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quarta-feira, dezembro 21, 2011

Policiais paranaenses que mataram sargento têm prisão decretada

Prisão foi decretada por dois motivos: os policiais realizaram uma abordagem desastrosa e agiram de forma temerária, fora de sua jurisdição e sem informar os colegas gaúchos

Policiais paranaenses que mataram sargento têm prisão decretada Marcelo Oliveira/Agencia RBS

Polícia investiga evidências do homicídio no local do crime, em Gravataí Foto: Marcelo Oliveira / Agencia RBS
Os três policiais civis que mataram um sargento da Brigada Militar na madrugada desta quarta-feira, em Gravataí, tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça.

O sargento Ariel da Silva, 40 anos, foi atingido por quatro disparos de metralhadora na Avenida Planaltina, nas proximidades da ERS-020, por volta de 1h30min. Conforme a versão dos policiais civis que o mataram, o militar pilotava uma moto e os abordou, com arma em punho. Ele teria efetuado disparos contra o carro que eles ocupavam. Um dos agentes disparou uma rajada de submetralhadora .40, matando o PM.

Os policiais civis paranaenses, ligados ao grupo de elite Tigre, afirmam que investigavam um sequestro cujo cativeiro é na Região Metropolitana. Eles estavam hospedados num hotel no centro da capital gaúcha, e inclusive tinham prestado depoimento a respeito do episódio. Depois, foram para o Paraná. Com a decretação da prisão, devem ser encarcerados em Curitiba, onde ficariam à disposição da justiça gaúcha. A confirmação é do Departamento de Polícia Civil do Paraná.


Foto: Reprodução

A prisão temporária dos policiais teria sido decretada por dois motivos: eles agiram de forma temerária, fora de sua jurisdição e sem informar os colegas gaúchos. E também pela abordagem desastrosa, independente de quem tenha atirado primeiro. Momentos antes do crime acontecer, os agentes paranaenses chegaram a passar por viaturas da Brigada Militar e mesmo assim não comunicaram que estavam em operação.

No início da tarde, policiais civis e militares gaúchos, acompanhados de outro grupo de policiais paranaenses ligados ao Tigre, invadiram um cativeiro em Gravataí e teriam libertado dois empresários sequestrados. Um dos reféns foi baleado na ação.
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