O Presídio Regional de Santa Cruz do Sul passou a contar, oficialmente nessa segunda-feira (30), com uma fábrica de estofados para a produção de pufes. Funcionando desde o dia 10 de janeiro, o projeto conta com o trabalho de 12 detentos do regime semiaberto, mas prevê o emprego de 85 presos, sendo 70 vagas para homens e 15 para mulheres que atuarão na costura. Os produtos são comercializados por uma empresa de Charqueadas, que mantém convênio com a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) em mais cinco unidades prisionais do RS, proporcionando trabalho a 240 presos.
O superintendente da Susepe, Gelson Treiesleben, ressaltou que, "quando o detento tem a possibilidade de trabalhar, ao sair do presídio o índice de reincidência no crime diminui", afirmou. Fez questão de enfatizar que o RS é o Estado que mais proporciona trabalho aos presos, pois dos 29 mil detentos, 12 mil estão trabalhando.
O delegado Penitenciário da 8ª Região, com sede em Santa Cruz, Anderson Louzado, explicou a importância de possibilitar que os apenados tenham acesso ao mercado de trabalho, ainda durante o cumprimento da pena. Segundo ele, "muitos não tiveram esta oportunidade, o que está sendo proporcionado agora", destaca.
A produção atual é de 1,2 mil pufes por semana e a fábrica trabalha com até 14 tipos diferentes de produtos. A mão de obra prisional permite que os ítens sejam comercializados por um preço mais acessível, tornando-se mais vantajoso para o empresário, já que não possui encargos sociais trabalhistas. Para o preso, a cada três dias trabalhados, reduz um da pena.
Texto: Marco Vieira
Foto: Daniel Costa
Foto: Daniel Costa
Edição: Redação Secom
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