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quinta-feira, abril 30, 2015

Corte de horas extras pode retirar PMs das ruas

Batalhão recomenda corte de horas extras de PMs 


Brigada concede a policiais a possibilidade de trabalhar até 42 horas a mais por mês
Foto: Diego Vara  / Agencia RBS
Depois que o governo do Estado anunciou uma série de cortes de despesas, batalhões da Brigada Militar da Capital preparam-se para                      cortar as horas extras dos policiais militares. Com defasagem de pelo                   menos 16 mil servidores, a Brigada concede a policiais a possibilidade                       de trabalhar até 42 horas a mais por mês. Se o sistema for cancelado,                   estima-se que haverá redução de cerca de 10% da quantidade de                 brigadianos nas ruas - os responsáveis pelos serviços internos                                   não têm direito a fazer hora extra. 
As informações são do jornal Diário Gaúcho.
"Com certeza, o prejuízo da população será muito grande. A maioria                         dos policiais só está nas ruas porque faz horas extras. Eu diria que uns                   80% se usam disso. Se cortarem, vai ficar muito visível", analisa o                   presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Brigada Militar,                     Leonel Lucas.
Comandante da Brigada Militar, o coronel Alfeu Freitas tem reunião                   marcada para hoje à tarde com o secretário da Fazenda, Giovani Feltes,                       para tratar da questão. A primeira ideia é viabilizar a entrada de 2 mil       candidatos que passaram em concurso no ano passado para ingressar                         na BM, porém tiveram o engajamento cancelado por contenção de verba.
Diário Gaúcho conseguiu a cópia de um memorando emitido por um                        dos batalhões de Porto Alegre, no qual o comando avisa as companhias                   de que "não há horas extras disponíveis para o mês de janeiro para todas                   as companhias e seções, devido à troca de governo e ajustes de contas                       do Estado". O documento pede que as horas extras já programadas                           sejam transformadas em horas ordinárias - dessa forma, os brigadianos               receberiam, posteriormente, folga para compensar horas trabalhadas a                   mais.                                                                                                                             Pela lei, a carga de trabalho dos policiais militares é de 171 horas por mês.
Em dezembro, cada um dos seis batalhões da Capital teve direito a conceder              2 mil horas extras a seus policiais – a grande maioria, soldados e sargentos,                 que recebem, respectivamente, R$ 17 e R$ 25 por hora excedida.
A redação tentou contato há pouco com o coronel Alfeu Freitas, que está           reunido com a cúpula da Brigada. Embora seja previsto pelos batalhões,                      o corte não foi confirmado pelo comando geral.
DIÁRIO GAÚCHO

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