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segunda-feira, outubro 10, 2011

Detentos ligados ao "Tribunal de Morte" foram transferidos e já estão sem poder, afirma Michels

Maioria foi transferida para a Penitenciária Modulada de Ijuí
Atualizada às 13h22min

O secretário estadual da Segurança, Airton Michels, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, na manhã desta segunda-feira, falou sobre o "Tribunal da Morte" na Penitenciária Regional de Caxias do Sul (Percs) — conselho de sentença entre presos que decide pela execução de outro preso.

— Há uma necessidade de reformulação no sistema prisional gaúcho, especialmente no que diz respeito a superlotação — afirma o secretário.

Michels explica que o Estado tem um déficit de cerca de 10 mil vagas.

Segundo Michels, o "Tribunal da Morte" ocorreu em maio e providências logo foram tomadas pela Susepe. As imagens das câmeras de segurança foram enviadas ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, para abrir inquérito e apurar as causas da morte. Os presos envolvidos com o caso foram transferidos ainda em maio para outros presídios gaúchos.

De acordo com a assessoria de imprensa da Susepe, 40 presos que estariam envolvidos no homicídio foram transferidos para outros presídios, a maioria deles para a Penitenciária Modulada de Ijuí, no noroeste do Estado.

Em entrevista ao Jornal do Almoço desta segunda-feira, Michels disse que não existe um "Tribunal da Morte" e que o incidente ocorrido em maio foi pontual e já está resolvido.

O secretário disse que, em 2002, quando o PT deixou o governo, havia um controle da superlotação no sistema prisional gaúcho. Segundo ele, o déficit era de apenas duas mil vagas.

— O que foi desestruturado em oito anos não se corrige, obviamente, em um ano, em dois ou em três. Nós, em quatro, iniciaremos procedimentos para regularizar este tema, principalmente no Presídio Central — disse Michels, afirmando que, em oito anos, o déficit saltou para 10 mil vagas — disse Michels.
Confira a entrevista completa na Gaúcha:

Assista ao vídeo que mostra as agressões:

No flagrante obtido pelo Jornal Pioneiro é possível ver os momentos da execução de Anderson Rodrigues, 29 anos. Condenado por roubos e estupros, Rodrigues foi assassinado a pontapés, socos e golpes de espadas artesanais dentro da Percs no dia 12 de maio de 2011, após um 'julgamento' interno realizado pelos próprios presos. Nenhum agente prisional interfere na cena.
RÁDIO GAÚCHA

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