14 de Maio de 2013
Atividades de prevenção à violência articuladas com ações de policiamento e combate à criminalidade. Os resultados dessa política de segurança executada pelo RS na Paz - Programa Estadual de Segurança Pública com Cidadania - já começam a aparecer. O número de homicídios nos quatro bairros mais violentos de Porto Alegre caiu no primeiro quadrimestre deste ano, em comparação com o mesmo período dos dois anos anteriores.
Instalados pelo Governo do Estado nos bairros Restinga, Rubem Berta, Santa Tereza e Lomba do Pinheiro, os quatro Territórios de Paz da Capital registraram 37 homicídios entre janeiro e abril deste ano, contra 39 no ano passado e 43 no mesmo período de 2011, antes da criação do primeiro território. A redução chega a 14% em dois anos.
Para o chefe da Divisão de Estatística Criminal da Secretaria da Segurança Pública (SSP), major Luis Fernando Linch, os números demonstram uma inversão na tendência de aumento desses crimes nas grandes cidades. Em toda Porto Alegre, por exemplo, os homicídios passaram de 123 em 2011 para 143 em 2012, antes de baixarem para 141 em 2013. A participação dos Territórios de Paz caiu de 34% para 26% nesses crimes.
"Nossa expectativa é de continuar reduzindo esse número, sobretudo devido à instalação de seis delegacias especializadas nesse tipo de crime e ao fortalecimento das nossas ações contra homicídios e roubo de veículos", observou Linch. Para ele, somente a interrupção desse crescimento já seria um bom resultado. Mas são crimes que ainda nos preocupam muito", disse Linch.
Já Caxias do Sul, que há um ano recebe reforço do policiamento comunitário, registrou decréscimo da violência em onze núcleos. Os homicídios caíram 57% e o tráfico de entorpecentes, 52%, além do arrombamento à residência (36%) e roubo a posto de gasolina (62%).
Redução da violênciaAção pacificadora voltada a áreas anteriormente prejudicadas pelos altos índices de violência, o Território de Paz já está em dez locais da Capital e Interior. O último deles foi inaugurado em dezembro do ano passado no bairro São José, em Esteio.
O município já havia recebido um Território de Paz em 2009, no bairro Primavera, em uma iniciativa do Ministério da Justiça, então sob comando do governador Tarso Genro, em parceria com a Prefeitura. Segundo o município, os homicídios caíram 50% no bairro após o início das ações.
Territórios de PazOs Territórios de Paz fazem parte do programa RS na Paz e se fundamentam na transversalidade das políticas públicas, envolvendo diversos agentes sociais, tanto do poder público quanto da sociedade civil organizada. O objetivo final é a redução do número de homicídios a partir do diálogo entre ações sociais e policiais.
Para o coordenador do RS na Paz, Carlos Sant'Ana, o programa representa um novo paradigma na abordagem da violência. "Isso significa integrar, articuladamente, as ações preventivas sociais, de redução da vulnerabilidade das pessoas, com as imprescindíveis ações policiais de segurança".
O programa trabalha prioritariamente com jovens entre 12 e 24 anos, faixa etária em que é possível trabalhar com a prevenção do uso e dependência de drogas e também envolvimento com o tráfico de entorpecentes.
HOMICÍDIOS
Instalados pelo Governo do Estado nos bairros Restinga, Rubem Berta, Santa Tereza e Lomba do Pinheiro, os quatro Territórios de Paz da Capital registraram 37 homicídios entre janeiro e abril deste ano, contra 39 no ano passado e 43 no mesmo período de 2011, antes da criação do primeiro território. A redução chega a 14% em dois anos.
Para o chefe da Divisão de Estatística Criminal da Secretaria da Segurança Pública (SSP), major Luis Fernando Linch, os números demonstram uma inversão na tendência de aumento desses crimes nas grandes cidades. Em toda Porto Alegre, por exemplo, os homicídios passaram de 123 em 2011 para 143 em 2012, antes de baixarem para 141 em 2013. A participação dos Territórios de Paz caiu de 34% para 26% nesses crimes.
"Nossa expectativa é de continuar reduzindo esse número, sobretudo devido à instalação de seis delegacias especializadas nesse tipo de crime e ao fortalecimento das nossas ações contra homicídios e roubo de veículos", observou Linch. Para ele, somente a interrupção desse crescimento já seria um bom resultado. Mas são crimes que ainda nos preocupam muito", disse Linch.
Já Caxias do Sul, que há um ano recebe reforço do policiamento comunitário, registrou decréscimo da violência em onze núcleos. Os homicídios caíram 57% e o tráfico de entorpecentes, 52%, além do arrombamento à residência (36%) e roubo a posto de gasolina (62%).
Redução da violênciaAção pacificadora voltada a áreas anteriormente prejudicadas pelos altos índices de violência, o Território de Paz já está em dez locais da Capital e Interior. O último deles foi inaugurado em dezembro do ano passado no bairro São José, em Esteio.
O município já havia recebido um Território de Paz em 2009, no bairro Primavera, em uma iniciativa do Ministério da Justiça, então sob comando do governador Tarso Genro, em parceria com a Prefeitura. Segundo o município, os homicídios caíram 50% no bairro após o início das ações.
Territórios de PazOs Territórios de Paz fazem parte do programa RS na Paz e se fundamentam na transversalidade das políticas públicas, envolvendo diversos agentes sociais, tanto do poder público quanto da sociedade civil organizada. O objetivo final é a redução do número de homicídios a partir do diálogo entre ações sociais e policiais.
Para o coordenador do RS na Paz, Carlos Sant'Ana, o programa representa um novo paradigma na abordagem da violência. "Isso significa integrar, articuladamente, as ações preventivas sociais, de redução da vulnerabilidade das pessoas, com as imprescindíveis ações policiais de segurança".
O programa trabalha prioritariamente com jovens entre 12 e 24 anos, faixa etária em que é possível trabalhar com a prevenção do uso e dependência de drogas e também envolvimento com o tráfico de entorpecentes.
HOMICÍDIOS
Janeiro a abril 2011 2012 2013
Porto Alegre 123 143 141
Territórios 43 39 37
% 34% 27% 26%
Territórios 43 39 37
% 34% 27% 26%
Texto: Juliano Meira Pilau
Foto: Eduardo Seidl/Palácio Piratini
Edição: Redação Secom
Nenhum comentário:
Postar um comentário