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terça-feira, março 26, 2013

Susepe participa de comissão sobre construção de ala feminina no Presídio de Lajeado


Março de 2013 
Evento ocorreu na sala de audiência do Foro municipal
Evento ocorreu na sala de audiência do Foro municipal
O superintendente da Susepe, Gelson Treiesleben, participou sexta-feira (22), de uma comissão para tratar da criação de uma ala feminina no Presídio Estadual de Lajeado. O ato aconteceu na sala de audiência do Foro do município e foi presidida pelo juiz da Comarca de Lajeado, Luis Antonio de Abreu Jonson. 

A planta do projeto foi apresentada pelo integrante da Associação Lajeadense Pró-Segurança Pública (Alsepro), Léo Katz, que reivindica um espaço para abrigar até 40 mulheres em situação de prisão na Região do Vale do Taquari. O projeto será ainda avaliado pelo setor de engenharia da Susepe.
O superintendente destacou a participação da comunidade nos interesses por melhorias penitenciárias como rara. Referenciou também outros projetos que serão implementados como a criação do Centro de Reinserção Social, criado pela Engenharia Prisional da Susepe. Sobre a ala feminina, Treiesleben, encaminhou a demanda para tratativas técnicas e legais. 

Planta do projeto 
O diretor administrativo da Susepe, Giovani Mota Moreira disse, durante a reunião, que o projeto vai ainda passar por todo processo legal para formalizar o convênio, que é um instrumento legal. "Vamos unir esforços em conjunto com as secretarias e entidades envolvidas para a consecução do projeto, após a parte burocrática estar aprovada e finalizada", informou. 

A planilha da verba orçamentária para a construção da ala feminina deverá ser apresentada prefeitura de Lajeado. O prefeito do município, Luís Fernando Schmidt, disse que está à disposição para a realização da construção. "Vamos nos articular para cumprir nossa parte com dinamismo", esclareceu.

O diretor de Engenharia Prisional da Susepe, Carlos Hebeche, lembrou que o sistema do RS para as mulheres em situação de prisão é um dos melhores do país. "Somos os que mais apresentamos soluções. A criação da coordenadoria penitenciária feminina representa um ineditismo e resulta em avanços prisionais", disse. Com isso, "devemos executar projetos viáveis, com estrutura arquitetônica que respeite a necessidade e peculiaridades do universo feminino", afirmou. 

A titular da Coordenadoria Penitenciária da Mulher, Maria Diniz, destacou que a construção da ala é muito oportuna. Agradeceu a iniciativa e envolvimento dos Poderes e da comunidade pelo empreendimento. "Ao longo da história, sempre lhes foram oferecidas estruturas feitas para acolher homens, então, é importante que mudemos nossa cultura sobre o aprisionamento feminino", enfatizou. 

A ala 
O espaço deverá ser composto por 15 celas, pátio, ambulatório e local para crianças - no caso das mulheres que ainda precisem prestar cuidados aos seus filhos. Participaram também o delegado penitenciário da 8ª Região, além de  representantes da BM, Polícia Civil, Conselho da Comunidade, Alsepro, Ministério Público, Prefeitura e comunidade em geral. 

Texto e foto: Neiva Motta
Edição: Redação Secom

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