Powered By Blogger

sexta-feira, julho 26, 2013

Diretor da Academia de Polícia da Inglaterra palestra para PMs na Capital

25 de Julho de 2013 
Oficial inglês troca experiências com a PM
Oficial inglês troca experiências com a PM
Em palestra na Academia de Polícia Militar (APM) em Porto Alegre, nesta quinta-feira (25), o superintendente da Polícia da Inglaterra, Steve France, explicou que a instituição britânica busca "o equilíbrio entre a total liberdade do cidadão e o total controle do Estado". O planejamento das ações da polícia inglesa, segundo ele, é baseado no serviço de inteligência e a atuação que prevalece é o policiamento comunitário com integração entre os entes das comunidades e a polícia. 

Em visita ao Rio Grande do Sul, Steve France foi recebido pelo secretário estadual da Segurança Pública, Airton Michels, e o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Fábio Duarte Fernandes. O evento na APM, que teve o objetivo de troca de informações e experiências entre as duas instituições, ocorreu em parceria com o Instituto Latino-Americano de Estudos Avançados (ILEA) da Ufrgs e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 

Steve France, que também é diretor de relações institucionais da Academia de Polícia da Inglaterra, afirmou que a diferença fundamental entre o Brasil e a Inglaterra é que aqui existe a cultura do uso da arma e lá a polícia utiliza armamento em situações extremas. Na polícia britânica, segundo o oficial, ocorre a prática do uso progressivo da força em cinco níveis: presença policial, instruções passadas pelos oficiais para a comunidade, contato físico com o cidadão, com técnicas suaves, uso do bastão ou movimento de força para imobilizar a pessoa e, finalmente, a força letal, por meio de armas. 

Jean Charles O oficial inglês lembrou o episódio da morte do brasileiro Jean Charles Menezes em uma estação de metrô de Londres e explicou os procedimentos da polícia britânica no caso foram baseados na suspeita de que o rapaz tinha ligação com o terrorismo. Na abordagem, ele fugiu e recebeu o tiro, pois a polícia entendeu que ele poderia estar carregando uma bomba na mochila que portava. Mais tarde, soube-se que ele correu da polícia porque era imigrante ilegal e não queria ser deportado, justificou France. 

O palestrante relatou que, a partir de manifestações ocorridas em Londres, em agosto de 2011, e que se espalharam por cidades próximas, organizadas pelas redes sociais, a polícia inglesa compreendeu a necessidade de utilizar essas ferramentas da internet. Segundo France, atualmente as redes sociais são muito importantes para a tática da polícia, divulgação de seu trabalho e aproximação com as comunidades. Ele também fez referência à Copa de 2014 e às Olimpíadas de 2016 no Brasil, e sugeriu que as polícias militares estruturem suas ações pensando de que forma os estrangeiros vão compreender a cultura local. 

Para o comandante-geral da Brigada Militar, Fábio Duarte Fernandes, a palestra mostrou que as polícias militares têm finalidades semelhantes, apesar de diferentes culturas e peculiaridades diversas. Em um breve relato das manifestações populares realizadas no Brasil recentemente, destacou que no Rio Grande do Sul cerca de 20 mil pessoas participaram dos manifestos, nos quais ouve elevado grau de violência por parte de alguns participantes. Segundo o comandante, apesar de 25 PMs feridos e da morte de um por atropelamento, nenhum civil teve lesão grave. "Isso comprova a ação correta da BM", frisou Fábio Fernandes.

Texto e foto: Jussara Pelissoli
Edição: Redação Secom 

Nenhum comentário:

Plantão de Notícias

Zero Hora

Últimas notícias

Carregando...