01 de Março de 2013
A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), por meio da Coordenadoria Penitenciária da Mulher e com apoio do Departamento de Segurança e Execução Penal (Dsep), está realizando um trabalho inédito no país, de orientação e prevenção ao aprisionamento feminino. Servidores da instituição estão distribuindo para as mulheres que visitam seus familiares no sistema prisional, a cartilha com a Lei Maria da Penha, textos com dados e depoimentos do aprisionamento feminino no RS e no país, além de orientações e telefones úteis.
Segundo a coordenadora Penitenciária da Mulher, Maria José Diniz, "entre as maiores causas do aprisionamento feminino no RS está o tráfico de drogas com 78% e, deste índice, 60% das mulheres violam seu próprio corpo com a introdução de materiais ilícitos". Maria José acrescenta ainda que elas sofrem pressões das redes de tráfico e, 40% delas afirmam que foram submetidas a agressões físicas ou morais de seus companheiros ou familiares presos, para burlar o sistema prisional.
Depoimentos
Uma pesquisa realizada pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) em 2008, apontava que 85% dos homens recebiam visitas de companheiras ou familiares, enquanto apenas 8,7% das mulheres recebiam visitas de companheiros e familiares. A coordenadora Penitenciária da Mulher ressalta que o ônus da criação dos filhos recai sobre a mãe e, quando do seu encarceramento, com as avós. "Por este e outros motivos orientamos a todas que façam reflexão sobre o seu futuro e de seus filhos" - explica.
A detenta R.G.M., da Penitenciária Feminina Madre Pelletier, salienta "o mais triste é saber que não posso levar meu filho no médico. A família lá fora sofre muito. Aqui eu aprendi a dar valor a minha mãe também". Já a apenada R.C.S., da Penitenciária Feminina de Guaíba, ressalta "eu disse para o meu filho; ‘a mamãe fez coisa errada e precisa ficar nesta escola para aprender', ele respondeu, ‘aprende logo, mamãe, sai daqui logo', isso foi o que mais me doeu" - lembra.
Segundo a coordenadora Penitenciária da Mulher, Maria José Diniz, "entre as maiores causas do aprisionamento feminino no RS está o tráfico de drogas com 78% e, deste índice, 60% das mulheres violam seu próprio corpo com a introdução de materiais ilícitos". Maria José acrescenta ainda que elas sofrem pressões das redes de tráfico e, 40% delas afirmam que foram submetidas a agressões físicas ou morais de seus companheiros ou familiares presos, para burlar o sistema prisional.
Depoimentos
Uma pesquisa realizada pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) em 2008, apontava que 85% dos homens recebiam visitas de companheiras ou familiares, enquanto apenas 8,7% das mulheres recebiam visitas de companheiros e familiares. A coordenadora Penitenciária da Mulher ressalta que o ônus da criação dos filhos recai sobre a mãe e, quando do seu encarceramento, com as avós. "Por este e outros motivos orientamos a todas que façam reflexão sobre o seu futuro e de seus filhos" - explica.
A detenta R.G.M., da Penitenciária Feminina Madre Pelletier, salienta "o mais triste é saber que não posso levar meu filho no médico. A família lá fora sofre muito. Aqui eu aprendi a dar valor a minha mãe também". Já a apenada R.C.S., da Penitenciária Feminina de Guaíba, ressalta "eu disse para o meu filho; ‘a mamãe fez coisa errada e precisa ficar nesta escola para aprender', ele respondeu, ‘aprende logo, mamãe, sai daqui logo', isso foi o que mais me doeu" - lembra.
No Anexo Feminino da Penitenciária Modulada de Charqueadas, a presa M.L.P. acrescenta, "quando eu estava na rua visitava meu companheiro todos os dias, agora que estou presa ele me abandonou e arrumou outra para visitá-lo".
Texto e foto: Marco Vieira
Edição: Redação Secom
Edição: Redação Secom
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