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terça-feira, dezembro 03, 2013

Ministra Maria do Rosário palestra no Seminário Mulheres e a Segurança Pública

02 de Dezembro de 2013 
Ministra Maria do Rosário, vice-procuradora Geral da República, Airton Michels e Edegar Pretto.
Ministra Maria do Rosário, vice-procuradora Geral da República, Airton Michels e Edegar Pretto.
A ministra Maria do Rosário participou da última atividade do II Seminário Mulheres e a Segurança Pública - Fortalecendo a Rede Lilás, nessa sexta-feira (29), no Ministério Público, em Porto Alegre. Durante a palestra “Mulher: Viver sem Violência é um Direito Humano”, ela destacou a importância da Rede Lilás no rompimento do ciclo de violência contra a mulher. Maria do Rosário chamou atenção para a necessidade de romper o machismo que, segundo ela, está enraizado nas manifestações de violência de gênero. “Por isso é fundamental estruturarmos redes e políticas públicas. Democracia sem direitos humanos não existe e os direitos humanos sem democracia não podem ser afirmados”.
A ministra ainda revelou que 40% de todos os homicídios no mundo são praticados contra mulheres e os assassinos são os parceiros íntimos e que a maioria ocorre no quarto ou na cozinha. 
Ela ainda argumentou que a escola deve ser o próximo alvo como ambiente articulador do trabalho na mudança cultural para o empoderamento feminino. “As novas gerações por meio da escola, partindo de professores, pais e alunos poderão ser um novo braço nessa luta. É um território importante a ser incluído nesse processo”. 
Maria do Rosário elogiou a iniciativa da Secretaria da Segurança Pública por “abraçar as questões de gênero e tratá-las com a mesma atenção que as demais ações da pasta”.
A Lei Maria da Penha
No começo da tarde, durante o painel "A Lei Maria da Penha e as Políticas Públicas", a vice-procuradora Geral da República, Ela Wiecko Volkmer de Castilhos comentou as dificuldades de se fazer cumprir a Maria da Penha, quando alguns juízes e membros Ministério Público negam a constitucionalidade dela. A doutora participou da elaboração dessa Lei.“O Supremo Tribunal Federal já declarou a Lei Maria da Penha como constitucional”. A vice-procuradora ainda ressaltou que a Lei é qualificada como uma ação afirmativa reconhecendo que a mulher merece uma proteção diferenciada. “A Lei Maria da Penha não pode ser revogada enquanto a Constituição de 1988 vigorar e enquanto não mudar a situação na sociedade brasileira em que o nosso país é o sétimo no mundo em índice de femicídio”. 
Na oportunidade, o deputado estadual Edegar Pretto falou sobre a atuação da Frente Parlamentar dos Homens pelo fim da Violência contra a Mulher, da qual é presidente. O secretário da Segurança Pública, Airton Michels, mediou as palestras da tarde dessa sexta-feira.
O evento, que começou na última quarta-feira (27), foi voltado aos servidores e servidoras e debateu as políticas de gênero para qualificar ainda mais o atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica. Uma carta foi elaborada para que se coloque em prática as questões discutidas nos três dias.

Texto e foto: Patrícia Lemos

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