode ter ocorrido que livros ou textos tivessem anotações importantes para a investigação. O conteúdo dos impressos, em si, não interessam à Polícia. Hoje priorizamos fotografar ao invés de levar boa parte dos documentos”.  Souza disse que a PC está disposta a ouvir as versões de todos os suspeitos, inclusive deixando-os escolher a melhor data para prestar depoimento. “Estamos trabalhando pelos pequenos comerciantes que ainda não tiveram fôlego para reabrirem seus estabelecimentos e pelas pessoas que querem seguir se manifestando de forma segura”.
Ao todo, 75 pessoas foram presas em flagrante, desde junho deste ano. Dessas, três ainda estão detidas por saques.
Texto: Patrícia Lemos

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